quinta-feira, 30 de julho de 2009

Diário de Viagem 2009 (Colatina-Rio) – Parte IV




Mais uma foto de Paulo Maciel em frente aos Arcos da Lapa, bairro turístico e histórico do Rio, utilizado como cenário da novela Caminho das Índias, da TV Globo



Repórter Paulo Maciel
Retornei à Praça Mauá em seguida para ficar mais perto do hotel. Parei no ponto de maior movimento e do qual eu já detenho mais conhecimento e foi possível, então, relaxar um pouco e tomar umas bebidas numa boate. E papo vai, papo vem, vara-se a madrugada. Fui dormir tarde. No dia seguinte, voltei à Lapa e tirei fotos junto aos Arcos da Lapa e à Catedral, lugar de cartão postal e que turista algum deve deixar de registrar.Manhã de sábado, é hora de pegar o ônibus para Ramos, na Zona Norte do Rio. Foi onde encontrei os meus parentes e fiquei na casa deles. Depois de ser apresentado a alguns amigos cariocas (aliás, muitos nem são cariocas, são de outras localidades, mas fixaram residência na cidade do Rio), agendamos um programa para a Feira dos Nordestinos, no bairro São Cristóvão, local que há vários anos eu queria visitar pois viajei muito para estados da Região Nordeste do país e tenho grande apreço pelo seu povo, sua culinária e o modo de vida que esses brasileiros têm. Não podia imaginar que a feira era tão boa e diversificada, além de tão espaçosa. Tem de tudo: comida típica, forró, bebida, forró, homem, forró, mulher, forró de novo, artesanato, churrasquinho até de tripa de animais, forró, forró, forró... Até arrisquei alguns passos numa das barracas. Foi muito bom. Ficamos até a madrugada. Para voltar para Ramos, havia poucos ônibus noturnos disponibilizados. Muito raro mesmo passar um ônibus. A opção era o táxi ou kombi-lotação (tinha veículo legalizado e não-legalizado, os chamados clandestinos). Na hora de voltar para casa o jeito era pegar uma dessas conduções, correndo riscos ou não. Aliás as Kombis-lotação passam a todo o instante de forma eletrizante, sempre ágeis e com seus alto-falantes internos anunciando freneticamente os destinos da viagem: "Pavuna, Bonsucesso, Penha, Ramos..." Até mesmo para quem vive no Rio tem que ser muito esperto e atencioso para não pegar a condução errada. O veículo roda por tudo quanto é canto para pegar e deixar mais e mais passageiros. É uma correria. Uma loucura. É entrar numa rua e sair em outra, em grande velocidade. O condutor praticamente nem olha para os passageiros, só quer ver mesmo o dinheiro na mão e saber o ponto de parada. Uma loucura mesmo. Rola uma adrenalina indescritível... Enfim se chega ao destino. Ufa! Aí é desabar na cama, dormir e acordar só quando o corpo permitir. O valor da passagem varia entre R$ 2,00 a R$ 3,00, ou próximo disso, dependendo do itinerário.

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