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Técnicos do Ibama estiveram nos locais atingidos
Fragmentos
de óleo de origem desconhecida voltaram a atingir praias de ao menos
dois estados do Nordeste brasileiro nos últimos dias. Autoridades
públicas acreditam que a substância é parte das milhares de toneladas de
material poluente encontradas na costa nordestina e em parte do litoral
do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, em 2019.
Na segunda-feira (22/06/2020), a Secretaria de Meio Ambiente e
Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE) confirmou o ressurgimento de
vestígios de petróleo em três praias de duas cidades do litoral sul
pernambucano: Cupe (em Porto de Galinhas) e Muro Alto, em Ipojuca (PE); e
Tamandaré, no município de mesmo nome.
Servidores da secretaria, da Agência
Estadual de Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais (Ibama), da Capitania dos Portos e das prefeituras
estiveram nos locais atingidos.
Embora amostras do óleo recolhidas nas
praias ainda estejam sendo analisadas, parte do grupo acredita que o
material é semelhante ao encontrado no ano passado. Para os técnicos da
secretaria estadual, a substância estava em repouso no fundo do oceano e
se soltou devido à ação das correntes marítimas combinadas a fatores
meteorológicos.
Segundo o secretário estadual de Meio
Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti, apesar de menos
frequentemente, fragmentos de óleo continuam chegando às praias em
virtude de mudanças de marés. O material poluente começou a ser
recolhido ontem mesmo e será posteriormente enviado a aterros
industriais licenciados para fazer o descarte adequado.
Alagoas
Fragmentos de óleo também foram recolhidos
em ao menos dois pontos do litoral alagoano na semana passada. Em nota, o
Comando do 3º Distrito Naval da Marinha informou que, na última
sexta-feira (19), membros da Equipe de Inspeção Naval recolheram
“pequenos fragmentos” da substância na Praia da Lagoa do Pau, em
Coruripe, e na Praia da Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia.
Amostras do material recolhido foram
envidadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo
Moreira, mantido pela Marinha, em Arraial do Cabo (RJ), onde
especialistas tentam identificar elementos que possam contribuir para
identificar a origem do óleo que há quase um ano poluiu parte da costa
brasileira.
Segundo a Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), até novembro do ano passado,
mais de 2.250 toneladas de resíduos contaminados já tinham sido
recolhidos no litoral alagoano. A partir daí, as ocorrências foram se
tornando menos frequentes e a responsabilidade pela situação ficou a
cargo dos órgãos federais.
Até 20 de março, quando as ações
emergenciais conduzidas pelo Ibama, pela Marinha e pela Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foram desmobilizadas, o
Ibama contabilizava 130 cidades de 11 estados afetadas por manchas e
fragmentos de óleo. Toneladas de resíduos contaminados foram recolhidos
de praias, manguezais, costões e outros habitats.
A origem da substância e as causas do
desastre ambiental que, em agosto, completará um ano, continuam sob
investigação da Marinha e da Polícia Federal (PF). Além disso, em
novembro, a Câmara dos Deputados instaurou uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) para acompanhar a questão. A última reunião do colegiado
ocorreu em março.
Edição: Maria Claudia. Publicado em 23/06/2020 - 15:11.
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Fonte: Agência Brasil
POSTADO (com pequena adaptação) POR: repórter, radialista e blogueiro
Paulo Maciel, de Colatina/ES, nos endereços da web: paulo roberto maciel (CANAL
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