Substância está possibilitando tratamento após passagem da onda de lama.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE de Linhares enviou uma equipe técnica ao SAAE de Governador Valadares para conhecer os procedimentos que estão permitindo o tratamento da água do Rio Doce, mesmo durante a passagem da onda de lama vinda da barragem da mineradora Samarco, que se rompeu no último dia 5, em Mariana, Minas Gerais.
Para entender como isso está sendo possível, a engenheira química, Camilla Rodrigues Cardoso Santório, o chefe da Seção de Operação e Tratamento, Luiz Sérgio Pereira e o diretor de Operações e Obras do SAAE de Linhares conheceram os laboratórios e a estação de tratamento de água bruta da cidade mineira.
Governador Valadares voltou a ter água potável nas torneiras na noite do último domingo (15), após 6 dias sem abastecimento devido à onda de lama no Rio Doce. No entanto, segundo o engenheiro químico do SAAE do município, Reinaldo Passini, isso aconteceu por conta da turbidez da água e não pela presença de metais pesados.
"Fizemos vários ensaios de laboratório e análises terceirizadas e até o momento não detectamos nenhum resíduo de metais pesados acima do permitido. O que foi detectado desde o início, quando veio a lama, e até antes dela, foram índices elevados de ferro, sais de ferro, sais de manganês e alumínio, que são facilmente eliminados na estação de tratamento", explica.
Com turbidez elevada, a água é escura e pesada, cheia de sedimentos. Para tratar essa água foi necessário usar o polímero do chá da casca da acácia negra. A substância é o que os químicos chamam de tanino: adstringente, ela é capaz de coagular e flocular os materiais que estão na água, facilitando a decantação e possibilitando o tratamento dessa água. Os taninos são as substâncias que dão sabor adstringente ao caju e à banana verde e também podem ser percebidos em alguns vinhos.
Em Governador Valadares, a turbidez da água chegou à marca de 131 mil NTU, que é a unidade de medida internacional para turbidez, quando o aceitável para tratamento sem a ajuda do polímero seria de apenas 1.800. Em dias normais, o Rio Doce passa pelo município com cerca de 50 NTU, chegando a quase 2 mil apenas em épocas de chuva.
O polímero da acácia negra está sendo aplicado de 30 a 40 miligramas por litro de água bruta na estação do município mineiro. A substância foi fornecida gratuitamente pela mineradora Samarco. Segundo a engenheira química do SAAE de Linhares, Camilla Rodrigues Cardoso Santório, substâncias para facilitar coagulação, floculação e decantação, como o sulfato de alumínio, sempre foram usadas no tratamento de água. Porém, o polímero é mais eficiente para isso em águas com maior turbidez.
"Por ser uma substância mais cara, a gente não tinha disponibilidade financeira para usar anteriormente", explica o diretor adjunto do SAAE de Governador Valadares, Vilmar Rios Dias Júnior. A água captada no rio para tratamento está sendo monitorada continuamente pelo SAAE de Governador Valadares com a ajuda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, que é, inclusive, a empresa que assina os laudos que atestam a baixa concentração de metais perigosos na água.
Abastecimento de água em Linhares segue normal
O SAAE de Linhares não capta água no Rio Doce para tratamento. O ponto de captação para abastecimento da sede do município fica no Rio Pequeno, manancial que liga a Lagoa Juparanã ao Rio Doce. Para impedir que a onda de lama que desce o Rio Doce entre no Rio Pequeno, uma barragem construída em outubro deste ano foi reforçada. A obra tem 2 metros de altura por 20 de comprimento.
Para entender como isso está sendo possível, a engenheira química, Camilla Rodrigues Cardoso Santório, o chefe da Seção de Operação e Tratamento, Luiz Sérgio Pereira e o diretor de Operações e Obras do SAAE de Linhares conheceram os laboratórios e a estação de tratamento de água bruta da cidade mineira.
Governador Valadares voltou a ter água potável nas torneiras na noite do último domingo (15), após 6 dias sem abastecimento devido à onda de lama no Rio Doce. No entanto, segundo o engenheiro químico do SAAE do município, Reinaldo Passini, isso aconteceu por conta da turbidez da água e não pela presença de metais pesados.
"Fizemos vários ensaios de laboratório e análises terceirizadas e até o momento não detectamos nenhum resíduo de metais pesados acima do permitido. O que foi detectado desde o início, quando veio a lama, e até antes dela, foram índices elevados de ferro, sais de ferro, sais de manganês e alumínio, que são facilmente eliminados na estação de tratamento", explica.
Com turbidez elevada, a água é escura e pesada, cheia de sedimentos. Para tratar essa água foi necessário usar o polímero do chá da casca da acácia negra. A substância é o que os químicos chamam de tanino: adstringente, ela é capaz de coagular e flocular os materiais que estão na água, facilitando a decantação e possibilitando o tratamento dessa água. Os taninos são as substâncias que dão sabor adstringente ao caju e à banana verde e também podem ser percebidos em alguns vinhos.
Em Governador Valadares, a turbidez da água chegou à marca de 131 mil NTU, que é a unidade de medida internacional para turbidez, quando o aceitável para tratamento sem a ajuda do polímero seria de apenas 1.800. Em dias normais, o Rio Doce passa pelo município com cerca de 50 NTU, chegando a quase 2 mil apenas em épocas de chuva.
O polímero da acácia negra está sendo aplicado de 30 a 40 miligramas por litro de água bruta na estação do município mineiro. A substância foi fornecida gratuitamente pela mineradora Samarco. Segundo a engenheira química do SAAE de Linhares, Camilla Rodrigues Cardoso Santório, substâncias para facilitar coagulação, floculação e decantação, como o sulfato de alumínio, sempre foram usadas no tratamento de água. Porém, o polímero é mais eficiente para isso em águas com maior turbidez.
"Por ser uma substância mais cara, a gente não tinha disponibilidade financeira para usar anteriormente", explica o diretor adjunto do SAAE de Governador Valadares, Vilmar Rios Dias Júnior. A água captada no rio para tratamento está sendo monitorada continuamente pelo SAAE de Governador Valadares com a ajuda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, que é, inclusive, a empresa que assina os laudos que atestam a baixa concentração de metais perigosos na água.
Abastecimento de água em Linhares segue normal
O SAAE de Linhares não capta água no Rio Doce para tratamento. O ponto de captação para abastecimento da sede do município fica no Rio Pequeno, manancial que liga a Lagoa Juparanã ao Rio Doce. Para impedir que a onda de lama que desce o Rio Doce entre no Rio Pequeno, uma barragem construída em outubro deste ano foi reforçada. A obra tem 2 metros de altura por 20 de comprimento.
Fonte: www.linhares.es.gov.br - Por Ramon Luz | 19/11/2015
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