segunda-feira, 27 de maio de 2019

ES TEM MAIS SERVIDOR INATIVO QUE NA ATIVA. BRASIL GASTA R$ 700 BI COM APOSENTADO (2018)

O estado do Espírito Santo tem mais servidores aposentados do que servidores na ativa, demonstrando a gravidade da situação previdenciária no setor público. O presidente da Fundação da Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo, Alexandre Wernesbach Neves, informou que a relação é de 0,82 (funcionário na ativa) para 1 (funcionário inativo). O ideal para que a conta possa ser saldada, seria 4 (funcionário na ativa) para 1 (funcionário inativo). Como está, vai chegar o momento em que não haverá recurso financeiro (dinheiro) em caixa para pagar o servidor ativo, e muito menos para honrar o compromisso salarial do aposentado ou pensionista. Por isso se faz necessária a Nova Previdência proposta pelo Governo do presidente Jair Bolsonaro (a fim de dar equilíbrio ao sistema do INSS), e que os governos estaduais também se mobilizem para tirar do vermelho suas contas. Fonte de pesquisa: gazetaonline.com.br/cbn
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BRASIL GASTOU EM 2018 R$ 700 BILHÕES SOMENTE COM PREVIDÊNCIA SOCIAL
Enquanto R$ 700 bi foram para aposentadorias, 10% do valor foi para educação 
O Brasil gasta dez vezes mais com aposentadorias do que com educação, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, em sua fala na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados (Câmara Federal, em Brasília). Na audiência para discutir a reforma da Previdência, ele disse que o sistema de repartição (onde os trabalhadores da ativa financiam os aposentados) está fadado ao fracasso. O ministro destacou que a maior despesa que pressiona o déficit das contas públicas tem sido a Previdência. “Ano passado gastamos R$ 700 bilhões com a Previdência, que é o nosso passado, e gastamos R$ 70 bilhões com educação, que é o futuro. Gastamos dez vezes mais com a Previdência que com o futuro, que é a educação. Antes de a população brasileira envelhecer, a Previdência está condenada”, declarou. (A fala do ministro Paulo Guedes foi no dia 03/04/2019)

Segundo Guedes, os problemas fiscais decorrentes do crescimento dos gastos com a Previdência estão se impondo aos governos locais, independentemente do partido. “Tenha quem tiver, o partido que tiver, independentemente de quem esteja no governo, esse problema está se impondo”, advertiu.
O ministro participou de audiência na CCJ para explicar a proposta de emenda à Constituição que reforma a Previdência.

Capitalização

O ministro voltou a defender que a reforma da Previdência resulte em economia mínima de R$ 1 trilhão nos próximos dez anos para financiar a transição para o sistema de capitalização (onde cada trabalhador contribui para a própria aposentadoria). Ele disse que o sistema atual tem um modelo de financiamento perverso ao se sustentar em tributos que incidem sobre a folha de pagamentos e aumentam os encargos trabalhistas para os empresários.
“Financiar a aposentadoria do trabalhador idoso desempregando trabalhadores é, na minha opinião, uma forma perversa de financiar o sistema. Cobrar encargos trabalhistas sobre a mão de obra é, do ponto de vista social, uma condenação. É um sistema perverso, onde 40 milhões de brasileiros estão excluídos do mercado formal”, declarou o ministro.
Segundo o ministro, eventuais problemas no sistema de capitalização podem ser corrigidos por meio do Imposto de Renda negativo. “Vamos supor que a menor aposentadoria corresponda a R$ 1 mil. Se a poupança do trabalhador for insuficiente e a aposentadoria ficar em R$ 750, o governo pode complementar os R$ 250 restantes por meio do Imposto de Renda negativo. Isso existe em vários países e se chama sistema nocional”, explicou. O ministro respondeu a um questionamento sobre o Chile, onde muitos trabalhadores se aposentam com apenas meio salário mínimo.

Confusão

Segundo Guedes, caso a reforma da Previdência não seja aprovada, o Brasil passará a ter problemas para pagar salários dos servidores, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás. Nesse momento, houve bate-boca quando um parlamentar disse que a capitalização não deu certo no Chile, e Guedes fez um paralelo com a crise econômica e humanitária na Venezuela. “Acho que a Venezuela está melhor [que o Chile]”, rebateu o ministro em tom de provocação. O ministro explicou que o Chile conseguiu implementar políticas sociais nos últimos 30 anos porque passou a sobrar recursos depois que o país adotou o regime de capitalização, nos anos 1980. Ele lembrou que a renda per capita do país hoje é o dobro da brasileira.
Edição: Sabrina Craide.Publicado em 03/04/2019 - 15:32.Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Fonte: Agência Brasil.
TEXTO ADAPTADO E POSTADO POR repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, de Colatina/ES, em seus endereços na web: reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (27/05/2019) 

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