quarta-feira, 4 de junho de 2014

ESPORTE - Brasil rumo à Copa - Neymar acrescenta ao talento um repertório de jogadas improváveis

Performance

Passada da bola de um pé para outro que Neymar faz, do jeito que faz, é, pode-se afirmar, invenção do garoto da camisa 10 do Brasil
por Portal BrasilPublicado03/06/2014 19:29Última modificação04/06/2014 07:11
Está certo que foi um amistoso. Igualmente correto que a qualidade do adversário era infinitamente inferior à Seleção Brasileira - o que não chega a ser um demérito, antes o reconhecimento e a comprovação de que a superioridade dos brasileiros sobre os panamenhos é um fato natural.
Mesmo assim, com todos esses reparos, o que Neymar fez no campo do Serra Dourada não é qualquer jogador que é capaz de fazer.
Neymar exagera: ao talento nato, ele acrescenta uma grande dose de improviso; aos dribles que saem de maneira natural, ele mistura algo de desconcertante que deixa nervosos - e desestabiliza - seus marcadores.
Deve ser mesmo difícil e dura a vida de um zagueiro que tem a incumbência de tentar parar Neymar. Um só zagueiro, não. Vários.
Como aconteceu neste jogo contra o Panamá, em que os zagueiros adversários, como em uma atitude de quase reverência, faziam fila para se deparar como camisa 10.
O que acontecia? Eram driblados também em série, respeitando na maioria das vezes a ordem da fila, um de cada vez - ou dois, ou três ao mesmo tempo.
A  passada da bola de um pé para o outro que Neymar faz, do jeito que faz, é, pode-se afirmar, uma invenção do garoto da camisa 10 do Brasil. Ele desconcentra e engana o marcador de tal maneira que torna impossível contê-lo.
Houve lances espetaculares, outros de igual beleza. A cobrança de falta: perfeita, na força e no trajeto da bola, que só poderia mesmo parar no fundo da rede do goleiro McFarlane.
Em outro lance, dentro da área, Neymar se deparou com o gigante zagueiro panamenho. O que ele fez? Pões a bola milimetricamente entre as pernas do zagueiro, deixando-o paralisado, sem poder de reação.
No segundo tempo, logo de cara, ele deu oura demonstração de técnica refinada. Com um passe de calcanhar, deixou Hulk em condições de marcar.  No quarto gol do Brasil, outra amostra de jogador que faz diferença: partiu para cima dos adversários e, quando todos esperavam o drible, ele descobriu Maxwell livre na esquerda. Na sequência do lance, Willian apareceu para marcar com toque certeiro o quarto do Brasil.
Faltava o agradecimento. Foi a hora do torcedor no Serra Dourada reverenciar o camisa 10. O coro veio em uníssono: "Neymar, Neymar, Neymar".

Fonte:
Confederação Brasileira de Futebol 

Ilustração: Portal Brasil

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