domingo, 11 de dezembro de 2016

ESOTERISMO: O mundo da espiritualidade nos rodeia cada vez mais... (Divagações de um homem em contato com Deus)

Texto e fotos (captadas de imagens da TV): Repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, para o www.facebook.com/paulomacieldaradio e www.reporterpaulomaciel.blogspot.com
Numa noite de insônia, fiquei zapeando pelos canais de TV e estacionei na TV Mundo Maior (canal espírita), que fica do lado da Rede Católica da Igreja, hoje em cadeia com a Rede Século 21. Eis que surgiu um programa que nunca tinha visto antes e que me segurou pela curiosidade: "Crescer Você". Achei interessante o nome, e pensei até que estava faltando algum complemento neste título de programa. Continuei vendo. O apresentador chegou como quem chega impulsionado (literalmente) por alguém dos bastidores, cheio de alegria, brilho e ideias, transparecendo algo de bom a transmitir. Naquele instante, acho que nem pensei no que penso agora (ou será que pensei?), mas sabe que a entrada meio "triunfal" do William Sanches me rememora o saudoso (e "desencarnado") figurinista e também apresentador de TV Clodoviz Hernandez? Não sei se era pura coincidência, ou se o cenário e o apresentador atual tinham tudo a ver com o famoso e polêmico costureiro (adorado por uns, detestado por outros), que enveredou pela carreira política elegendo-se deputado federal, pouco tempo antes de deixar o plano físico terrestre.
O programa teve o foco principal voltado para uma entrevista com o diretor da Rádio "Boa Nova", que discorreu sobre as qualidades do rádio nos dias de hoje, na contemporaneidade. "O rádio é o vovô da mídia eletrônica", definiu o diretor sobre o invento de Guglielmo Marconi. Num passo seguinte, incitado pelo entrevistador, abordou algo que me prendeu a atenção: a morte de um entrevistado em programa de rádio ao vivo. Eu, que sou radialista, tenho muitas histórias do rádio vividas durante os mais de trinta anos que atuei nessa área, algumas bem instigantes, interessantes e inusitadas, mas que não vêm ao caso agora. Voltemos, então, ao que falou o diretor da emissora espírita.
No referido programa de rádio, o filósofo entrevistado teve um "desmaio" ao vivo, constatando-se posteriormente que ele havia morrido. Suas últimas palavras no ar: "Rapaz, estou sumindo". O programa foi gravado também em vídeo e está na internet. O radialista contou que, logo após o inesperado e súbito acontecimento, o filósofo recebeu o atendimento médico quando constatou-se a sua morte física, ou "desencarnação", como os espiritistas preferem denominar o falecimento de alguém. O filósofo discorria sobre o tema "Fé", no programa radiofônico. Aliás, pelo que pude entender durante o programa televisivo da madrugada, o pensador entrou para o espiritismo após consulta a um "Preto Velho", quando perguntou-lhe o que era fé. - Fé é o que o irmão mais tem!, teria dito a "entidade". Mas o filósofo queria mais que essa resposta, e pensava em "fé com racionalidade, com razão", como fustigam os acadêmicos e homens das ciências em geral, na busca incessante por esclarecer pontos que consideram obscuros ou enigmáticos, em sua mente incrédula, cética ou inquietante, a respeito da existência humana e divina. O "desencarne" no programa ao vivo de rádio foi algo de bom que aconteceu, um "presente", nessa passagem indolor para a espiritualidade, para o além. Afinal, o pensador nada sofreu fisicamente, foi uma "passagem" tranquila e rápida, num átimo de segundo.
Como disseram o apresentador e o entrevistado, no "Crescer Você", a morte é a "única certeza" que temos aqui na terra. Só não sabemos quando ela irá acontecer, mas que virá algum dia, isso é certo como dois e dois são quatro. Entre o muito ou pouco que foi dito, uma definição me atraiu, que aqui transcrevo com palavras próprias: O morrer físico é como uma fênix que renasce num novo mundo, num mundo preparado por Deus para suas criaturas terrenas errantes e aspirantes à vida eterna. Depois da entrevista com o veterano diretor de rádio, William Sanches recebeu um cantor lírico chamado Dannilu. Aliás o programa me parece uma proposta espírita visando a atrair novos segmentos da sociedade para sua doutrina, assim como ocorre também no caso de um outro jovem (com aparência de nissei ou sansei) que apresenta programa instigante, não muito harmônico com a grade tradicional.
A primeira música teve como título "Ave Maria", não a de Gunod, mas de um outro autor, porém também muito agradável de se ouvir. O intérprete performático, após cantar, falou de sua adesão ao espiritismo e do apoio a uma associação ou instituição que ampara crianças de baixa renda. Sua religação com a espiritualidade, com o sagrado, se dá através da umbanda, do sincretismo religioso, onde se unem o orixá Oxossi e o santo católico São Sebastião, ou seja, sempre há, na minha humilde visão, uma relação "sine qua non", direta e inseparável, dos espíritas com a Igreja Católica ou com aspectos intrínsecos do catolicismo apostólico romano. Chico Xavier, que o diga! Numa abordagem seguinte, inferiu-se que nós, seres humanos, não nascemos prontos como um eletrodoméstico, um aparelho, um utensílio doméstico, equipamento ou máquina em geral. Nós, seres viventes, nascemos e vamos nos transformando. Os utensílios nascem prontos e vão sendo usados até não servirem mais, a não ser para o descarte. Este foi um dos ensinamentos passados no programa. E olha que coisa interessante: Por incrível que pareça, quando escrevia este texto, deixei um pouco o computador para zapear pelos canais de TV, e me deparei imediatamente com um filme que retratava a atividade de Chico Xavier, a meu ver o maior representante do espiritismo depois de Alan Kardeck. Logo em seguida, mais uma coincidência: terminada a película de cunho espírita, começava uma missa com o bispo Dom Fernando Figueiredo, coadjuvada (ou animada) pelo padre Marcelo Rossi. "Ainda se vier noite traiçoira, se a cruz pesada for, Cristo estará contigo, o mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo", cantava com os fiéis o carismático padre Marcelo, na ambientação para a celebração eucarística dominical no Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus - Theotókos. Convenhamos que é uma boa carga de espiritualidade. Ressalto ainda que no dia passado, vi na TV diversos programas com abordagem religiosa. Num deles, falava-se que estamos na era programada para a segunda vinda de Jesus Cristo, prevista no livro "Revelação" ou "Apocalipse", escritos atribuídos a visão profética do apóstolo João. Cristo virá arrebatar o seu povo. Estaríamos, conforme algumas interpretações de exegetas, no período da sétima trombeta: A Volta de Cristo Jesus. Quem "pecar", transgredir sem saber, ou seja, agir involuntariamente, sem conhecer a verdadeira lei de Deus, de Cristo Jesus, não será condenado, será perdoado, dizia mais ou menos assim um dos "pastores" online, reportando-se, entre outros textos bíblicos, ao Apóstolo São Paulo na Epístola aos Romanos: "O Espírito Santo nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar..." Afinal, Cristo, na cruz, levou todas as nossas enfermidades espirituais. O próprio "Apóstolo dos Gentios", designado por Jesus Redivivo para a grande missão de propagar o cristianismo no mundo, reconhece, em seus discursos, que outrora, por ignorância, foi blasfemador, perseguidor e injuriador, até ser contido, escolhido e convertido pelo Deus Vivo. Tem gente que só na hora da tribulação é que procura Jesus, e o Mestre está lá, solícito, só esperando essa manifestação de seus irmãos. Com Paulo, parece-me que foi diferente: Jesus é que o procurou, o parou no caminho para Damasco, o convocou pessoalmente, com um chamado especial e forte, que foi, de certa forma, admoestador também... mas, logo em seguida, revelador, protetor, orientador, incentivador, acompanhador... E Paulo de Tarso executou de forma exímia sua missão, pregando, como ninguém pregou, a mensagem de Jesus, revelada pelo próprio. Que bom que foi assim, pois Jesus venceu a força das trevas, venceu o mal, venceu o pecado. Por causa da vitória dele, nós também temos a vitória, temos a oportunidade, com a ajuda da sua cruz e ressurreição, de nos redimir para ganhar a vida gloriosa que há de vir. "O sofrimento de agora nem se compara com a glória futura que será revelada em nós", é um dos muitos e valiosos ditos paulinos. Sobre as tragédias que frequentemente acontecem, envolvendo muitos de nossos irmãos terrenos, há que se pensar delicada e friamente sobre elas. Deus não é o seu causador, conforme nos explicam os principais pregadores da Palavra. Deus apenas "permite", por força do livre arbítrio, que tomemos nossas decisões pessoais, íntimas, próprias, e que, por outro lado, arquemos com as consequências desses atos. Se alguém decide, por exemplo, guiar seu veículo a duzentos quilômetros por hora - o que é proibido até pelas leis humanas -, morre em acidente, e Deus "permite" que isso aconteça, Ele não é o causador do infortúnio. Deus "permite" que alguém morra de câncer, mas essa pessoa bebeu, fumou, consumiu agrotóxico, não cuidou de sua saúde adequadamente, ... Deus, então, não foi a causa da morte. Se o motorista "dormiu" ao volante por não ter dormido antes de viajar, se o responsável pelo avião não abasteceu o aparelho devidamente, se a apresentadora fuma inveterada e inconsequentemente, se o diretor, o cantor, a cantora, o doutor, a doutora, o morador de rua, o gari, o sacerdote, come, bebe e fuma sem controle, e vêm a falecer, não culpe o Criador, o Deus do Universo. Foi dada a cada um de nós a liberdade. Ou você gostaria de ser teleguiado como uma marionete, um fantoche? Pois é... A vida que escolhemos é assim. Tem a ver com o "pecado original". No entanto, acredito que não há com o que se preocupar, se estamos pelos menos em sintonia com as principais boas ações do reino terreno em vista ao reino celestial, conforme São Paulo diz na Primeira Epístola aos Tessalonicenses (Ts 4, 14): "Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram." Se permitimos que o Espírito de Deus nos revele as coisas de Deus, sabemos que estamos salvos, pois a morte não é o fim. É o início de uma nova história, uma história de luz, de sublimidade, de elevação espiritual. PS.: Abro um parêntese aqui para dizer que, neste sábado (10/12/2016), tive um certo "desconforto" espiritual, quando gravava os Mistérios Gozosos (ou da Alegia) do Santo Terço, a fim de postá-los na minha rede social www.facebook.com/paulomacieldaradio. Tudo foi perfeitamente bem até o quinto mistério. Na hora da conclusão (ou agradecimento, com o "Infinitas Graças...", "Salve Rainha" e "Consagração a Nossa Senhora"), tive dificuldades e precisei gravar umas cinco vezes para conseguir finalizar o vídeo. Numa das tentativas de gravação, acendi uma vela (colocando proteção contra o vento), fui para o terraço e a vela apagou-se. Acendi de novo, gravei, parecia tudo certo, mas, ao fim, não consegui acertar a gravação e nem visualizá-la no aparelho. Gravei em locais diversos... perto das imagens sacras... e só dava "erro". Olhei para a lua no céu, clamei por Nossa Senhora e sua intercessão junto a Jesus Cristo. Parei um pouco e pensei: - Calma, Paulo! Tem tanta coisa ruim acontecendo no mundo, e você aí preocupado com uma suposta "reprovação" ou "reprimenda" de Deus numa simplória gravação de vídeo!!! E se Deus estiver mesmo querendo testar sua paciência, sua sobriedade, sua serenidade, seu controle físico, espiritual e emocional? E se Ele não quiser que você grave e poste esse vídeo de fechamento do Terço? ... Mas Ele pode também estar querendo ver o quanto você é tenaz, resiliente, resistente, perseverante, persistente nas coisas direcionadas ao Alto!!! Você vai desistir por causa de alguns simples reveses? E quando você tiver que enfrentar tarefas e missões realmente árduas e desafiadoras? Será que você está querendo mais um sinal milagroso, se Ele já lhe deu tantas e concretas provas? Vai desistir por medo, por temor ou superstição? Pense bem!!! Quantas vezes, Deus disse, na Bíblia Sagrada, para seus filhos não terem medo, não temerem? Alguns dizem: - 366 vezes. Não fui conferir... porém algumas dezenas de vezes, é certeza! ... Só sei, no entanto, que comecei a gravar o "fechamento" dos Mistérios Gozosos no fim da tarde, e só foi possível concluí-lo no meio da noite. Por uns instantes, "tremi na base". Olhava pro céu... a lua se escondia nas nuvens... esperava ela aparecer de novo... demorava.... Pedia a Maria sua atenção, sua intermediação para o esperado perdão se errei de maneira grave neste dia... O que Deus está querendo me dizer?... Depois de muita elucubração, muita meditação com transpiração, pensei: - Nada é impossível para o sangue de Jesus derramado na cruz... E não podemos e nem devemos duvidar disso, oras!!! Aí, para meu alívio e agradecimento ao Pai Eterno, depois de muita tensão e apreensão, tudo deu certo. Felizmente! Postei a conclusão do Terço, conferi, reconferi, abri bem os olhos para ver se não havia nenhuma mensagem subliminar... Com tudo corretamente finalizado, desliguei o computador, jantei, sintonizei em algum programa televisivo e fui dormir. Boa noite, meu "Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador. Se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém!" (11/12/2016)

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