O presidente em exercício, Michel Temer, se reuniu, na
sexta-feira (10/06/2016), com líderes de quatro centrais sindicais - UGT, Nova
Central Sindical, Força Sindical e CSB - para discutir demandas do setor. As
entidades representam cerca de 60% dos sindicatos do País, com quase cinco
milhões de trabalhadores. O encontro foi no Palácio do Jaburu, em
Brasília. A reforma da Previdência Social foi um dos principais pontos de
debate entre o governo e sindicalistas, assim como o desemprego. Temer destacou
que os encaminhamentos do governo serão feitos em acordo e constante diálogo
com os trabalhadores. "Estou fazendo essas reuniões porque não vamos fazer
nada contra os trabalhadores, mas queremos a compreensão também dos
empresários. Não vamos fazer nada que divida o País. Queremos ter uma grande
harmonia", salientou Temer. Para o presidente, a presença das lideranças
no encontro reforça a aprovação dos trabalhadores em relação as ações do
governo.Temer assegurou que esses encontros se repetirão ao longo do ano. Diálogo
com Legislativo - Além das conversas com
trabalhadores e empresários, Temer lembrou que também restabeleceu o diálogo
com o Poder Legislativo, justamente para aprovar medidas de interesse público. "Só
em um governo autoritário que você não precisa do Legislativo. No governo
democrático você tem que conversar com a sociedade. A primeira medida foi de
harmonia do Legislativo com Executivo. Um dos meios de se conversar com a
sociedade é pelo Congresso Nacional". Resistência de opositores - Por outro lado, o presidente em exercício
assinalou que tem sido alvo de ataques da oposição no Congresso Nacional desde
que assumiu o cargo, a qual, segundo ele, tem tentado dificultar a aprovação de
diversas matérias, anteriormente encabeçadas pelo governo afastado. "Não
vou silenciar. Estou sendo vítimas de vários torpedos que vêm de todos os
lados". Vitórias no Congresso - Entre
as matérias votadas pela Casa, o presidente em exercício ressaltou que, em 27
dias de trabalho, medidas importantes que estavam com a votação travada no
Congresso foram apreciadas. Entre elas estavam a análise da ampliação da meta
fiscal e aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recriou a
Desvinculação de Receitas da União (DRU) na Câmara dos Deputados. A matéria sofreu
resistência da oposição. "A DRU foi proposta pelo governo anterior. E
[agora] os que a propuseram, votaram contra", ponderou Temer.
"Aprovamos e não foram apenas os 308 votos, estritamente necessários para
a aprovação. Foram 344 votos", comemorou o presidente ao se referir à
votação da DRU. Assim, Temer destacou que há "uma maioria muito
confortável no Parlamento" , o que, para ele, reforça a restauração do
diálogo entre o Executivo e o Legislativo. No entanto, o presidente em
exercício ressaltou que a crise econômica e política eram ainda maiores do que
ele imaginou antes de assumir o comando do governo. Temer classificou a atual crise
como "sem precedentes". Tom conciliador - O presidente disse ainda
que para solucionar essas dificuldades no primeiro mês de gestão, orientou os
ministros nomeados a adotarem uma postura conciliadora, especialmente para a
equipe econômica. "Conseguimos montar uma equipe econômica formidável:
eficiente nas teorias e no diálogo. Dei o tom para os meus ministros, do
diálogo e da apuração profunda dos problemas". Fonte: www.brasil.gov.br
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