POSTAGEM NA REDE SOCIAL www.facebook.com/paulomacieldaradio , NO CANAL
DO YOUTUBE paulo roberto maciel E NO BLOG
reporterpaulomaciel.blogspot.com
A
Polícia Civil, por meio da 9ª Delegacia Regional (DR) de Itapemirim,
divulgou na segunda-feira (02/03/2020) o laudo pericial do brinquedo que
vitimou a professora Miriam Oliveira, em um parque de diversões, em
Itapemirim, no sul do Estado. O documento aponta uma série de
irregularidades do ponto de vista da segurança operacional e do projeto
do equipamento. O parque não possuía autorização para funcionamento.
Além da professora, a filha dela de 12
anos também ficou ferida após serem arremessadas do brinquedo enquanto
estavam no parque no dia 1º de fevereiro. De acordo com o responsável
pelo exame em sistemas mecânicos, o perito oficial criminal Temístocles
Macedo Netto, da Seção de Engenharia Forense, assim que o local foi
analisado, foi possível constatar que o brinquedo não tinha condições
estruturais que garantisse a segurança dos usuários.
“Não havia um sistema de proteção
individual, como cinto de segurança. O que existia era apenas uma barra
de proteção coletiva. Também não existia nenhuma orientação em relação
às crianças, especificando a altura e o peso mínimo para que elas
utilizassem o brinquedo. O equipamento não possuía documentação
específica, como o manual. Além disso, o local não tinha uma área
restrita que evitasse a circulação de pessoas ao redor do brinquedo, por
exemplo uma faixa zebrada embaixo do equipamento,” destacou.
O perito oficial criminal informou ainda
que o freio e o acionamento do brinquedo eram muito parecidos e que
facilmente poderiam ser confundidos. “Somente as cores deles eram
diferentes, não havia distinção entre as duas alavancas. Em uma situação
de stress o operador poderia confundi-las. Além disso, o brinquedo não
tinha um sistema de parada de emergência. Em qualquer equipamento é
possível que ocorra um erro de operação, pois a falha humana deve ser
prevista. Porém, em um projeto e no planejamento operacional de uma
máquina, a falha deve ser prevista e o equipamento tem que ser capaz de
evitar que um acidente aconteça”, afirmou.
Além disso, Temístocles Macedo Netto
informou que o brinquedo não estava adequado adequação à norma
brasileira definida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a
ABNT NBR 15926:2011. “O brinquedo era antigo e foi projetado antes da
regra entrar em vigor”, informou.
O responsável pelas investigações,
delegado Tiago Viana, acrescentou que, além das falhas mecânicas, foi
apurado que o operador do brinquedo, um jovem de 23 anos, havia ingerido
bebida alcoólica antes do trabalho. “Ele confessou ter feito a ingestão
da substância alcoólica, mas afirma que isso não afetou o seu trabalho e
que houve falha mecânica tanto na alavanca de aceleração do equipamento
como na alavanca de freio”, contou.
Ainda segundo Tiago Viana, testemunhas
afirmam que o brinquedo ligou normalmente. “No entanto, em um dado
momento, a máquina começou a girar rapidamente, colocando em risco a
segurança das vítimas, que começaram a sacudir com muita intensidade. Ao
perceber o movimento desproporcional, o marido de Miriam e pai da
menina, gritou para que o homem desligasse o brinquedo, o que não
aconteceu”, afirmou.
O delegado acrescentou que o inquérito
foi concluído. “O proprietário do parque foi autuado por homicídio
culposo qualificado, lesão corporal culposa e exercício ilegal da
profissão. Já o operador do brinquedo foi indiciado por homicídio
culposo qualificado e lesão corporal culposa”, finalizou.
Os exames periciais foram realizados na
presença do proprietário do parque e com a presença de dois engenheiros
do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do ES (CREA).
Mãe e filha foram arremessadas de brinquedo
O acidente aconteceu no dia 1º de
fevereiro quando mãe e filha foram arremessadas do brinquedo “Surf”, em
um Parque de Diversões, em Itapemirim. A professora Miriam Oliveira, de
38 anos, morreu no local, após cair sobre a plataforma do brinquedo. Já
a filha dela de 12 anos, caiu no chão, foi socorrida, levada para o
Pronto Atendimento da Prefeitura de Itapemirim e encaminhada ao Hospital
Infantil com o pai, onde permanece internada.
Na época, o operador do brinquedo e o
proprietário do local, um homem de 50 anos, foram autuados, em
flagrante, encaminhados para a delegacia e liberados após audiência de
custódia para responderem ao processo em liberdade.
Texto: Fernanda Pontes
Assessoria de Comunicação Polícia Civil
Comunicação Interna - (27) 3137-9024
Agente de Polícia Fernanda Pontes
imprensa.pc@pc.es.gov.br
Atendimento à Imprensa:
Olga Samara/ Camila Ferreira
(27) 3636-1536/ (27) 99846-1111/ (27) 3636-9928 / (27) 99297-8693
comunicapces@gmail.com
Fonte: Site da PCES. Publicado em 02/03/2020 -19h07; Atualizado em
02/03/2020 - 19h13.
POSTADO POR: REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE
COLATINA/ES, NOS ENDEREÇOS NA WEB: paulo roberto maciel (canal no youtube),
reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (3/03/2020)
Nenhum comentário:
Postar um comentário