domingo, 25 de dezembro de 2016

Novela "Carinha de Anjo", uma surpresa agradável para se ver na TV

Texto: Repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, para o blog reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (22/12/2016) Desde que começou a novela "Carinha de Anjo", há poucos dias no SBT, tenho acompanhado a maioria dos capítulos. É uma novela-família, que todos da casa podem assistir, sem constrangimentos. Não há constantes cenas de insinuações de sexo em camas, nem ardentes beijos na boca a todo momento, nem jovens rapazes com peitoral nu definido à mostra, nem relacionamentos amorosos chocantes para os mais puritanos, como ocorre em muitas outras novelas. Uma história com freiras espirituosas, uma madre superiora rigorosa e aconselhadora e um jovem padre que anda com seu terno de gola identificatória prendem a atenção dos católicos ( ou não católicos) que apreciam a orientação religiosa como premissa para a vida cotidiana.
É uma história bem bolada, bem filmada e bem dirigida, que prende a atenção da gente... E quanta criança inteligente, heim! É necessário fazermos uma forte reflexão sobre a capacidade intelectiva das crianças de hoje, numa era em que a cibernética e os meios eletrônicos avançados de informação estão aí, liberados para quem quiser usar, desde a mais tenra idade. Pais "modernos" já colocam "tablet" ou telefone celular nas mãos de bebês...
Se é certo ou errado, quem há de orientar? Na novela, parece que isso não ocorre. Observem com atenção o caso da personagem infantil protagonista "Dulce Maria", interpretada por uma menininha muito esperta (de apenas cinco anos), e vejam que atuação digna de desbancar muita gente adulta.
É uma nova era que estamos vivendo... Um mundo que não é mais o mesmo desde o advento massificado da informática, na década de 1990... A menina passa no vídeo uma verdade incontestável na sua interpretação... E o mesmo se pode dizer das outras meninas e dos não tão meninos, mas adolescentes, como a Maísa Silva e o Jean Paulo Campos, que fazem um tipo de "par romântico" platônico "teen". Os adultos, como a madre do internato e as duas noviças principais (aspirantes a freiras), o galã da história e a vilã, a bela jovem das perucas, além dos outros personagens que giram ao redor, todos inspiram verdades, beleza, leveza e delicado humor na interpretação.
E a trama, até o momento, é urdida de tal forma que nos segura à frente da telinha e não nos deixa irritados por muito tempo quando a mocinha (a freirinha em estágio de noviça) e sua protegida (a orfã de mãe "Dulce Maria") são prejudicadas por ações malévolas dos seus adversários.
Há ainda a participação especial da atriz mexicana e internacional Lucero, que fala um português-brasileiro com sotaque muito próprio, singular e atraente. Ao meu ver, até que, ligeiramente de longe, Lucero parece aquelas norte-americanas típicas que começam a falar o português pela primeira vez... Na minha visão inicial é uma trama que tem tudo para dar certo, provavelmente até com epílogo prolongado...
Os outros melodramas infantojuvenis anteriores - os ditos "teens" Carrossel, Chiquititas e Cúmplices de um Resgate -, que também atraíram adultos que se sentem crianças ou se identificam com elas, foram bem na audiência e na aprovação popular, mas essa nova novela vislumbra um caminho ainda mais bem sucedido. Estão de parabéns as crianças e seus "coaches", pois elas vão muito bem na encenação.
Parabéns a todas elas, transformadas por seus pais ou responsáveis em atores e atrizes, dignos de ter um polpudo salário pago por Silvio Santos, coisa impensável em outros tempos nesta fase da vida... Sem falar, nos shows e presença VIP em eventos...
Crianças... Bah!!! ... Não parecem tão crianças assim!!! Crianças-prodígio? Super inteligentes? Super ativas? Hiperativas? Pode ser... Ou não! Mas é um caso para ser analisado, e bem analisado, provavelmente sem conclusões definitivas, pelos profissionais e autoridades que cuidam das questões relacionados à infância, pre-adolescência, adolescência, juventude...

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