Exército atende solicitação do
Governo e segue para Colatina
A manhã deste domingo (15/11/2015)
foi de preparação para 100 homens do Exército Brasileiro, lotados no 38º
Batalhão de Infantaria, na Prainha, em Vila Velha. Atendendo solicitação do
governador Paulo Hartung, o coronel Edson Hiroshi, comandante do 38ºBI,
preparou a tropa, que seguiu para Colatina onde fará parte da força-tarefa que
trabalha para garantir a normalidade na cidade e minimizar os impactos da
chegada da lama, oriunda da destruição da barragem de Mariana (MG) e segue o
curso do Rio Doce. Os militares não têm prazo de saída do município. Coronel
Hiroshi destacou que a presença dos militares do Exército é uma tarefa vista
com satisfação e que eles vão contribuir com a logística e manutenção da ordem.
“Montaremos um posto na cidade de Colatina, de onde organizaremos a
distribuição de água mineral e a construção de poços artesianos, garantindo,
assim, o menor impacto para os moradores da cidade. Também poderemos auxiliar
nas ações em Baixo Guandu e Linhares. Vamos somar ao que já está sendo feito
pelo Corpo de Bombeiros Militar, por meio da Defesa Civil Estadual”, finalizou.
O Exército Brasileiro prontamente atendeu à solicitação feita pelo governador
Paulo Hartung. Desde o rompimento da barragem em Mariana, o Governo do Estado
tem tomado medidas para reduzir os impactos ambientais e sociais da chegada da
enchente de lama em território capixaba. Além dos militares, viaturas, várias
cisternas de água com capacidade de 12.500 litros, serão deslocadas para a
região afetada, a fim de apoiar a população colatinense. Ao todo,
aproximadamente 123 mil pessoas deverão ser beneficiadas pela operação que
abrangerá uma área de 1.416,804 km2.
...
Estado cria força-tarefa para
crise ambiental no Rio Doce
Buscando a integração com os
órgãos federais e demais instituições e acelerar as medidas de prevenção,
pensando também nas atividades de recuperação para o futuro, o Governo do
Espírito Santo anunciou, no sábado (14/11/2015), duas novas ações em função da
passagem no Rio Doce capixaba da lama de rejeitos oriundas das barragens da
Samarco, em Mariana, Minas Gerais. Para isso, foi enviada uma carta à ministra
do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e criado um comitê de gestão desta crise
ambiental. A coletiva para a imprensa
foi realizada no sábado, na Residência Oficial do Governo do Estado, onde foi
assinado o decreto de criação do Comitê Gestor da Crise Ambiental na Bacia do
Rio Doce. O decreto será publicado nesta segunda-feira (16/11/2015), no Diário
Oficial, porém as atividades do grupo têm início imediato. O objetivo é
acompanhar as ações de socorro, assistência, resposta e mitigação ao desastre,
bem como para restabelecimento dos serviços afetados, de recuperação dos
ecossistemas e de reconstrução por conta
da lama de rejeitos. O Comitê irá atuar como uma força-tarefa do Estado
e será vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(Seama). Este grupo deve ainda agir em cooperação com órgãos e entidades do
poder público municipal, estadual e federal. “Nosso objetivo é integrar as
ações do Governo do Estado, mas em conjunto com outros órgãos que nos auxiliam
nos momentos de crise. Esse comitê também poderá convidar, caso necessário,
outras instituições, visando monitorar o que está em trâmite e acelerar a
adoção de novas medidas”, explicou o secretário de Estado do Meio Ambiente,
Rodrigo Júdice. Além dele, também fazem
parte do Comitê: o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento,
Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto; o comandante geral do Corpo de Bombeiros
Militar; Coronel Carlos Marcelo D’Isep Costa; comandante do Batalhão de Polícia
Ambiental, Tenente Coronel Francisco José Silva Gomes; a diretora- presidente
do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Sueli
Tonini; o diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH),
Paulo Paim; e o procurador geral do Estado, Rodrigo Rabello. “Quanto mais água economizada dos rios
capixabas, mais água vai chegar com vida no Doce para ajudar na sua
recuperação. Este grupo criado pelo decreto tem uma ponte com realidade desse
momento, mas projeta uma interligação com nossos Comitês de Bacias
Hidrográficas e diversas outras instituições. Precisamos estar juntos e olhar
também para frente, pois os problemas vão acontecer e depois teremos que
recuperá-los”, disse Paim. Carta - Já
foi enviada à ministra do Meio Ambiente, Izabella Mônica Vieira Teixeira, uma
carta do governador Paulo Hartung solicitando o envio de especialistas nas áreas
de ictiofauna (peixes), veterinária e engenharia de pesca e civil, com o
intuito de que os mesmos atuem no Plano de Resgate das espécies do Rio Doce,
cuja gestão é federal. “Queremos que o Governo Federal se sensibilize, este é o
objetivo da carta”, destacou o secretário Rodrigo Júdice. A retirada dos peixes já foi exigida à
Samarco, por meio de auto de intimação enviado pelo Iema à empresa no início da
semana e por meio de ação cautelar do Estado contra a Samarco, porém não há
notícias do início da remoção dos animais pela empresa até o momento. Sendo assim, o Governo do Estado se colocou à
disposição para atuar no plano de ação coordenado pelo Instituto Brasileiro de
Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), além de solicitar também o apoio da
Marinha do Brasil em função dos possíveis danos causados à foz do Rio Doce e ao
mar. É importante considerar que, tendo em vista o que vem ocorrendo em Minas
Gerais, existe a possiblidade de soterramento de animais no leito do rio;
contaminação dos peixes; impacto aos estoques pesqueiros; impedimento a
captação de água; entre outros danos. Fonte: http://www.es.gov.br
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