quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Coronavírus: ministro da Saúde descarta restrição a voos e cruzeiros


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Fechamento de fronteiras não é eficaz, afirma Mandetta

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, descartou a hipótese de o Brasil limitar o ingresso de estrangeiros como forma de tentar dificultar a disseminação do vírus SARS-CoV-2, causador do novo coronavírus (Covid-19).
“Não vamos fazer nenhum tipo de interrupção de voos porque não há nenhuma eficácia nisto”, disse o ministro, ao confirmar nesta quarta-feira (26/02/2020) o primeiro caso de infecção pela doença no Brasil. O paciente é um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que, provavelmente, contraiu o vírus ao viajar para a Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro.
“Perguntaram-me por que não fechar [as fronteiras]. Isto não existe. Não tem eficácia nenhuma. Esta é mais uma gripe que a humanidade vai ter que atravessar. Das gripes históricas, esta tem letalidade menor e tem uma transmissibilidade similar à de determinadas gripes que a humanidade já superou”, acrescentou o ministro. “Nosso sistema já passou por epidemias respiratórias graves, como a do H1N1, e vamos atravessar mais esta situação investindo em pesquisa e na clareza de informações.”
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Ministro da Saúde diz que não é possível proibir pessoas de entrarem no Brasil - Radioagência Nacional

Desde terça-feira (25/02/2020), quando o Ministério da Saúde tornou público que os primeiros exames clínicos a que o paciente foi submetido tinham acusado positivo para Covid-19, internautas começaram a usar as redes sociais para pedir mais rigor no controle de entrada de estrangeiros e brasileiros vindos do exterior.
Segundo o ministro, que é médico, as formas mais eficazes de o país evitar a disseminação da doença são dotar a rede de saúde nacional da capacidade de identificar e testar os casos suspeitos rapidamente, e, em caso positivo, adotar os procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo ministério. Além disso, a população deve intensificar os cuidados recomendados para qualquer tipo de gripe, como evitar aglomerações desnecessárias.
“O brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava as mãos e o rosto com água e sabão ao longo do dia. Este é um hábito extremamente importante, não só para evitar problemas respiratórios, mas também outras doenças”, afirmou o ministro, recomendando que as pessoas também evitem compartilhar copos e outros utensílios que possam transmitir o vírus por meio da saliva.
Mandetta mencionou a intenção de iniciar pela Região Sul a campanha de vacinação contra a gripe, realizada todos os anos. Segundo o ministro, as vacinas recomendadas para este ano deverão estar disponíveis em meados de março, começo de abril. De acordo com o ministro, a vacina ajudará a proteger as pessoas dos vírus que circulavam no território brasileiro até novembro ou dezembro do ano passado, quando os novos lotes começaram a ser produzidos. Fora isto, Mandetta lembrou que não há, hoje, nenhum medicamento específico contra o coronavírus.
“Não existe um medicamento específico. O arsenal [medicamentoso] é, basicamente, de suporte e [a rede pública de saúde] será devidamente abastecida”, acrescentou o ministro, assegurando que o governo também distribuirá equipamentos de proteção individual (EPIs) para os governos estaduais redistribuírem a seus profissionais de saúde e já providenciou a licitação para, em caso de necessidade, alugar mil leitos hospitalares da rede privada.
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"Não há medicamento antirretroviral indicado para coronavírus", diz Mandetta - Radioagência Nacional
Edição: Nádia Franco. Publicado em 26/02/2020 - 15:10 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Fonte: Agência Brasil
POSTADO POR: REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE COLATINA/ES, NOS ENDEREÇOS NA WEB: paulo roberto maciel (canal no youtube), reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (26/02/2020)

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