segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AINDA HÁ ESPERANÇA

Texto e selfie: Repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel para o blog www.reporterpaulomaciel.blogspot.com e www.facebook.com/paulomacieldaradio
Não sei se estou em outro planeta, ou se estou raciocinando corretamente quanto ao novo ambiente político-institucional brasileiro. O novo mandatário passa-me seriedade (ainda que alguns falem em tibieza e arcaísmo), serenidade, cuidado ao tomar uma decisão, respeito, leveza, sobriedade, até um certo medo de errar o passo... Não vejo aquelas reuniões públicas, que mais pareciam comícios, dentro da casa governamental de todos nós, cheias de proselitimos, bandeirolas vermelhas e conversa raivosa de lá pra cá, de cá pra lá... Vejo, na minha ingenuidade político-social original, uma vontade de acetar, dar novo rumo ao País, à Nação, uma fala simples (ainda que às vezes rebuscada) e um ambiente informal, onde até o aparelho de som, às vezes, emite, literalmente, sinais de discurso feito dentro da lata no canal NBR... Ééééé... É isso mesmo! A sonoplastia falhou, dias atrás, num discurso presidencial transmitido pelo canal de TV oficial...
Em alguns momentos sinto até compaixão do nosso Presidente, sendo atacado e traído por todos os flancos e precisando de apoio no Congresso, na Justiça, no Ministério Público, no seu próprio Governo, precisando urgentemente de apoio e compreensão da população diante do caos em que recebeu o quinhão, quinhão este que é nosso mas nem todo mundo compreende ou quer compreender isso... Quinhão este que está seriamente deteriorado e precisa de algum remédio amargo para não degringolar de vez e garantir o mínimo para cada um de nós.... E parece que ninguém quer saber disso, ninguém quer medicamento margoso, só quer "o meu agora e o dos outros que se dane"... Não vejo arrogância, mas até cuidado demais no falar, no expressar, para não ferir suscetibilidades. Apesar dos pesares e das "suspeitas" boas intenções dos divergentes, dissidentes, ainda acredito nessa transição surgida no meio do caminho, até que chegue a vez da plebe se pronunciar oficialmente outra vez. É um momento raro, de incertezas, de puxada de tapete a cada dia, de previsões catastróficas engendradas por muitos, em meio a um seleto grupo que pensa, raciocina, e coloca a sabedoria em prol da paz, da penosa faina de tentar apagar o fogo que teima em surgir aqui e ali... Tomara que tudo dê certo, para o nosso bem e para o bem de todos... Que o juiz consiga aplacar a fome insaciável dos gulosos dos poderes, que o Presidente consiga mediar e arbitrar os grupos que se digladiam, que os governos estaduais e municipais entendam o recado da contenção de gastos sinalizado nacionalmente, e que, enfim, haja um tempo de colheita mais proveitosa para todas as partes. (28/11/2016)

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