sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Hospital Sílvio Ávidos, de Colatina/ES, comemora sessenta anos com programação de 8 a 11 de setembro. Moacyr Brottas construiu Pronto-Socorro


O Governo do Estado do Espírito Santo e a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) promovem eventos neste mês de setembro para comemorar os sessenta anos do Hospital Sílvio Ávidos. A Semana Comemorativa será de 8 a 11 de setembro de 2009. Na terça-feira (8/09), às 19h30min, haverá cerimônia de abertura, no Auditório do Sesc, com o lançamento do “Amigos do HSA” e coquetel. Na quarta-feira (9/09), estão previstas visitação da sociedade organizada ao HSA e oficinas internas “Cuidando do Cuidador”. Na quinta-feira (10/09), também haverá visitação da sociedade organizada ao HSA, e novas oficinas internas “Cuidando do Cuidador”, além de apresentação de coral para pacientes e funcionários e visita dos “Doutores da Alegria” à pediatria do HSA. Encerrando a programação, na sexta-feira (11/09) serão realizadas novamente oficinas internas “Cuidando do Cuidador”. Às 16h30min, será oficiado culto ecumênico no pátio do HSA e feita uma apresentação do Coral do Centro de Acolhida da Criança e do Adolescente. Foi celebrada recentemente uma parceria com o Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc), em que acadêmicos da instituição (estudantes de Enfermagem) e servidores do hospital participam do serviço “Posso Ajudar?”. São 160 pessoas envolvidas em trabalhos nas áreas interna e externa da unidade, auxiliando pacientes, visitantes e profissionais de saúde. Trata-se de um projeto da Sesa para implantação da política de humanização e acolhimento dos pacientes e suas famílias. As atividades tiveram início no dia 1° de setembro. O atual diretor do HSA é o médico José Thadeu Marino.
História
Moacyr Brottas (FOTO) construiu o Pronto-Socorro do HSA
Moacyr Brottas foi prefeito em duas gestões (31 de janeiro de 1959 a 31 de janeiro de 1963 e de 31 de janeiro de 1967 a abril de 1969). Nasceu em 19 de julho de 1907, na cidade de Neópolis, no interior de Sergipe.
No final da década de 20, do século passado, veio para Colatina, como sócio de uma empresa responsável pela construção da estrada Colatina a Nova Venécia, obra não concretizada na época por motivos políticos. Acabou ficando e casando com Zulmira Carolina Galimberti.
Aqui começou a carreira política através da amizade com Atílio Vivacqua, que foi deputado estadual pela UDN (União Democrática Nacional) nas eleições de 1946. Em 1950 e em 1954 Brottas foi derrotado nas eleições para prefeito, mas em 1958 saiu vitorioso pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Nessa época Colatina ainda desfrutava do título, que havia recebido três anos antes, de um dos cinco municípios mais ricos e progressistas do Brasil, da Revista Cruzeiro, do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e da revista Ponto IV.
Como prefeito em 1958, Brotas foi escolhido pela Associação Brasileira dos Municípios (ABM), para compor a delegação brasileira no Congresso Internacional dos Municípios, nos Estados Unidos.
O ano de 1961 foi marcante na vida política brasileira: o governo Federal determinou que todos os municípios brasileiros, a partir de 1962, deveriam ter vice-prefeito; a renúncia de Jânio Quadros, que abalou o país, e a escolha de Tancredo Neves como primeiro-ministro parlamentarista do Brasil.
Nas eleições de 1962, Brotas apoiou Belmiro Teixeira Pimenta e Álvaro Costa, para prefeito e vice-prefeito, respectivamente, que foram derrotados por Honório Fraga. Em 1966 retornou à vida pública, vencendo as eleições para prefeito pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).
Comprou o primeiro carro de lixo para a cidade e construiu o Pronto Socorro do Hospital Sílvio Avidos. Foi quem doou o relógio da então igreja matriz do Sagrado Coração de Jesus, hoje Catedral. Trouxe o telefone automático, canalizou parte do Córrego São Silvano, entregou mais de 200 casas populares, doou a área para a construção do Ginásio de Esportes da Prefeitura, criou a Ademc (Secretaria de Esportes) construiu a praça Frei José e a escadaria do bairro Operário, instalou as placas de identificação com nomes das ruas e praças da cidade e construiu a ponte sobre o rio Pancas.
Em abril de 1969, a vida política de Brotas tomou outro rumo como o de muitos brasileiros na época. Em pleno regime militar, repressão a estudantes, políticos e cidadãos, ele é cassado, sem motivo aparente. E segundo informou a família, ele nunca aceitou o que aconteceu, ficou muito triste, e a partir daí adoeceu, e após três anos de sua saída da Prefeitura, no dia 23 de julho de 1972, morreu vítima de trombose.
(Reportagem: Paulo Roberto Maciel. Fonte sobre História de Colatina: Prefeitura)

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