LITURGIA DA PALAVRA, 4a-F., 06-02-2019. DIA DE SÃO PAULO MIKI E COMPANHEIROS MÁRTIRES. Cor litúrgica: Vermelha. Primeira Leitura: Leitura da Carta aos Hebreus (Hb 12,4-7.11-15): "Qual é o filho a quem o pai não corrige? No momento mesmo, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça". Salmo Responsorial (Sl 103,1-2.13-14.1718a (R: 17)): "R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre." Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 6, 1-6): "'Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares'". Fonte: Sitenovaalianca.com.br . TEXTO E PESQUISA: REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE COLATINA/ES, PARA SUAS PÁGINAS NA WEB: paulo roberto maciel (canal no youtube), reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (6-02-2019)
SÃO PAULO MIKI E COMPANHEIROS (Fonte: Sitesagradamissao.com.br)
Santo Paulo Miki e companheiros
Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o
Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente
frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos
trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese
obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos
jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas
locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.
Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio
jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou
em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez,
tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado
sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai.
Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação.
Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria,
conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.
Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi.
Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se
tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão
rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando
uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive alguns missionários
franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas
e sido bem recebidos pelo Imperador.
Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram.
Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos,
logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos
terciários.
Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas
públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência
e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde
seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos
companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas
enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki
tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki
tinha só onze anos de idade.
A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo
receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou
conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram
canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.
Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número
deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de
Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de
padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos
europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser
construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade
cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja
Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento
recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a
reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma
imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo
de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando
os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua
Santa Mãe, a Igreja.
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