A Prefeitura Municipal de Colatina (PMC), em seu site, está divulgando informações importantes sobre a incidência de caramujos africanos na cidade. Leia o comunicado: "Em virtude da cheia do Rio Doce, aumentou a incidência de caramujos
africanos na cidade, principalmente na Avenida Beira Rio, no centro.
A Achatina fulica é um molusco (gastrópode pulmonado terrestre portador
de concha), nativo do nordeste da África, e foi introduzido ilegalmente
no Brasil na década de 80, como uma alternativa para a criação de
“escargot”, sendo que esta denominação é imprópria por razões técnicas e
científicas e caracteriza fraude e má-fé no comércio. É conhecido pelos
seguintes nomes: acatina fúlica, caracol africano, caracol gigante,
caracol gigante africano, caramujo gigante, caramujo gigante africano e
rainha da África. O uso do termo “caramujo” para Achatina fulica não é
adequado, pois ela possui hábito terrestre, classificando-a como
caracol. O termo “caramujo” se aplica a indivíduos que vivem em meio
aquático.
Características:
Possui concha cônica que varia de 10 a 15 cm de comprimento, mosqueadas
com tons de marrom claro e marrom escuro, que após a morte do caracol
passa a apresentar uma coloração esmaecida.
A estimativa média de vida é de cerca de 5 a 6 anos.
É herbívoro, consumindo folhas, flores e frutos, sendo que em situações
extremas pode se alimentar de outros caramujos como fonte de cálcio.
No aspecto reprodutivo é hermafrodita (possui órgãos sexuais dos dois
sexos no mesmo indivíduo) com fecundação cruzada (dois indivíduos são
necessários), tendo sua maturidade sexual de 4 a 5 meses. Cada indivíduo
realiza cerca de 4 a 5 posturas de ovos por ano, com 50 a 400 ovos por
postura que ficam semienterrados, os quais eclodem de 2 a 3 semanas.
O caramujo africano é uma espécie exótica, que foi introduzida no
Brasil, e por isso ele não possui predadores na natureza, tornando-se um
caso de saúde pública. Entretanto, é necessário diferenciar o caracol
africano e o caracol nativo, pois eliminar a espécie nativa pode levar a
um desequilíbrio ecológico. A concha de Achatina fulica é mais alongada
e pontiaguda, possuindo coloração mais escura e mais giros, já a concha
da espécie nativa (Megalobulimus sp.) possui com menos giros e
coloração mais clara.
Doença transmitida:
O caracol africano pode transmitir a Angiostrongilíase, doença causada
por um nematódeo adquirido através do contato com o muco do caracol
africano contaminado, no qual o ser humano pode se contaminar devido ao
contato com o muco ou com o consumo de verduras, legumes e frutas sem a
devida higienização. Os sintomas da doença são febre prolongada, vômito,
dor abdominal e perfuração intestinal com hemorragia.
Orientações sobre medidas de controle:
É importante que seja realizada periodicamente a catação dos caracóis
africanos com o uso de luvas descartáveis ou sacos plásticos e em
seguida realizar a queima em um recipiente apropriado, como latas por
exemplo. A catação é importante pois a concha pode servir como
reservatório para o mosquito da dengue. Deverá ser realizada a cata e
eliminação apenas dos caramujos africanos!
Cuidados
Não ingerir o caracol africano;
Higienizar adequadamente verduras, legumes e frutas, usando 1 colher de
sopa de vinagre para 1 litro de água;
Lavar as mãos com água e sabão, caso haja algum contato com o molusco;
Não tocar nos caracóis africanos."
Fonte: Site da PMC. 29/01/2020.
POSTADO POR REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE
COLATINA/ES, NOS ENDEREÇOS DA WEB: reporterpaulomaciel.blogspot.com e
facebook.com/paulomacieldaradio (30/01/2020)
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