Comemora-se em todo o Brasil, nesta quinta-feira (15/10/2015),
o Dia do Professor. Aos olhos de muitos, ele é o herói da educação, um
profissional que se dedica à construção de uma educação de qualidade para
milhões de pessoas. E na rede estadual de ensino, dedicação, comprometimento e
amor pela profissão são algumas características que impulsionam os
profissionais para se reinventarem todos os dias.
Professores que
buscam tornar as aulas mais atrativas, desenvolvem projetos, envolvem
tecnologia na sala de aula, fazem aulas de campo e debatem temas polêmicos para
despertar no estudante uma reflexão sobre o mundo que vivem. Tudo isso para
promover um ensino com mais qualidade, tornando as aulas cada vez mais
produtivas.
Um dos exemplos de
boas práticas é o professor de Geografia, Bruno Freitas, que proporciona aulas
de campo para sensibilizar os alunos sobre as diferentes questões ambientais e
o uso mais racional dos recursos naturais. Aulas no parque, palestras, trilha
sensorial, jogos, orientações sobre coleta seletiva, exploração da mata com
lupas, trilha com espelho, entre outras atividades, que animam e motivam os
estudantes da Escola Estadual Silvio Rocio, de Vila Velha.
Bruno conta que parques ambientais são bons locais para se
trabalhar a conscientização sobre meio ambiente, além de ser um elemento de
motivação que se fez presente nas aulas. “Trabalhar nesse espaço contribui para
a diminuição dos problemas ligados a este tema na Grande Vitória, como dengue,
enchentes, desperdício de água, lixo nas ruas, entre outros”, disse o
professor.
Já o professor de Língua Portuguesa da Escola Estadual
Antonio José Peixoto Miguel, localizada em Nova Almeida, Cleriston Nascimento
da Silva, está na rede estadual há sete anos e diz que tem muito amor pela
profissão. “Ser professor é uma vocação, não é apenas ensinar uma disciplina
específica, mas sim ajudar o estudante a descobrir um novo mundo e a crescer como
ser humano”, afirma.
As aulas de Língua Portuguesa lecionadas pelo professor
Cleriston são bastante atrativas, desenvolvidas com uso tecnológico visual e
audiovisual por meio de imagens, vídeos e música. Ele toca violão para
apresentar os textos musicais, com o intuito de deixar a aula mais dinâmica.
Porém, o professor acredita que a ferramenta essencial em sala de aula é o bom
relacionamento com os alunos, por meio do respeito, da confiança e da amizade.
Nem só na sala de aula encontramos professores motivados e
engajados na melhoria da Educação pública. Johan Honorato, trabalha com as
ações de música na Assessoria de Esporte e Cultura, da Secretaria de Estado da
Educação (Sedu). Ele é professor de Língua Inglesa há 20 anos e leciona em
várias instâncias.
“Já tive experiências em escolas privadas, públicas,
faculdades, institutos de línguas e formação de professores. Atualmente sou
licenciando em Música pela Faculdade de Música do Espírito Santo, onde me
preparo para mais um desafio na Educação. Sinto-me orgulhoso e não abro mão de
ser chamado de professor, penso que a essência de um bom profissional está
dentro de si e deve aflorar em condições desafiadoras, sempre com respeito a
todos os envolvidos. Ser professor é assumir a parte que me cabe na Educação,
instruindo-me a todo instante para compartilhar vivências coerentes com meus
alunos ou aqueles que se permitem aprender, esteja eu onde estiver”, relata
Johan.
Quem também tem uma
história surpreendente é a professora facilitadora do Núcleo de Atividade de
Altas Habilidade/Superdotação (NAAH/S), Margareth Brício Amaral, que criou o
grupo “18+cidadãos interventores”, que presta atendimento aos alunos especiais
da rede estadual. “A iniciativa surgiu a
partir da necessidade de desenvolver as características especiais dos alunos,
como as curiosidades, o interesse pelas relações humanas, articulados,
questionadores, a visão voltada para as aulas de história, sociologia e
psicologia”, explica.
Margareth leciona há 20 anos e conta que a experiência de
ensinar é uma coisa muito prazerosa. “Cada aluno tem o próprio talento para uma
determinada área, assim o papel do professor do Núcleo é desenvolver essa
característica para melhorar a autoestima e socialização dos mesmos. Os alunos
são muitos especiais, pois chegam com uma bagagem, problemas do ambiente
escolar e familiar, e a nossa missão é acolhê-los”, relata.
No interior do
Estado, também são diversos os exemplos de professores que se dedicam à
profissão e inovam dentro das salas de aula, fazendo com que os estudantes
adotem uma postura mais participativa.
O professor de Matemática da Escola Estadual Job Pimentel,
de Mantenópolis, Lucas Rodrigues, criou um ambiente virtual na internet para
oferecer mais conteúdos para melhorar o índice de aproveitamento dos alunos.
“Os estudantes passaram a dedicar 30 horas de estudos mensais por meio da
plataforma digital. Muitos desses alunos, antes, deixavam os cadernos e livros
em casa e não tinham tanto interesse pelos estudos”, destaca.
Em São Mateus, para despertar nos alunos o interesse pela
disciplina de Língua Inglesa, o professor de Inglês Luciano Trevizani,
desenvolveu o Projeto “English Around Us” com os alunos da Educação de Jovens e
Adultos (EJA), da Escola Estadual Nestor Gomes. Com a necessidade de trabalhar
algo mais dinâmico, foram espalhadas palavras da Língua Inglesa, que estão
presentes no dia a dia, e a tarefa dos alunos foi indicar por meio de
plaquinhas os nomes de cada item que estava na sala. “Nessa atividade observei
que os estudantes, além da empolgação, aprenderam de forma mais fácil e
prazerosa, absorvendo melhor o conteúdo apresentado”, afirma.
Dia do Professor
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora
Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil, baixou um Decreto
Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Mas foi em 1947 que ocorreu a
primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor. Começou em
São Paulo, no Ginásio Caetano de Campos. Quatro professores tiveram a ideia de
organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento
e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu
que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade
natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena
confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça -
inclusive dos pais. A celebração espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos
seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto
Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
Fonte, fotos e Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação /
SEDU Vivian Camargo/ Flávia Zambrone (27) 3636-7705 / 7706 / 7707
vbcamargo@sedu.es.gov.br/ fpzambrone@sedu.es.gov.br Texto: Karine Dionísio e
Soraia Camata. Site: www.es.gov.br
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