sábado, 6 de dezembro de 2014

Na nota fiscal, a carga tributária instantânea explícita

Texto: Paulo R. Maciel

Você já observou quanto você paga de imposto a cada compra que faz? O quanto você abastece os cofres dos governos a cada instante? Se você precisa de serviços públicos deveria ficar mais atento a isso.
Como está chegando o prazo final para cada empresa discriminar esse valor/porcentagem dos tributos na nota/cupom fiscal, procurei observar detalhes em algumas de minhas compras. Ao adquirir azeite extra virgem e amendoim japonês, constatei que do total que paguei, 19,64% correspondiam somente a tributos (Fonte: IBPT). Na compra de biscoitos tipo cream cracker, paguei 25,75% de tributos. Na aquisição, numa farmácia, do medicamento Ômega 3, por exemplo, verifiquei que só de tributos foram cobrados à vista 31,45%. Na compra de uvas-passa sem semente num supermercado, a porcentagem subiu mais um pouquinho: 32,03% (valor aproximado de tributos). Na aquisição de melancia e uvas-passa num outro estabelecimento, o valor foi a 32,09% (Fonte: IBPT). Na compra de lâmpada fluorescente, o imposto foi de 38,77% (IBPT). E olha que somos obrigados, dentro de um determinado prazo, a trocar todas as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, pois estas consomem menos energia. Não seria o caso de reduzir esse tributo?
E pelo que sinto, apesar da carga tributária ser alta no Brasil, a população nem reclama tanto quanto deveria, talvez porque espera/deseja que esse dinheiro seja revertido em prol de bons serviços públicos, com uma boa/racional administração do que se arrecada a cada segundo da massa consumidora. Mas não é, infelizmente, a sensação que a gente sente. Muitos serviços públicos deixam a desejar para grande parte da população brasileira, principalmente a de menor poder aquisitivo.
Lembro-me de uma ocasião em que tentaram melhorar essa nossa situação - que mais parece uma “indústria de impostos e taxas” -  propondo-se o chamado ‘imposto único’ (acho que seria de apenas 1%) no país. E o que ocorreu? Na verdade criaram, sim, ao invés do tal imposto único, mais um imposto no país. Mais um? Será que já não chega? Será que já não temos demais? Não seria melhor racionalizar o que se arrecada? Coisas do Brasil! 
Você, caro irmão brasileiro,  já procurou saber como é o retorno dos impostos em prol da população em países como os Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, França, Japão?

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