Solidão do poder é falta de lealdade ao povo, diz Bolsonaro
Presidente participou de culto na Igreja Sara Nossa Terra
"Eu já ouvi de alguns, talvez todos, que me antecederam, [eles] reclamaram que, logo nas primeiras semanas que assumiram esse cargo, começaram a sentir a solidão do poder. O que eu posso falar é de mim, já que muitas semanas se passaram. Acredito que essa solidão do poder ela venha por dois motivos. O primeiro, pelo descompromisso da lealdade ao povo brasileiro. E o segundo, pelo afastamento do nosso criador", afirmou Bolsonaro. Também estavam presentes ao culto a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e a esposa dele, Denise Veberling.
Mais cedo, o presidente usou o Twitter para dizer que não criticou o povo nordestino, mas os governadores da região, especificamente Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão.
"'Daqueles GOVERNADORES... o pior é o do Maranhão'. Foi o que falei reservadamente para um ministro. NENHUMA crítica ao povo nordestino, meus irmãos. Mas o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino, p/ me chamar de antipatriótico."
Na última sexta-feira, ao receber jornalistas estrangeiros para um café da manhã no Palácio do Planalto, Bolsonaro falou reservadamente com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e disse que “daqueles governadores de ‘paraíba’ o pior é o do Maranhão; tem que ter nada para esse cara”.
Flávio Dino lamentou a declaração e pediu explicações. Segundo o governador, o comportamento do presidente teria sido incompatível com a Constituição.
Na mesma sequencia de mensagens no Twitter, neste domingo, Bolsonaro chamou de “melancia” o general da reserva e membro da Comissão de Anistia Luiz Rocha Paiva. "Mas o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino, p/ me chamar de antipatriótico. Sem querer descobrimos um melancia, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI", tuitou. O termo "melancia” é comumente usado por militares da direita para se referir aos de esquerda, que seriam verdes por fora (cor da farda) e vermelhos por dentro.
Porto de Itaqui
Após essas declarações, o presidente Jair Bolsonaro anunciou, também no Twitter, que o porto de Itaqui, no Maranhão, estará conectado, por ferrovia, ao porto de Santos, em até dois anos.O presidente se refere à concessão de um trecho da Ferrovia Norte-Sul que liga Porto Nacional, em Tocantins, a Estrela d’Oeste, em São Paulo. O contrato, no valor de R$ 2,8 bilhões, será assinado ainda este mês e o trecho no sentido norte entrará em operação imediatamente.
A expectativa do governo é de que até 2021 o trecho da ferrovia que liga os dois portos esteja operando plenamente nos dois sentidos.
"Em 2 anos o porto de Itaqui, no Maranhão, estará ligado, por ferrovia, ao porto de Santos. Em 4 anos faremos muito pelo Brasil e o até então esquecido Nordeste, apesar da mídia e alguns governadores", tuitou.
POSTADO POR: REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE COLATINA/ES, EM SEUS ENDEREÇOS NA WEB: reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (21/07/2019)

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