O ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi será o novo diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). O anúncio foi feito pelo governador Paulo Hartung na quarta-feira (25/03). Balestrassi substitui Waldenor Cezário Mariot, que esteve à frente da instituição por quase dois anos. A coletiva também contou com a presença do secretário de Estado de Desenvolvimento e presidente do Conselho de Administração do Bandes, Guilherme Dias, e com o prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski.
“Estamos trazendo para a equipe de governo um profissional qualificado, um bom gestor, com bom relacionamento com o mundo empresarial. Isso vai fortalecer ainda mais o relacionamento do Bandes com pequenas e médias empresas no Estado, e poderemos de fato colocar o Bandes a serviço da geração de empregos, uma das prioridades do planejamento estratégico do Governo, e buscar novos nichos de atuação para o banco reafirmando-o como um instrumento de desenvolvimento do Espírito Santo”, afirmou o governador.
O novo diretor-presidente assumirá o Bandes com a missão de dar continuidade ao processo de modernização do banco ao longo dos últimos cinco anos, conforme as diretrizes estratégicas definidas pelo Governo do Estado para a instituição: promover a ampliação do crédito para empreendedores de micro e pequeno porte, incentivar a descentralização do crédito em favor do desenvolvimento das regiões interioranas, fortalecer o crédito ao setor urbano, reestruturar e modernizar as ações operacionais do banco.
“Tenho nas mãos uma oportunidade de colocar em prática objetivos apontados durante as discussões do planejamento estratégico do Governo. Com uma atuação no fortalecimento da interiorização da economia, na redução das desigualdades, no apoio às oportunidades de geração de emprego e renda, teremos um Bandes ainda mais presente no Espírito Santo”, ressaltou o novo diretor-presidente.
Prefeito de Colatina por dois mandatos consecutivos, de 2001 a 2008, Balestrassi é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Espírito Santo e pós-graduado em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas de Colatina (Facec). Empresário e professor, Guerino atuou como diretor da Região Sudeste na Confederação Nacional dos Municípios (CNM), desde 2006 até este ano, e como presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), desde 2005.
“Conheço o Bandes do lado do empresariado e como prefeito, quando pudemos obter um financiamento do Programa de Modernização da Administração Tributária [PMAT, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] que ajudou a aumentar a arrecadação de Colatina em 3.000%. Isso foi fantástico, e agora, quero reforçar ainda mais essa articulação para que mais prefeituras procurem por esse crédito e melhorem a sua estrutura”, completou.
Guerino também participa de conselhos nas esferas estadual e federal: Conselho de Articulação Federativa da Presidência da República e conselhos estaduais de Desenvolvimento (ES 2025), de Educação e de Transportes, além de atuar como coordenador geral do Conselho Nacional de Órgãos Fazendários Municipais (Confaz-M).
Números
O Bandes oferece soluções de crédito que contemplam praticamente todos os setores da economia do Estado, de indústrias ao comércio, de arranjos produtivos aos pequenos empreendimentos rurais, respeitando as potencialidades e as vocações de cada região onde está presente. Prova disso são os resultados alcançados no último ano: em 2003, o banco contava com 3.265 clientes e, no final do ano passado, essa base era de 13.465. Já a carteira de crédito passou de R$ 87 milhões, em 2003, para R$ 325 milhões, em 2007. Dos empreendimentos aprovados pelo Bandes no último ano, 73% foram destinados a municípios do interior do Estado.
Os números foram apresentados pelo secretário Guilherme Dias, que destacou a importância da instituição no que tange ao desenvolvimento no aumento de crédito ao micro e pequeno empreendedor capixaba. “Fazer o crédito chegar ao pequeno é uma das orientações estratégias do Bandes”, disse.
Outra prioridade para o Bandes, o crédito rural, operado por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e da linha Bandes Rural, consolidaram a atuação do banco no agronegócio ao longo do ano. Em 2008, foram realizadas 2,9 mil operações, familiares em sua maioria. Por meio do Pronaf, o Bandes investiu R$ 43,3 milhões no interior do Estado. Em 2003, apenas 474 famílias haviam sido atendidas, com liberações de R$ 6,4 milhões.
Hartung citou ainda a criação do Fundapsocial, em 2003, como uma forma de permitir o acesso de empreendedores de micro e pequeno porte a financiamentos por meio do Programa Nossocrédito. “O Bandes tem o papel de formular idéias novas. E o nosso desafio é criar mecanismos de fortalecimento da economia que gerem empregos, especialmente nesta época
O Nossocrédito é viabilizado por meio de uma parceria entre o Bandes, o Banestes, a Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), as prefeituras municipais e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-ES). O Nossocrédito financia de R$ 200 a R$ 5 mil para empreendimentos formais e informais e associações de produtores, com juros de 1% ao mês e prazo de até 18 meses. Hoje, o Programa está em 77 municípios do Espírito Santo. Em 2008, foram realizadas 8.585 operações, totalizando cerca de R$ 27 milhões. “E temos o nosso dever de casa, que é inaugurar as agências de Vila Velha”, completou.
O Fundo para Financiamento de Micro e pequenos Empreendimentos e Projetos Sociais (Fundapsocial) foi criado para gerar recursos que permitam a amplaição da oferta de crédito para micro e pequenas empresas e microempreendedores, incluindo o setor informal, e beneficiar projetos sociais e culturais. Os recursos do Fundapsocial são gerados pelo Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), por meio da destinação de parte do valor dos financiamentos concedidos às empresas a ele vinculadas, permitindo a geração de renda e a disseminação do desenvolvimento por todo o Estado, a partir da criação de oportunidades para a população de baixa renda. (Fonte: Governo do Estado. Inserida por Paulo Roberto Maciel)
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