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Devido à pandemia de covid-19, mercado financeiro espera por retração
Devido à pandemia de covid-19, o mercado financeiro espera por retração da economia brasileira este ano. De acordo com o boletim Focus,
do Banco Central (BC), a previsão de queda do Produto Interno Bruto
(PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de
0,48%. Na semana passada, a estimativa era de crescimento de 1,48%. Essa
foi a sétima redução seguida na projeção.
O boletim semanal do BC traz as projeções de
instituições financeiras para os principais indicadores econômicos nos
próximos anos. As previsões do mercado para o PIB de 2021, 2022 e 2023
continuam em 2,50%.
Já a cotação do dólar deve fechar o ano em
R$ 4,50, a mesma previsão da semana passada. Para 2021, a expectativa é
que a moeda americana fique em R$ 4,30.
Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo
BC também reduziram a previsão de inflação de 2020. A projeção para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu, pela terceira
vez seguida, ao passar de 3,04% para 2,94%.
Para 2021, a estimativa de inflação também
foi reduzida, de 3,60% para 3,57%. A previsão para os anos seguintes,
2022 e 2023, não teve alterações e permanece em 3,50%.
A projeção para 2020 está abaixo do centro
da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida
pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a
meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto
percentual em cada ano.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco
Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic,
estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a
Selic tenha mais uma redução e encerre o ano em 3,50% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é
que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais
altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para o final de 2021, a expectativa é que a
taxa básica suba para 5% ao ano. A previsão anterior, para o final de
2021, era 5,25%. Para o fim de 2022 e 2023, as instituições mantiveram a
previsão em 6% ao ano e 6,25% ao ano, respectivamente.
Edição: Graça Adjuto. Publicado em 30/03/2020 - 09:30 .
Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Fonte: Agência Brasil
POSTADO POR: REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE
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