LITURGIA DA IGREJA CATÓLICA (Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 12, 13-17))
-POSTADO NO BLOG reporterpaulomaciel.blogspot.com , NO CANAL DO YOUTUBE paulo roberto maciel E NA REDE SOCIAL www.facebook.com/paulomacieldaradio
-CATEQUESE
CATÓLICA. A Igreja Católica Apostólica Romana vive, desde a
segunda-feira (1º/06/2020), a nona semana do Tempo Comum, período que
começou depois do Natal. O Ano Litúrgico começa com o Advento. Terminado
o Advento, vem o Tempo Comum, que teve oito semanas antes do Tempo
Pascal. Agora, depois de concluído o período Pascal com a Solenidade de
Pentecostes, recomeça, com a nona Semana, o Tempo Comum, que prossegue
de novo até o Advento.
-O Evangelho desta terça-feira mostra que enviaram a Jesus os herodianos e fariseus para o pegar em contradição e o punir. Os herodianos eram seguidores de Herodes, rei da Palestina, de origem idumeia, colocado no poder na região por Roma. Ele fazia cobrar impostos para Roma, era amigo e dependia de César, mas não era amigo dos fariseus. Os herodianos não seguiam a lei judaica como os fariseus seguiam. Mas mesmo sendo inimigos, herodianos e fariseus se unem para armar uma cilada contra Jesus. E eles aparecem como lobos vestidos de ovelha, elogiando, aplaudindo Jesus. Agiam como falsos profetas. Mas era uma grande hipocrisia, uma falsidade, pois queriam incriminar Jesus. Fizeram-lhe uma pergunta capciosa. Se Jesus dissesse que era lícito pagar imposto a César, seus interlocutores iriam incriminar dizendo que ele se punha contra o povo judeu, que estava sendo massacrado pelos romanos e ainda tinham que pagar impostos. Iam jogar Jesus contra o povo judeu. Se Jesus dissesse para não pagar o imposto a César, os herodianos iriam imediatamente contar a Herodes, que iria puni-lo por desobedecer o imperador. A moeda tinha a cara do rei de um lado e a coroa do rei do outro. A moeda pertencia ao rei, e quem a falsificasse teria a pena de morte. Jesus ao pedir uma moeda pergunta: “De quem é essa imagem?” E eles respondem: “- É de César!”. E determina Jesus: “Dai, então, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!” E todos ficaram admirados. Deus respeita a autoridade civil e a autoridade religiosa. Até o reinado do imperador Napoleão Bonaparte (1769-1821), o Estado estava unido com a Igreja. A partir daí, separou-se o Estado da Igreja. Assim, cada um tem a sua independência, ou seja, os cristãos são cidadãos e a Igreja reconhece os direitos civis. O cristão tem que cuidar da Pátria, pagar os impostos, respeitar as autoridades constituídas. E há também o direito de Deus: “Dai a Deus o que é de Deus!” O quinto mandamento da Igreja (que está no Catecismo da Igreja Católica (CIC)) observa que todo cristão é obrigado a ajudar a Igreja nas suas necessidades materiais, cada um conforme as suas possibilidades, ou seja, quem tem mais pode dar mais e quem tem menos pode dar menos. O CIC e o Código de Direito Canônico não falam em 10 por cento para o dízimo, embora seja bonita a atitude de quem paga essa porcentagem de sua renda. O importante é ajudar a Igreja em todas as suas necessidades. A doutrina social da Igreja é a proposta para o mundo e os governantes aplicarem a justiça social em suas ações. Essa doutrina começou por causa da Revolução Comunista em 1917, um sistema político ateu e materialista que matou mais de 100 milhões de pessoas e que queria resolver o problema do mundo pela força, desapropriando e tomando os bens de todos. A Igreja, então, a partir daí, com a “Rerum Novarum”, do Papa Adriano XIII, e outras encíclicas sociais de outros papas, criou a Doutrina Social da Igreja. O Vaticano publicou um compêndio da Doutrina Social da Igreja, com cerca de seiscentas páginas, onde se propõe a Justiça social, à luz do Evangelho. O professor Paulo César - Doutor em Filosofia da Faculdade de Filosofia da Canção Nova – publicou o livro “O que é a Doutrina Social da Igreja”, com cerca de cem páginas. Em síntese, a Igreja não quer o comunismo estatizante, ateu, materialista, violento, ou seja, é contra o marxismo-comunismo-leninismo. Mas também não é o capitalismo selvagem, em que só se pensa no lucro e exploração de todos. A Igreja reconhece a importância do Estado e a importância do indivíduo. Ela não quer que o Estado seja dono do indivíduo. Cada família deve educar seus filhos, conforme a sua fé e seus valores. A Igreja quer que haja Justiça social, mas dentro da lei e da ordem, não com invasão de terras, invasão de prédios, invasão de propriedades alheias, quebra-quebra... O Papa João Paulo II (hoje nosso santo intercessor junto a Deus) falou sobre isso duas vezes por ocasião de sua visita ao Brasil. O desrespeito às leis não pode acontecer. Há como fazer e onde fazer as leis. Cabe aos cristãos que entram na política fazer com que as leis sejam cristãs, ou seja, justas. Os cristãos são o sal da terra e a luz do mundo. Os leigos têm a missão de iluminar as realidades humanas, nas áreas política, cultural, econômica, social, à luz do Evangelho. E ser o sal também, ou seja, conservar, dar sabor. Não é missão do padre ser político, prefeito, vereador, deputado, senador... O Código do Direito Canônico proíbe. Muito excepcionalmente o bispo pode autorizar um padre a ser candidato, mas é em caráter excepcional, não é via de regra. Quem tem que fazer esse trabalho na política, na economia, na ciência, na universidade, é o leigo cristão. No ambiente onde vive e trabalha, ele tem que iluminar com a luz de Cristo, com a luz do Evangelho , ou seja, dentro daquilo que a Igreja propõe. Muitas ideologias tentaram resolver o problema do mundo e só deu errado, pois não ouviram a Igreja. O Papa Bento XVI diz que todos que quiseram construir o Céu aqui na terra acabaram construindo o inferno. Exemplos: o nazismo fez 20 milhões de mortos; o comunismo fez 100 milhões de mortos; a Revolução Francesa fez milhares de mortos. Quiseram criar o Céu aqui na terra. É a utopia socialista, ou seja, quer todo mundo igual, como se cada pessoa fosse fabricada numa máquina. Esqueceram-se das diferenças individuais. Cada um no plano de Deus é diferente, cada um tem uma missão. Não se pode nivelar tudo mundo. Não somos feitos em máquina, em série. Cada um foi criado por Deus de maneira única, individual e diferente. (Fonte: CanaldoYoutube Prof.FelipeAquino, 02/06/2020)
-Edição, transcrição, filmagem e narração: repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, de Colatina/ES, para seus endereços na web: paulo roberto maciel (canal no Youtube), reporterpaulomaciel.blogspot.com e www.facebook.com/paulomacieldaradio (02/056/2020)
Nenhum comentário:
Postar um comentário