segunda-feira, 13 de abril de 2009

Polo de Manga gera R$ 400 mil


Uma nova alternativa para diversificação da produção na região Noroeste do Estado tem representado lucro para os agricultores familiares da região. A manga, que antes se perdia em fundos de quintais, já tem destino garantido na indústria de polpa de frutas para sucos prontos. O resultado da safra 2008/2009 gerou uma movimentação de aproximadamente R$ 400 mil, beneficiando um grupo de 600 produtores de 10 municípios.
A novidade é que, neste ano, foi realizada a primeira venda organizada para a indústria – somando 1.000 toneladas de manga -, possibilitada pelas ações do Pólo de Manga do Espírito Santo, criado pelo Governo do Estado, por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper),
"O que faltava era organização dos agricultores. A fruta, que antes servia de ração para os animais ou estragava nos pomares, hoje é sinônimo de mais uma opção de lucro para os produtores. Agora, elas são colhidas no momento certo e comercializadas para a indústria em conjunto", afirma o técnico do Incaper e coordenador do Grupo Gestor do Pólo, José Carlos Grobério.
Segundo ele, o mercado de manga no Estado é garantido e promissor, já que a indústria de polpa para sucos prontos apresenta grande demanda pela fruta.
Diversificação
De acordo com o coordenador do Programa de Fruticultura do Incaper, Aureliano Nogueira da Costa, a manga representa uma boa alternativa para diversificação agrícola e de renda para os agricultores familiares, porque a cultura tem baixos custos e proporciona alto retorno.
Além disso, o cultivo da mangueira auxilia na recuperação de solos degradados e promove a sua proteção. A planta é, inclusive, recomendada para reflorestamento, formação de matas ciliares e preservação de nascentes. "Ao mesmo tempo em que o produtor preserva o meio ambiente ele também pode lucrar com a produção da fruta", afirma Aureliano.
Dessa forma, os produtores têm sido estimulados a aproveitar as condições climáticas favoráveis do Noroeste do Estado para o plantio da fruta. "A produção capixaba este ano, mesmo com o avanço, atendeu a apenas 17% da demanda da Trop Frutas Brasil. A meta é que, em alguns anos, esta demanda seja completamente sanada pelos produtores locais", conta Grobério.
Fomento
Em 2008, o grupo gestor do Pólo de Manga promoveu diversas ações para fomento da atividade no Estado. Foram realizadas reuniões mensais envolvendo agricultores, prefeituras e parceiros comerciais; uma excursão técnica a Ubá, Minas Gerais, para conhecer a experiência de produção de manga para agroindústria; capacitação dos produtores em poda, colheita e pós-colheita de manga; e estruturação e acompanhamento da comercialização da safra.
As iniciativas têm a parceria da Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (Sebrae), de prefeituras municipais, da Trop Frutas do Brasil, do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB/ES), dos Sindicatos Rurais e da Cooperativa de Agricultores Familiares (CAF).
Expansão
Para 2009, várias metas já estão previstas. Ainda no mês de abril, a Seag, por meio do Incaper, irá entregar 3 mil mudas aos 12 municípios integrantes do Pólo, sendo eles: Colatina, Baixo Guandu, Itarana, Marilândia, Governador Lindemberg, Pancas, São Gabriel da Palha, São Domingos do Norte, Barra de São Francisco, Itaguaçu, Águia Branca e São Roque do Canaã.
De acordo com o Novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Novo Pedeag), a meta é que, em 2010, a produção de manga no Estado chegue a 14 mil toneladas, e a área plantada alcance, aproximadamente, 1,4 mil hectares. (Inserida por Paulo Roberto Maciel. Fonte: Assessoria de Comunicação do Incaper)

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