Texto e
fotos (reproduzidas da TV Século 21): Paulo R. Maciel, p/o blog WWW.REPORTERPAULOMACIEL.BLOGSPOT.COM
Na Semana
Santa deste ano vi várias pregações, filmes e/ou documentários sobre a vida, paixão,
morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um desses programas foi na
TV Século 21, onde fez-se um relato detalhado sobre a “Paixão de Cristo” à
luz do Santo Sudário. As explicações foram dadas por Antônio Carlos Corcione,
estudioso do assunto há trinta anos. Conforme seu relato, Jesus viveu na região
da Palestina, pregando e ensinando em nome do amor, da misericórdia, da
tolerância, da alegria, da paz, da fé... Isso veio contrastar com o até então
Deus do Antigo Testamento, que enviava anjos exterminadores, pragas, e se
mostrava para muitos um Deus brabo, nervoso, diante do pecado recorrente do ser
humano... Jesus viveu 33 anos na terra, dos quais três anos exercendo
publicamente o seu ministério. Suas últimas horas de vida são indescritíveis e
chocantes. “Só se chega às rosas pelos espinhos”, disse o apresentador, para
falar do sofrimento do Homem de Nazaré. Na Quinta-Feira Santa comemora-se hoje
o que ocorreu na Ceia Pascal, no ano 30 da Era Cristã. No cenáculo, Jesus reúne-se
com os doze apóstolos – seus “amigos” - para a ceia, se posicionando, no salão
da comemoração, deitados ou reclinados, conforme o costume da época.
Demonstrando humildade, o Mestre lava os pés de cada um de seus discípulos.
Nessa festa, nesse banquete, ele institui o maior de seus sacramentos: a Eucaristia.
Jesus seria a oferta naquele dia, o Cordeiro Pascal. Todos comem o pão sem
fermento, as ervas amargas, junto com o vinho... Ele oferece o seu corpo e seu
sangue, através do pão e do vinho da ceia e convida todos a repetir aquele
momento até o fim dos tempos: “Fazei isto em memória de mim.” Depois da Ceia,
Jesus se reúne com os apóstolos em oração no Jardim das Oliveiras (Getsêmani).
Deixa uns mais afastados e ficam mais próximos do local da oração derradeira (antes
da sua morte) Pedro, João e Tiago. De acordo com o relato televisivo, Jesus,
ali, naquele momento, entra num processo clínico, onde os poros estouram e por
eles sai sangue. São Lucas, que era médico, narra esse particular, a
hematidrose. Jesus se prepara, sente tudo o que vai passar... E sua sangue por
todos os poros. Pede ao Pai para não passar pelo Calvário, mas, ao mesmo tempo,
diz: “Que seja feita a Tua vontade e não a minha.” Jesus se levanta do local de
oração e dá uma bronca nos apóstolos mais próximos, que dormem ao invés de
vigiar e orar. “Vocês são incapazes de ficar uma hora vigiando!” E surgem em
seguida os soldados que o vão prender, levados pelo apóstolo Judas Iscariotes,
que o entrega, o identifica para os algozes com um singelo beijo. Jesus é
preso, vai para o porão do palácio, vai ao sumo sacerdote Caifás... Todos os apóstolos
e seguidores fogem. Somente Pedro e João, este mais de perto, acompanham os
acontecimentos a alguma distância. Na prisão Jesus é menosprezado, humilhado,
com todo o tipo de martirização, tortura, pressão psicológica, sofrimento
físico e emocional. Cospem nele, escarram nele, batem nele, arrancam fragmentos
da barba... No Sinédrio (tribunal judeu dos sacerdotes, anciãos e escribas) é
condenado por ser um incômodo para a sociedade judaica. Só que os judeus, dominados
pelo Império Romano, não têm autoridade para executá-lo e o levam à Torre
Antônia para que o representante do imperador César, Pilatos, assim proceda. “Eu
vim para dar o testemunho da Verdade”, disse Jesus no interrogatório. Ele não
responde mais nada, pois a “Verdade” é ele próprio. Quem quer ver a “Verdade”
deve olhar para Jesus. Pilatos, constrangido, não vê crime para condená-lo. Os
judeus insistem, acusando Jesus de se declarar Deus, o que seria blasfêmia. Mas
para o político romano, alguém dizer que é um deus não consiste em crime,
acostumado que está aos deuses pagãos de sua cultura. Há insistência dos
acusadores, ameaçando denunciar Pilatos a Roma. Ele, então, manda flagelar o
réu, e Jesus recebe quarenta chicotadas em todas as partes do corpo. Açoitado,
recebe a maldade e brutalidade sem nada falar, o que deixa nervosos e irritados
seus algozes. Então o levam para outro local, onde atiram urina animal sobre
ele e zombam de sua condição. “Você é rei?”, questionam. Cravam sobre sua
cabeça uma coroa de espinhos, retirada da roseira de Jericó. Cada espinho tem
cerca de cinco centímetros e faz parte de um arbusto utilizado para fogueiras.
Batem em Jesus com paus. Ele derrama sangue. Levam-no de novo a Pilatos, que se
espanta com o alto grau de flagelação a que Jesus é submetido. “Eis aqui o seu
rei”, diz aos judeus. Eles não aceitam a fala do governante. O julgamento
prossegue, até que Pilatos oferece uma opção aos presentes: condenar Jesus ou o
homicida e rebelde Barrabás. Aí, as mesmas pessoas que recebem Jesus com muitas
honras, ao gritos de “hosana rei”, em sua entrada em Jerusalém, declaram
enfaticamente: “Libertem Barrabás.” Jesus, então, é condenado à morte na cruz.
Começa outro processo humilhante e de sofrimento, quando ele tem que carregar
uma peça da cruz até o local da crucifixão, o Gólgota. Naquele tempo um
criminoso nessa situação carregava a cruz e gritava ao povo o que fez para ser
condenado, a fim de servir como exemplo. Uns poderiam gritar: “eu matei”, “eu
roubei”... E Jesus, gritaria o quê??? “Eu amei”, “eu fiz milagres”, “eu curei”,
“eu falei sobre Deus”...!!!??? Um homem da cidade de Cirene, chamado Simão, é obrigado
a ajudar Jesus a carregar a cruz. O corpo de Jesus, certamente, encontra-se em
estado lastimável, pois, além dos flagelos, há o sol da primavera que queima
seu corpo. No Gólgota, arrancam violentamente as vestes de Jesus que estão
coladas às feridas... Pregam cravos de doze centímetros nos pulsos do condenado,
penetrando nervos que provocam uma dor inenarrável. Levantam Jesus na cruz e
não querem morte muito rápida. Por isso pregam cravos também nos pés para fixá-lo
por mais um tempo no madeiro. Naquela
época, crucifixões duravam dias, mas Jesus já não tem mais forças... “Tenho
sede...”, diz o Messias. Ele fica cerca de três horas na cruz até que profere a
frase final: “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.” Na verdade, Jesus
morreu quando quis, para mostrar ao mundo o seu domínio sobre o mundo. Após a
morte, o corpo é coberto por um tecido (chamado sudário) para sepultamento e o
levam para o túmulo. No primeiro dia da semana, mulheres voltam ao túmulo com o
intuito de concluir o processo de sepultamento, e, ao invés do corpo, só encontram
o tecido que o envolvia. E nele está a imagem em sangue de Jesus, de frente e
de costa. É o Santo Sudário, que até hoje gera pesquisas, comentários,
polêmicas, fé... Mesmo tendo passado por danos, após um incêndio em 1532, a
peça mostra a imagem de um homem de 1,83m de altura, cerca de oitenta quilos de
peso... É um homem com barba, um judeu, um rabino (especialista da lei judaica),
cabelos longos (no estilo rabo de cavalo, mostrando ser um galileu), 121 marcas
no corpo, marcas da permanência na cruz, comprovação de morte por asfixia, ocorrida
por volta das três horas da tarde... No
tempo da crucifixão era Páscoa e Jesus foi morto em meio a dois outros
condenados na cruz. Para acelerar a morte em virtude da festa pascal, os
carrascos quebraram as pernas dos dois e quando chegaram a Jesus, não
precisaram fazer isso pois ele já havia morrido. Para conferir a morte,
atravessaram uma lança no seu peito, de onde jorrou água dos pulmões e sangue...
No Sudário estão as marcas dos cravos nas mãos e nos pés, marcas nos joelhos
provocadas pelas quedas no caminho, marcas nos ombros por carregar a cruz, e
não se vê a marca dos polegares que se retraíram na crucificação. O sangue permanece
intacto e é A-B negativo. O documentário da TV informa que existe a crença de que
a ressurreição ocorreu em um décimo de segundo, sob uma luz intensa que deixou
gravada para sempre a imagem de Jesus no tecido... A morte na cruz, naquela época, era uma pena para o ladrão, o
bandido, o homicida... E Jesus não era nada disso... Até hoje, 2016 anos após a
morte de Jesus Cristo, o Sudário é estudado e levanta polêmica, desconfianças, discussões
e também muita fé. Muitos, na história, foram crucificados. Porém, no tecido em
questão estão as marcas da coroa de espinhos. E sabe-se, com certeza, que só um
foi crucificado com a coroa de espinhos naquela situação: Jesus Cristo, o Filho
de Deus.
Este texto serve
para a reflexão de todos. É mais um testemunho da grandiosidade do nosso Rei
Jesus, que sofreu, morreu e ressuscitou pela nossa redenção, para que tenhamos
a vida eterna. É só acreditar, se arrepender das faltas e se entregar ao amor
divino. E esperar o dia do Juízo Final. No Novo Testamento, diz o apóstolo São
Paulo na sua Primeira Carta aos Coríntios (capítulo 15): “Cristo morreu por
nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressurgiu ao terceiro dia,
segundo as Escrituras; apareceu a Cefas (Pedro) e em seguida aos Doze
(apóstolos). Depois apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais
a maior parte ainda vive (e alguns já são mortos); depois apareceu a Tiago, em
seguida a todos os apóstolos. E, por último de todos, apareceu também a mim,
como a um abortivo. ... Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos
que morreram. ... Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos
reviverão: como primícias, Cristo; em seguida os que forem de Cristo, na
ocasião de sua vinda. Depois, virá o fim, quando entregar o Reino de Deus, ao
Pai, depois de haver destruído todo principado, toda potestade e toda
dominação.”
Foto reproduzida da TV sobre a encenação da Paixão de Cristo, no bairro Carlos Germano Naumann, em Colatina/ES (Sexta-Feira Santa, 25/03/2016)
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