quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Sufoco: Colatinenses entram no oitavo dia sem água e pessimismo aumenta com suspensão de captação

 Na fila do fim de tarde para receber água mineral, consumidores dobram quarteirão no conjunto da Vale, no aterro da Praça Sol Poente. Abaixo uma foto de reportagem da TV Globo sobre as filas nos bairros da cidade
Texto e fotos: Paulo R. Maciel para o blog WWW.REPORTERPAULOMACIEL.BLOGSPOT.COM
Colatinenses  entram no oitavo dia sem água encanada nas unidades consumidoras. Com a nova suspensão de captação de água no rio Doce, medida tomada na noite de domingo (22/11//2015), as expetativas da população são bastante pessimistas. O que mais se fala no município é sobre a falta de abastecimento e a qualidade da água. Em meio ao sufoco geral diante do quadro de emergência, continuam as longas filas para se conseguir alguma quantidade mínima de água mineral. Um dos pontos de de entrega é o aterro da Praça Sol Poente (veja foto), onde se verifica a aglomeração em todos os fins de tarde. É uma multidão de gente, que dobra o quarteirão do conjunto residencial da Vale. Apesar disso, as pessoas não desistem pois precisam de algum alento para sustentar da família, que não pode viver sem água. Na subida da rua Humberto de Campos (entre a rua Florisvaldo Caetano e travessa Jaudat Rachid, próximo a uma unidade do Sanear, via de acesso à cidade alta), os moradores reivindicam a colocação de um reservatório plástico de 10 mil litros na região, pois estão sem água tratada em casa desde o dia 18. O reservatório mais próximo fica muito distante, na parte mais elevada, o que penaliza os consumidores locais, muitos dos quais moram em casas alugadas e há idosos também entre os moradores da localidade (proximidades do bairro Por do Sol). Carros-pipa sobem a todo o momento, rumo aos bairros Operário, Moacir Brotas, Nossa Senhora do Perpetuo Socorro e outros, mas não atendem essa área próxima ao Centro. As roupas para lavar se avolumam, muitos já gastaram o que tinham para comprar garrafas de água mineral e a apreensão diante da escassez só aumenta. Em outras comunidades verifica-se, da mesma forma, um clima de grande tensão e apreensão com os problemas ocasionados pela onda de lama das barragens rompidas em Mariana/MG no dia 5 de novembro. A lista com os locais de entrega de água mineral pode ser acessada no site www.samarco.com ou na tenda de informações no Calçadão Geraldo Pereira, no Centro da "Princesa do Norte". E diante de tantas informações e contrainformações, não se sabe por quanto tempo ainda essa água barrenta continuará passando pelo leito do já tão assoreado rio Doce.
  

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