sábado, 14 de novembro de 2015

Notícias recentes sobre consequências da lama das barragens de Mariana/MG em Colatina/ES

Nova previsão para chegada da lama a Colatina Fonte: www.colatina.es.gov.br - 13/11/2015
O CPRM divulgou na tarde de ontem uma nova previsão de chegada da lama para Colatina. Segundo boletim os rejeitos devem chegar somente a partir do dia 17 de novembro, próxima terça-feira.
Essa variação acontece porque a lama se desloca com velocidades diferentes ao longo do leito do rio Doce. Como o leito do rio se apresenta de forma variadas, as vezes mais seco, com pedras, mais liso, com mais ou menos curvas, essas variações podem fazer com o fluxo de lama perca força e isso interfere na velocidade com que ela chegue a Colatina.
Além disso existem uma serie de barragens e reservatórios de usinas hidrelétricas tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo, que também estão alterando a velocidade de deslocamento da onda.
Ainda podem haver outras mudanças da data de chegada, por isso é importante ficar alerta aos boletins que são divulgados diariamente. Os boletins podem ser conferidos pelo link:http://www.cprm.gov.br/sace/index_bacias_monitoradas.php# .
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Governo se adianta para minimizar danos antes que lama chegue em Colatina
A presidenta Dilma Rousseff afirmou na quinta-feira (12) que o governo federal vai adiantar todas as medidas possíveis para prevenir danos à cidade de Colatina, no Espírito Santo, causados pela grande onda de lama que vem descendo o Rio Doce e já afetou Governador Valadares (MG), além de vários municípios e pequenas comunidades. A previsão é de que a enxurrada de dejetos minerais atinja Colatina na próxima semana.
Dilma esteve na cidade capixaba nesta quinta-feira (12), para uma reunião de trabalho sobre o problema ambiental. Em entrevista coletiva, a presidenta avaliou que a principal providência é garantir a captação de água para o abastecimento da população da cidade, que é feita normalmente por meio do Rio Doce.
“Não podemos ficar de braços cruzados, nem o governo federal, nem o governo do estado, nem a prefeitura. Vamos agir no sentido de procurar a solução dos problemas, resolver em conjunto, fiscalizar a resolução do problema. Não é pura e simplesmente deixar a cargo da empresa [Samarco], porque quem cuida do interesse público somos nós”.
Nesse sentido, a presidenta determinou que o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, permaneça na cidade na próxima semana, quando a onda de lama atingir o local. A pasta de Occhi comanda a Defesa Civil Nacional e o Centro Nacional de Prevenção e Monitoramento de Desastres.
Ela avaliou que será um desafio fazer a prevenção de uma catástrofe dessa natureza. “Como é que você abastece 120 mil pessoas se a sua fonte de captação está comprometida?”
A presidenta elencou as iniciativas que foram tomadas nos últimos dias na cidade, e disse que as considerou bastante consistentes. “Buscar condições para pegar os carros-pipa, colocar os carros-pipa na rede de abastecimento existente. Utilizar todas as formas de reserva possíveis, como cisternas”, que poderão ser distribuídas por toda a cidade.
Outra ideia, segundo Dilma, é fazer a captação de água em duas lagoas próximas à cidade, por meio de uma adutora de engate rápido. Essa solução é muito usada no Nordeste, principalmente agora, que a região vive o quinto ano da seca mais grave da história do Brasil.
A terceira questão, que foi levada à presidenta Dilma pelo governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, é a de aproveitar esse momento de crise para revitalizar o Rio Doce. “Fazer, com essa ação, que a gente consiga transformar um momento de dificuldade, de crise hídrica, em uma forma de recuperar o rio”, destacou. Fonte: Blog do Planalto. Publicado em www.colatina.es.gov.br 
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Peixes do rio Doce estão sendo transferidos para lagoas
Por onde passa, a onda de rejeitos de minério tem deixado um rastro preocupante em relação à fauna. Para evitar uma catástrofe ainda maior, um grupo de aproximadamente 50 profissionais, dentre eles pescadores, membros da APESC, profissionais do Sanear, membros da ONG Gambá e Programa Águas do Espírito Santo em parceria com o Ministério Público do Estado (MP-ES) e Ministério Público Federal (MPF-ES) começaram a atuar no trecho do Rio Doce que corta Colatina.
O objetivo é transportar diversos animais aquáticos e espécies de peixe, para lagoas próximas á cidade. O plano para a retirada dos animais do Rio Doce foi elaborado pelo Ministério Público Federal (MPF-ES) e o Ministério Público do Estado (MP-ES), em parceria com entidades ambientais, Justiça, poder público e Associação de Pescadores do município de Colatina.
De acordo com especialistas, com a chegada da lama no Espírito Santo, a estimativa é de que haja morte de 100% das espécies que habitam o leito do rio. Para evitar o prejuízo da fauna local, os órgãos vão colocar em ação um plano denominado “Arca de Noé”. Como medida emergencial, serão retiradas do Rio Doce, com apoio dos pescadores da região, todos os peixes encontrados. A princípio, serão alocados nas lagoas da Cobra Verde, em Colatina; e na do Limão, em Linhares. Também estão sendo sondados locais próximos à hidrelétrica de Mascarenhas, em Baixo Guandu.
Pesca Indiscriminada
Além disso, os órgãos ambientais não autorizaram a pesca indiscriminada, tendo ficado permitidos apenas o resgate e a soltura dos animais em locais predeterminados. Ação judicial já pedia retirada dos animais. O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Meio Ambiente de Colatina, Menandro Taufner, deferiu medida cautelar que obriga a mineradora Samarco a seguir as determinações de uma ação proposta pela Procuradoria Geral do Estado, motivada pelo não cumprimento de uma intimação do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema). Caso os prazos não sejam seguidos, a multa definida foi de R$ 300 mil para cada dia de descumprimento. A decisão foi divulgada ontem. Para não arcar com a multa, a Samarco terá de fornecer água para consumo humano e animal a partir da suspensão oficial da captação de água nos municípios afetados pela onda de lama. O fornecimento de água deverá ser imediato, após a interrupção da captação nas cidades.
Além disso, a mineradora terá de realizar o resgate imediato da fauna aquática do Rio Doce e reinserção dos animais em ambiente onde já existam as espécies resgatadas. Outro prazo estabelecido é que, em 10 dias, a empresa também terá de apresentar um Plano de Comunicação Social, para manter as populações e as autoridades públicas informadas sobre as ações adotadas, e um Plano de Contenção e Prevenção dos impactos ambientais e sociais derivados da impossibilidade da utilização da água contaminada do Rio Doce, incluindo pesca e irrigação. Resposta Por meio de nota, a Samarco confirmou o recebimento da decisão judicial e informou que está mobilizada para providenciar o atendimento às necessidades dos municípios e de seus moradores.
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Município de Colatina entra com cautelar em ação civil pública contra Samarco
O município de Colatina entrou com cautelar em ação civil pública contra a mineradora Samarco Mineração S/A para arcar com os prejuízos causados à cidade devido à poluição do rio Doce, que foi contaminado pela lama decorrente do rompimento de duas barragens da empresa na cidade de Mariana, em Minas Gerais.
O objetivo da ação é obrigar a empresa a adotar providencias imediatas necessárias para prevenir os habitantes de Colatina de potencias danos de natureza irreparável que estão na iminência de acontecer em razão do rompimento da barragem em Mariana.
A ação civil pública cautelar foi ajuizada na Vara Federal de Colatina. Entre os pontos requeridos estão:
- Envio imediato de representante da empresa que disponha de poder de decisão para determinar contratações, aquisições em todos os negócios jurídicos que se fizerem necessários para adoção de medidas urgentes.
- Disponibilização de duas estações compactas de tratamento de água com capacidade mínima de 250m³ por hora cada, que serão instaladas próximas as novas fontes alternativas de abastecimentos.
- Disponibilização de dois sistemas de pré-tratamento de água bruta, com capacidade mínima de 720m³ por hora, cada.
- Disponibilização de 40 caminhões-pipas para distribuição de água tratada com capacidade min de 10m³ cada, para atender as necessidades mais urgentes ( hospitais, escolas, presídios, asilos, entre outros).
- Disponibilização de 130 caminhões-pipas com capacidade min 10m³ cada, para capitação de água bruta em fonte alternativa e para transporte dessa água bruta até essas estações de tratamento instaladas a cidade.
- Disponibilização de recursos para utilização em comunicação social.
- Disponibilização vinte reservatórios de 30 mil litros.
- Instalações móveis para captação de água bruta em pontos provisórios, sendo seis elevatórios, 18 conjuntos moto-bombas com os devidos grupos geradores, duas rede adutoras troncais de captação de água bruta.
- Contratação de empresa especializada na realização de prospecções e construções de poços artesianos tubulares, para servir de auxilio no abastecimento.
- Disponibilização em tempo integral de laboratório para coleta e análise de água, bem como o custeio dos exames já contratados pelo Sanear.
Outros itens também foram contemplados no processo, com fixação de multa diária caso haja descumprimento. A ação deferida pelo juiz substituto da Vara Federal, Guilherme Alves dos Santos. Caso haja descumprimento da ação uma multa no valor de R$ 300 mil reais por dia será aplicada.



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