O frei José Corteletti, da Paróquia de Santa Teresa, irá celebrar 50 anos de sacerdócio, neste domingo (26/07). A missa em Ação de Graças será às 10 horas, na mesma capela de São Paulo do Rio Perdido, onde, em 5 de julho de 1959, ele celebrou sua primeira missa. A capela fica no distrito de Várzea Alegre, em Santa Teresa/ES, terra natal do frade capuchinho.
Ele foi ordenado pelas mãos do bispo dom Jaime de Barros Câmara, no dia 29 de junho de 1959. Segundo amigos, a vida de frei José é dedicada aos ideais franciscanos e ao trabalho na Ordem Capuchinha.
Frei José também atuou na educação escolar e ecológica, tendo plantado diversas árvores de lei no município de Santa Teresa, por influência do amigo naturalista Augusto Ruschi.
Prestou ainda serviços importantes na Itália como frade capuchinho. Luiz Carlos Biasutti apropria-se das palavras do escritor Bertold Brecht para definir o amigo religioso: “Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons; porém há os que lutam toda a vida: estes são imprescindíveis”.
Atualmente, frei José é vigário paroquial da Paróquia de Santa Teresa.
Conheça a seguir o texto “Minha Travessia”, escrito pelo frei José Corteletti.
MINHA TRAVESSIA
"Meu grito de choro ao nascer até meu silêncio frio da morte que se avizinha: o fim... mas não "o fim do fim". Daqui o salto para o IMUTÁVEL, o BOM. Este sim é o fim do fim. Momentos de trevas, lusco-fusco das incertezas até à barreira da limitação humana buscando a LUZ. O choro da primeira fome (mamei) até enxugar a última gota gelada do suor na face fria, o salto para a ETERNIDADE.
Na travessia encontrei muitos doentes (e até fui um deles). Ser levita ou samaritano? Titubeei e até fui comodista. Quanta satisfação em servir, pois veio o agradecimento nascido como o lótus no coração humilde. Deu-me muita força; porém quantas desilusões vindas do "leproso" que não voltou para agradecer. É um sentimento humano. Quanta dureza, quanta maldade, quanta tentativa e luta... Mas tudo se tornava mais fácil quando o sofrimento me levava para os braços de "Mãe-Pai Deus". "Deixai que o Espírito Santo te dirá..."
Por outro lado, fui o reverso da medalha: papai, mamãe, irmãos – companheiros de estrada – vos ofendi muitas vezes e de mil maneiras (não segui vossa vontade, Pai): Da arrogância à indiferença. Do desleixo à irresponsabilidade. Da tentação à execução, etc... etc... etc... Mas sabe de uma coisa? \"Eu vim para vós, pecadores\". Eu creio e confio em vós, meu Deus. "Este é meu cálice... este pão é meu corpo... Fazei tudo isto em memória de mim". Frei José Corteletti.
Ele foi ordenado pelas mãos do bispo dom Jaime de Barros Câmara, no dia 29 de junho de 1959. Segundo amigos, a vida de frei José é dedicada aos ideais franciscanos e ao trabalho na Ordem Capuchinha.
Frei José também atuou na educação escolar e ecológica, tendo plantado diversas árvores de lei no município de Santa Teresa, por influência do amigo naturalista Augusto Ruschi.
Prestou ainda serviços importantes na Itália como frade capuchinho. Luiz Carlos Biasutti apropria-se das palavras do escritor Bertold Brecht para definir o amigo religioso: “Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons; porém há os que lutam toda a vida: estes são imprescindíveis”.
Atualmente, frei José é vigário paroquial da Paróquia de Santa Teresa.
Conheça a seguir o texto “Minha Travessia”, escrito pelo frei José Corteletti.
MINHA TRAVESSIA
"Meu grito de choro ao nascer até meu silêncio frio da morte que se avizinha: o fim... mas não "o fim do fim". Daqui o salto para o IMUTÁVEL, o BOM. Este sim é o fim do fim. Momentos de trevas, lusco-fusco das incertezas até à barreira da limitação humana buscando a LUZ. O choro da primeira fome (mamei) até enxugar a última gota gelada do suor na face fria, o salto para a ETERNIDADE.
Na travessia encontrei muitos doentes (e até fui um deles). Ser levita ou samaritano? Titubeei e até fui comodista. Quanta satisfação em servir, pois veio o agradecimento nascido como o lótus no coração humilde. Deu-me muita força; porém quantas desilusões vindas do "leproso" que não voltou para agradecer. É um sentimento humano. Quanta dureza, quanta maldade, quanta tentativa e luta... Mas tudo se tornava mais fácil quando o sofrimento me levava para os braços de "Mãe-Pai Deus". "Deixai que o Espírito Santo te dirá..."
Por outro lado, fui o reverso da medalha: papai, mamãe, irmãos – companheiros de estrada – vos ofendi muitas vezes e de mil maneiras (não segui vossa vontade, Pai): Da arrogância à indiferença. Do desleixo à irresponsabilidade. Da tentação à execução, etc... etc... etc... Mas sabe de uma coisa? \"Eu vim para vós, pecadores\". Eu creio e confio em vós, meu Deus. "Este é meu cálice... este pão é meu corpo... Fazei tudo isto em memória de mim". Frei José Corteletti.
Um comentário:
parabéns pela reportagem , também vou ser um frei , mais anos de vida frei josé.
Postar um comentário