domingo, 28 de junho de 2020

SEGUNDA REFLEXÃO DA LITURGIA DE DOMINGO, 28/06/2020. SOLENIDADE DE S.PEDRO E S.PAULO

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---Liturgia da Palavra de Domingo, dia 28 de junho de 2020. SOLENIDADE (antecipada) DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO.  (XIII Semana do Tempo Comum). 1ª Leitura: Leitura dos Atos dos Apóstolos (At 12,1-11). Salmo: (Sl 34, 2-3.4-5.6-7.8-9 (R: 5: R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus). 2ª Leitura: Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 4, 6-8.17-18). EVANGELHO de Jesus Cristo segundo São Mateus: (Mt 16, 13-19). (baseada em vídeo do bispo Dom Paulo Jackson, de Garanhuns/PE)

Dom Paulo Jackson, bispo de Garanhuns/PE. Foto: repórter Paulo Maciel (reproduzidadeimagensdoCanaldoYoutube)

---A Igreja hoje celebra a Solenidade de Pedro e Paulo. Na Primeira Leitura, se narra o martírio do primeiro apóstolo, Tiago, filho de Zebedeu, irmão de João, e também se narra a prisão de Pedro. A Igreja permanece em constante oração pedindo pela libertação de Pedro.  A Segunda Leitura é o famoso testamento espiritual de São Paulo. É uma carta pastoral, escrita por um discípulo de Paulo, que trata, no trecho deste dia, da iminência ou expectativa do martírio do apóstolo. Ele diz que está para ser oferecido em sacrifício, ou seja, uma linguagem nitidamente litúrgica, do culto, do oferecimento de uma oferta sobre o altar. Paulo conclui dizendo que combateu o bom combate, completou a sua corrida e guardou a fé. É o testamento espiritual de Paulo, mesmo sendo escrito por um discípulo seu vários anos depois. Há então duas grandes figuras da História da Igreja. Paulo era hebreu, filho de hebreus, como ele diz na Carta aos Filipenses, da tribo de Benjamin, mas nasceu na cidade de Tarso, na diáspora, na região da Cilícia, na Ásia Menor. Ele teve a formação farisaica, aos pés de um mestre chamado Gamaliel, e, segundo ele mesmo diz, cresceu no judaísmo mais do que todos os outros jovens de sua idade. Em determinado momento, teve o encontro com o Cristo Ressuscitado na Estrada de Damasco, e passa a pregar o Evangelho da Graça, da Misericórdia e da Liberdade. Ele se torna o grande missionário dos pagãos, dos gentios, e na sua atividade se podem perceber quatro grandes pontos de irradiação do Evangelho: inicialmente, Antioquia da Síria; depois a cidade de Corinto, na Acaia, Grécia; em seguida a cidade de Éfeso, capital da Ásia, na Ásia Menor; e, finalmente, a própria cidade de Roma. Nesses quatro grandes centros urbanos, estabelece seu projeto missionário. Era um grande intelectual. Além do aramaico e do hebraico, conhecia bem o grego e, possivelmente, conhecia o latim. Era cidadão romano e utilizou-se de toda a estrutura das estradas e do sistema de transportes do Império Romano  para evangelizar todo o mundo ocidental conhecido. O capítulo 15 da Carta aos Romanos diz que ele queria ir à Espanha, e a Patrística noticia que ele, de fato, foi e evangelizou essa região. Morreu no ano 64 na perseguição do imperador Nero, em Roma, e lá está a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, que marca esse momento do seu sepultamento. Pedro era de Betsaida, irmão de André, amigo de Tiago e João (filhos de Zebdeu), com os quais tinha uma espécie de cooperativa de pesca no Mar da Galileia. É, no Novo Testamento, uma personalidade riquíssima em fragilidades e fidelidades. Ele quase afunda no Mar da Galileia pela falta de fé. Quer afastar Jesus de sua missão, tentando impedi-lo de subir a Jerusalém, pois tinha uma compreensão equivocada do messianismo de Jesus. E no episódio do sofrimento e morte de Jesus, nega-o três vezes. Ao mesmo tempo, no episódio do Evangelho de hoje, Pedro professa a sua fé e o seu amor a Jesus Cristo. Ele recebe a graça do Primado, e se torna instrumento e sinal ministerial da unidade entre os discípulos e discípulas de Jesus. Ele é martirizado também no império de Nero entre os anos 64 e 65. Por isso, Pedro e Paulo tornaram-se colunas da Igreja. No Evangelho de hoje, Jesus faz uma pergunta aos seus discípulos. A primeira parte é como as multidões o veem. Os discípulos respondem quatro coisas: uns dizem que tu és Elias; outros dizem que tu és Jeremias; outros dizem que tu és como um dos profetas do Antigo Testamento; e outros que tu és João Batista. A resposta da multidão não é de todo equivocada, pois Jesus de fato é um profeta. Mas eles estão ainda muito longe de compreender a identidade profunda de Jesus, que não é somente um profeta, um homem de Deus, um homem bom, que prega coisas bonitas e até faz milagres. É por isso que agora a pergunta é dirigida aos apóstolos, e Pedro responde em nome deles, da Igreja. Pedro diz: Tu és o Messias (o Cristo, o Ungido, o Consagrado). Mas essa resposta é incompleta, porque não responde à identidade profunda de Jesus. E Pedro continua: Tu és o Filho do Deus Vivo. Essas duas respostas se complementam. No primeiro século, muitos rapazes apareceram dizendo que eram o Messias, muitos se propuseram como o Messias. O problema não é saber que Jesus é o Messias, mas saber que tipo de Messias é Jesus. Ele é o Messias Servo Sofredor, é o Messias que morre na cruz, é o Messias Filho de Deus. Aqui está o ponto fundamental da resposta de Pedro, em nome da Igreja. Mas bonito é perceber a reação de Jesus diante da reposta de Pedro. É preciso fazer a distinção entre “Simão, filho de Jonas”, o nome do apóstolo, a identidade antropológica, mais humana dele; e “Pedro”, que é o apelido dado por Jesus e representa, sobretudo, a função que ele exerce, do primado, de líder, de coordenador da comunidade, aquele que exerce o ministério da unidade. Jesus leva a reflexão para o nível antropológico mais profundo: “Feliz és tu, Simão, Filho de Jonas”. Ou seja, só é possível reintegrar a identidade profunda de Pedro, que nega e trai, por causa dessa resposta de Jesus a ele. Jesus leva a reflexão para o nível antropológico, para o nível da pessoa, na sua identidade mais profunda. É Simão, filho de Jonas, que também dará a sua resposta de amor: - Simão, tu me amas? – Sim, Senhor, eu te amo; - Simão, tu me amas? – Sim, Senhor, eu te amo; - Simão, tu me amas? – Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. – Apascenta, então, as minhas ovelhas! Pedro recebe, então, de Jesus, a missão do Primado, a missão de ser sinal sacramental da unidade, exatamente por causa do seu amor e do nível mais profundo e antropológico de sua resposta. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra” (isto é, sobre a profissão de fé de Pedro, que é a profissão e fé da Igreja) é que Jesus edifica e estabelece a comunidade eclesial, a Igreja. Como podemos praticar a Palavra de Deus hoje? Primeiro, reze, reflita, amadureça, avalie a sua fidelidade e o seu amor para com Cristo, mesmo com fragilidades e pecados. A santidade, o ser santo é, fundamentalmente, ser capaz de demonstrar a fidelidade e o amor. Segundo, a missionariedade. Pedro e Paulo foram grandes missionários do Evangelho. Amantes profundos da Palavra de Deus, amaram Jesus Cristo com toda a intensidade do seu coração. Por isso, se tornaram grandes missionários da Palavra. E terceiro, amadureça o seu amor pela Igreja, especialmente pelo Santo Padre, o Papa Francisco, que vem sendo vítima de tantas calúnias, até mesmo de dentro do próprio seio da Igreja Católica. Então, que haja o amor e a pertença à Igreja Católica e o amor pelo Papa Francisco, que no sábado (27/06/2020) celebrou o seu aniversário de ordenação episcopal. Que Pedro e Paulo sejam grandes instrumentos inspiradores para todos nós na nossa vivência do Evangelho. Deus vos abençoe, em nome do Pai e Filho e Espírito Santo. Amém!   

. (Fonte: Canal do Youtube  “Dom Paulo Jackson”. (3,46 mil inscritos) – Reflexão sobre a Liturgia de Domingo, 28/06/2020)     

-- Texto, transcrição, filmagem e narração: repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, de Colatina/ES, para os endereços da web: paulo roberto maciel (CANAL DO YOUTUBE), reporterpaulomaciel.blogspot.com (BLOG) E www.facebook.com/paulomacieldaradio (REDE SOCIAL). (28/06/2020)

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