Texto e
reprodução da capa do DVD: Paulo R. Maciel
Resolvi
rever o documentário “Papa João Paulo II – Celebração de sua Vida”, tendo em
vista que atualmente ele ocupa merecidamente e com todos os louvores o lugar de
santo da Igreja Católica. É o nosso São João Paulo II. Lembro-me muito do seu pontificado
(que começou em 1978), das suas viagens, do marcante gesto de beijar o chão da terra que
visitava, de sua devoção a Nossa Senhora, enfim, do seu amor especial por
Maria, a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Lembro perfeitamente de suas viagens
ao Brasil e ao redor do mundo, inclusive sua vinda ao estado do Espírito Santo,
na época do governador Albuíno Azeredo. Participei intensamente das festividades
alusivas ao Jubileu dos 2000 anos da Morte de Jesus Cristo, que foram
incentivadas por João Paulo II. Aqui em Colatina, um dos eventos nos quais
estive presente foi na Igreja Nossa Senhora da Penha, em Alto Baunilha, onde um
bauzinho foi enterrado com mensagens dos fiéis para marcar a significativa data.
No dia em que o Papa sofreu o atentado na Praça de São Pedro, em Roma, dei a
notícia no rádio (sou locutor) profundamente emocionado. No documentário, o
narrador diz que João Paulo II não morreu naquela tragédia, acreditando que foi
a Providência, a Mão de Deus, que o protegeu. O Papa disse na ocasião que iria
perdoar o assassino e iria visitá-lo na prisão, o que realmente fez. “E ao
aparecer no mundo inteiro nas imagens mostradas na televisão, ele provou que era
sincero ao dizer que o cristão tem que perdoar.” O filme informa que uma das
conquistas do seu pontificado, entre tantas, foi o Catecismo da Igreja Católica,
um trabalho que os bispos requisitiram a ele para orientar os católicos em todo
o mundo. Ainda segundo o documentário, João Paulo II, por sua devoção, deu a
Maria Santíssima um renovado lugar de importância na Igreja. No Santuário de
Fátima, em Portugal, agradeceu a Deus pela vida, depois da tentativa de
assassinato, e ali deixou a bala que o atingiu. Para um religioso entrevistado
no documentário, a divisa do Papa – “Todo Seu” – pode bem significar que “Eu
sou todo seu, Maria, e tudo que eu tenho é seu.” Em Assis, outro momento
importante de João Paulo II foi a prece comum pela paz, num encontro com
representantes de segmentos distintos do mundo todo. Para alguns analistas de
seu tempo, ele se comportava como um patriarca geral de todas as religiões. A
Década de Evangelização para o Segundo Milênio se deu entre 1990 e 2000, com o
Jubileu dos 2000 anos de Jesus Cristo. Foi também, conforme trecho do
documentário, um ato de penitência pelos erros cometidos pelos cristãos, quando
o Papa mostrou que estava pronto para admitir as falhas da Igreja Católica e
pedir perdão. Ainda segundo o filme, João Paulo II foi “uma das maiores figuras
do século XX e a maior personalidade do cenário mundial em sua época, mesmo
para os não-católicos e não-cristãos.” “Eloquente, inteligente e incrivelmente
espiritualizado”, ele era o “Papa do
Povo, que parece trazer Deus na sua sombra.” Com mais de oitenta viagens ao
redor do mundo, teve como “maior dom o carisma, amabilidade e humanidade.”
Representantes de todo o mundo e fiéis que o amavam acompanharam sensibilizados sua doença
terminal e compareceram ao seu funeral,
no Vaticano, numa comovente despedida. São João Paulo II certamente está com
Deus intercedendo por nós.
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