quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Filogônio Barbosa apresenta exposição Formas & Cores na Casa de Cultura de Colatina/ES


Casa da Cultura  - O artista plástico Filogônio Barbosa de Aguilar realiza a partir desta quarta-feira (19/08/2015), pela segunda vez em Colatina, a Exposição Formas & Cores, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Esporte (Semcel), marcando a reabertura da Casa da Cultura e o aniversário de 94 anos de emancipação política do município. A abertura oficial foi às 19 horas com a participação do prefeito Leonardo Deputlski e de outras autoridades. É grande a expectativa para a visitação pública nos nove dias de exposição, que vai ficar até no dia 28 deste mês, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. A maior expectativa é voltada para os estudantes, para que eles possam ter a oportunidade de visitar a mostra através de suas escolas, e principalmente conhecer e conversar com o artista. LivroTambém na quarta-feira no mesmo espaço, “Filó”, como é conhecido, lançou o seu sexto livro “A Bola do Juízo: Bom humor e trabalho resolvem dificuldades e prolongam a vida”. As ilustrações são do próprio autor, o apoio cultural é do Sincades (Instituto de Ação Social e Cultural) e a realização é do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES). A obra tem 251 páginas e 35 capítulos: A Bola do Juízo, O equinocídio, O pescador pescado, Pedido de casamento, O joelho do Polidório, O turco e o papagaio, O ovo misterioso, O astronauta, A raiz milagrosa, O rival do diabo, O achado, El Sabadin de las taquaras, A carta e a vaca, O demagogo, O retrato da onça, Um fantasma no guarda-roupa, O enxoval da noiva, O pregador, O beijinho doce, O cliente, A arapuca, O azar do Azarino, Chiquita Bacana, O repentista, Procura-se o avião, A viagem espacial, A empresa, O interrogatório, Caifás Século XX, O improviso, Cão versus cachorro, O apito de ouro, A raposa encantada, O pescador de tatu e Faltava um João. A apresentação do livro ficou por conta do professor e escritor colatinense Olney Braga, que diz: “Falar de Filogônio e sua arte é muito fácil, porquanto, nele, a criatividade e a perfeição são dignas de nota. Nesta obra, inédita na sua concepção e execução, o grande mestre alia a sua veia de grande escritor à de inigualável artista plástico”.
Ofícios variados - As duas paixões de Filó começaram em épocas muito distintas. O interesse pela pintura surgiu mais cedo, ainda menino, aos 14 anos, e logo aos 16 ele realizou a sua primeira exposição. A partir daí suas telas multiplicaram-se e somando em toda a sua trajetória de 67 anos de pincéis e tintas elas já chegam a 5 mil, e mostradas em exposições nacionais e internacionais realizadas no Brasil e em diversos países de outros continentes. As obras revelam linhas tradicionais e ao mesmo tempo modernas, com técnica voltada para óleo sobre tela, acrílica sobre eucatex e murais, sempre entre o impressionismo e o surrealismo, o sacro e o profano, sempre utilizando uma imensa variedade de diferentes e intensos tons de cores. Admiradores - Na visão dos apreciadores de sua arte, elas apresentam uma profundidade de detalhes, traços e impressões únicos e reveladores, que exigem olhares fixos pelas exuberâncias das cores e contornos. Revelam a sensibilidade do pintor e sua cumplicidade com as próprias ideias que transforma em arte e transporta para quem a aprecia. Tudo puro encantamento. Ciente de que suas obras espalharam-se pelo mundo, Filó, 81 anos (10 de junho de 1934) resolveu homenagear e premiar Colatina, para que a cidade que o adotou há 56 anos, quando veio de Malacacheta (MG), nunca o esqueça. Produziu 23 telas com cenas do Velho e do Novo Testamento e doou à loja Maçônica Nilo Peçanha, para serem expostas à visitação pública. “É para Colatina, que me recebeu de braços abertos há 56 anos e cidade que tanto gosto e onde constitui família”, revela. Casado com Nayde Lempê e viúvo há oito anos, ele é pai de Elpídio, Moema, Jane, Adelina, Beatriz e Ellen. ProfessorTanto as artes plásticas quanto a literatura foram intensamente praticadas por Filó, enquanto que ele, formado em Letras pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Colatina (Fafic), exercia sua profissão de professor de Língua Portuguesa, Redação e Expressão, Literatura Brasileira e Educação Artística na então Escola Agrotécnica Federal, hoje Ifes (Instituto Federal do Espírito Santo). Artes - A intimidade com as letras como professor foi a inspiração para que ele escrevesse romances, contos e poesias, iniciando uma coleção de obras literárias. Antes de “A Bola do Juízo”, escreveu os romances “Os Náufragos da Esperança”, “Os Tripulantes da Noite”, “O Diamante Azul” e “Cinderela dos Cafezáis” e o poema “Pássaro Dourado”. Ainda neste ano ele estará lançando “As Fofocas da Hélade Perdida”, uma sátira sobre a mitologia grega. O oitavo livro, “O Justiceiro da Roda D´água”, também sobre a mitologia grega, já está a caminho. O artista plástico e escritor também se aventurou no teatro. Conta que foi o primeiro a fazer teatro de Via Sacra em Colatina. “Foi na década de 60 no Grupo de Teatro São Vicente de Paulo. Começamos a apresentar no estádio e depois fomos para o Cine Idelmar. Quando eu parei de fazer, o pessoal de São Roque começou aquele teatro aberto que ficou famoso”. DramaturgiaEle conta também que fez muito teatro infantil: “Fazia no quintal da minha casa no bairro Lacê. Os atores eram meus próprios filhos e os filhos dos meus vizinhos. Montava belos cenários. Fiz inclusive com meninos de rua. Fazíamos 'Branca de Neve', 'Chapeuzinho Vermelho', 'O Lobo Mau' e muitas outras peças bacanas”. Para adultos Filó montou as peças: “O Céu uniu dois Corações”, A Herança da Baronesa”, “O Último Natal”, “A Força do Perdão”, “Lágrimas de um Homem”, “O Conde de Montecristo”, “Sinhá Moça Chorou”, “Os dois Sargentos”, “Esta Noite Choveu Prata”, “O Marido da Deputada” , “Dona Xepa”, “O Corceu de Paris”, “Um Juramento a Longo Prazo”, “Via Crucis”, entre outras. O Cine Idelmar e a Escola Agrotécnica eram os locais mais usados para as apresentações. Trabalhou com vários atores colatinenses. Entre eles, Adolfo Alves da Silva, Cornélio França Melo, Dailton Magnago, Maria Luisa Fiorotti, Justina Primo, Célia Caliman, Aroldo Antolini, Almira Guaitolini, José Aguilar Lorenzutti, Eriberto Montes, Edinho Simonassi e Maria Luisa Cappi.
Fonte: www.colatina.es.gov.br 

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