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Cidadania foi elemento crucial para o combate à doença
Após adotar uma
estratégia polêmica de combate ao novo coronavírus, a Suécia foi citada
por Michael Ryan, diretor executivo da Organização Mundial da Saúde
(OMS) e especialista em saúde emergencial, como “modelo de combate [à
covid-19].”
A Suécia se recusou, no período entre março e
abril, a implementar leis específicas para quarentena e isolamento
social. Em vez da regulamentação pesada de outros países da Escandinávia
(região do norte europeu que agrupa Dinamarca, Noruega e Suécia), o
governo sueco propôs uma política pública baseada em compreensão,
cuidado e segurança com o próximo - uma forma de isolamento social
baseado em cidadania, não em multas ou regulamentações severas.
“Há uma percepção de que a Suécia não criou
medidas de controle e deixou a doença se disseminar, mas isso não
poderia estar mais longe da verdade”, afirmou Ryan.“[O país] criou uma
política pública muito dura de distanciamento social baseada em cuidar e
proteger pessoas internadas. O que houve de diferente foi a confiança
na cidadania e a habilidade individual dos cidadãos de se imporem o
distanciamento social e os devidos cuidados [contra a infecção]”,
afirmou o médico em coletiva.
A forma diferente de lidar com a pandemia
foi criticada por acadêmicos e intelectuais do país, que escreveram uma
carta aberta ao governo para solicitar um endurecimento das medidas
contra o novo coronavírus. O documento registrou mais de 2.300
assinaturas. A Suécia apresentou um número maior de casos em comparação
com os vizinhos, que adotaram medidas regulatórias por meio de decretos.
Foram 20.300 casos e 2.462 mortes.
“Se não queremos uma sociedade que necessite de lockdowns, devemos olhar para a Suécia como representante de um modelo [de ação]”, complementou Ryan.
Diferenças
O país, porém, apresenta uma realidade bem
diferente do resto do mundo. A Suécia conta com cerca de 10,3 milhões de
habitantes, e possui um produto interno bruto (PIB) de cerca de US$ 528
bilhões. O país tem uma renda média anual de US$ 54.600 por pessoa -
cerca de R$ 300 mil. A Suécia figura entre os 10 países com a população
mais feliz do mundo, e também com maior liberdade econômica. A média de
impostos que o cidadão sueco paga gira em torno de 32% dos ganhos
individuais, o que torna o país um dos mais onerosos para os
contribuintes.
Edição: Narjara Carvalho. Publicado em 30/04/2020 - 19:10.
Por Pedro Ivo de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília
- Fonte: Agência Brasil
-POSTADO (com pequena adaptação) POR: repórter, radialista e blogueiro
Paulo Maciel, de Colatina/ES, nos endereços da web: paulo roberto maciel (CANAL
DO YOUTUBE), reporterpaulomaciel.blogspot.com (BLOG) E
www.facebook.com/paulomacieldaradio (REDE SOCIAL). (02/05/2020)
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