segunda-feira, 30 de maio de 2016

OBSERVANDO A MÍDIA: É preciso de muita calma, muito equilíbrio nessa hora

Texto: Paulo R. Maciel p/o  blog  WWW.REPORTERPAULOMACIEL.BLOGSPOT.COM
O noticiário dos jornais impressos e da TV – da mídia em geral - está muito “carregado” nesse momento. Parece que esse processo caminha num crescendo que não acaba  mais. Já há até quem diga: “Chega de ver noticiário, é só notícia ruim!” Acho que não é a solução, pois seria “tapar o sol com a peneira”. Mas, ao observar os focos principais da imprensa nos últimos tempos, dá até medo do que pode acontecer no futuro se não houver equilíbrio, temperança, sobriedade...Os aspectos negativos da sociedade brasileira (em todos os setores) estão muito presentes e muito expostos. Não é só na política, não. Parece que há um tecido social corrompido como um todo: setores da economia, da juventude, da educação, da cultura...  É taxista atacando violentamente carro de Uber em São Paulo, é um estupro coletivo não muito bem explicado no Rio de Janeiro, é gente ocupando escola politicamente em várias partes do país, são dezenas de banheiros públicos inativos por terem sido alvo de vandalismo em Vitória, é motorista praticando recorde de velocidade nas estradas paulistas no feriadão de Corpus Christi, é denuncismo político atingindo de A a Z.... Parece que a mídia vem nos passando uma ideia de que, a se confirmarem os prognósticos, o “jeitinho brasileiro” está sendo aplicado cada vez com mais frequência e grande parte, ou uma parte significativa da sociedade, está corrompida. Será que vamos ter que dizer: “O último que sair, apague a luz”, “Aquele que não é corrupto que atire a primeira pedra”, “Não há luz no fim do túnel”... ?
Coincidentemente, neste domingo (29/05/2016), eu estava vendo o programa “Encrenca” (Rede TV) e foi mostrada uma pesquisa interessante: Num logradouro público, foi colocada uma mesa com relógios à venda, com preço estipulado e uma caixinha para depositar o dinheiro. Não havia nenhum vendedor do local, só a indicação do preço e do cofrinho para colocar o valor correspondente. Resultado: nos EUA os transeuntes agiam corretamente, ou seja, adquiriam o produto e depositavam o dinheiro na caixinha; no Brasil, ao contrário, foi mostrado um final melancólico em que os relógios acabaram sendo roubados e o pouco dinheiro do cofrinho (depositado pelos honestos) também.
Segundo pesquisa Índice de Confiança Social (ICS) 2015, do Ibope, as instituições mais pontuadas em credibilidade foram: Corpo de Bombeiros (81%), Igrejas (71%), Forças Armadas (63%), Meios de Comunicação (59%), Escolas Públicas (57%), Empresas (53%), Organizações da Sociedade Civil (53%), Polícia (50%).
PS: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."(Obras Completas de Rui Barbosa. V. 41, t. 3, 1914. p. 86) Fonte: www.casaruibarbosa.gov.br

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