O Dia Nacional do Imigrante Italiano
será comemorado nesta quinta-feira (21/02/2019), às 19h, com músicas e danças
típicas no Salão São Tiago, no Palácio Anchieta. A atividade é uma ação
do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES), de entidades
italianas do Estado como a Casa de Itália e das associações de cultura
de diversos municípios para rememorar a chegada ao Espírito Santo, em
1874, da Expedição de Pietro Tabacchi, evento que marca o início da
imigração italiana para o Brasil.
Na ocasião, será prestada uma homenagem ao ex-governador Gerson Camata, primeiro governador capixaba de origem italiana, responsável, enquanto senador, pela promulgação da Lei Federal 11.687, de 2 de junho de 2008, que instituiu o Dia Nacional do Imigrante Italiano.
Também serão prestadas reverências aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, os “pracinhas”, enviados à Itália para colaborar na luta contra o nazismo. A vitória dos brasileiros na tomada de Monte Castello, na Itália, contra o exército alemão, teve seu desfecho em 21 de fevereiro de 1945.
O evento trará ainda uma homenagem aos imigrantes Nerina e Franco Bortoluzzi, pelos 70 anos deles em solo capixaba. Os irmãos, ainda adolescentes, imigraram com a família para o Espírito Santo, em 1949, provenientes de Belluno, na região do Vêneto, norte da Itália, logo após o término da Segunda Guerra. A família Bortoluzzi lutava contra o nazi-fascismo e alguns dos seus membros foram presos, deportados ou mortos pelos exércitos do Eixo.
A imigração Italiana no Espírito Santo
As marcas da vinda dos imigrantes para o Espírito Santo são perceptíveis, por exemplo, na arquitetura, nas formas de cultivo, na alimentação, no vocabulário e nas práticas culturais. De acordo com o sociólogo Renzo M. Grosselli, no livro “Colônias Imperiais na Terra do Café”, Tabacchi era um italiano oriundo de Trento que já se encontrava no Espírito Santo desde o início da década de 1850, onde adquiriu uma fazenda no município de Santa Cruz (atual Aracruz). Ao observar o interesse do Brasil pela mão de obra europeia, ele decidiu oferecer terras para os imigrantes em troca do direito de derrubar 3,5 mil jacarandás para exportação.
Após um longo período de negociação, o Ministério da Agricultura autorizou a Província capixaba a firmar contrato com Tabacchi, que por sua vez enviou emissários ao Trentino (Tirol Italiano), à época sob o domínio austríaco, para capitanear famílias daquela região e do Vêneto. Assim, no dia 3 de janeiro, às 15 horas, partia do porto de Gênova o “La Sofia”. Ao todo, foram 388 camponeses que embarcaram e chegaram à capital Vitória em busca de novas oportunidades e vivências.
Em 1º de março começou a viagem até o porto de Santa Cruz, em direção à propriedade de Tabacchi. Porém, os colonos logo perceberam que foram enganados pelas promessas. Não havia terras preparadas e a situação nos alojamentos era caótica. Esses fatos, somados a uma difícil travessia pelo Atlântico, foram ingredientes que culminaram na primeira revolta. O descontentamento era grande e a rebelião só foi contida pela ação da força policial. Por outro lado, os imigrantes obtiveram informações sobre as colônias oficiais, nas quais teriam melhores condições de trabalho e a oportunidade de serem donos dos seus lotes.
Projeto “Imigrantes Espírito Santo”
Em 1995 o APEES criou o Projeto “Imigrantes Espírito Santo”, que utiliza o método de cruzamento de dados entre as diversas fontes disponíveis para cada imigrante. Atualmente são 56.106 nomes catalogados, sendo 38.514 italianos, permitindo aos descendentes conhecerem um pouco mais sobre a história dos seus antepassados. A pesquisa sobre cada família pode ser feita no site www.imigrantes.es.gov.br.
Informações à imprensa: Assessoria de Comunicação do APEES. Jória Motta Scolforo -
comunicacao@ape.es.gov.br - 3636-6117/99633-3558. Facebook: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo. Instagram: ArquivoPublicoES
19/02/2019). Fonte e fotos:
Sitees.gov.br. Na ocasião, será prestada uma homenagem ao ex-governador Gerson Camata, primeiro governador capixaba de origem italiana, responsável, enquanto senador, pela promulgação da Lei Federal 11.687, de 2 de junho de 2008, que instituiu o Dia Nacional do Imigrante Italiano.
Também serão prestadas reverências aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, os “pracinhas”, enviados à Itália para colaborar na luta contra o nazismo. A vitória dos brasileiros na tomada de Monte Castello, na Itália, contra o exército alemão, teve seu desfecho em 21 de fevereiro de 1945.
O evento trará ainda uma homenagem aos imigrantes Nerina e Franco Bortoluzzi, pelos 70 anos deles em solo capixaba. Os irmãos, ainda adolescentes, imigraram com a família para o Espírito Santo, em 1949, provenientes de Belluno, na região do Vêneto, norte da Itália, logo após o término da Segunda Guerra. A família Bortoluzzi lutava contra o nazi-fascismo e alguns dos seus membros foram presos, deportados ou mortos pelos exércitos do Eixo.
A imigração Italiana no Espírito Santo
As marcas da vinda dos imigrantes para o Espírito Santo são perceptíveis, por exemplo, na arquitetura, nas formas de cultivo, na alimentação, no vocabulário e nas práticas culturais. De acordo com o sociólogo Renzo M. Grosselli, no livro “Colônias Imperiais na Terra do Café”, Tabacchi era um italiano oriundo de Trento que já se encontrava no Espírito Santo desde o início da década de 1850, onde adquiriu uma fazenda no município de Santa Cruz (atual Aracruz). Ao observar o interesse do Brasil pela mão de obra europeia, ele decidiu oferecer terras para os imigrantes em troca do direito de derrubar 3,5 mil jacarandás para exportação.
Após um longo período de negociação, o Ministério da Agricultura autorizou a Província capixaba a firmar contrato com Tabacchi, que por sua vez enviou emissários ao Trentino (Tirol Italiano), à época sob o domínio austríaco, para capitanear famílias daquela região e do Vêneto. Assim, no dia 3 de janeiro, às 15 horas, partia do porto de Gênova o “La Sofia”. Ao todo, foram 388 camponeses que embarcaram e chegaram à capital Vitória em busca de novas oportunidades e vivências.
Em 1º de março começou a viagem até o porto de Santa Cruz, em direção à propriedade de Tabacchi. Porém, os colonos logo perceberam que foram enganados pelas promessas. Não havia terras preparadas e a situação nos alojamentos era caótica. Esses fatos, somados a uma difícil travessia pelo Atlântico, foram ingredientes que culminaram na primeira revolta. O descontentamento era grande e a rebelião só foi contida pela ação da força policial. Por outro lado, os imigrantes obtiveram informações sobre as colônias oficiais, nas quais teriam melhores condições de trabalho e a oportunidade de serem donos dos seus lotes.
Projeto “Imigrantes Espírito Santo”
Em 1995 o APEES criou o Projeto “Imigrantes Espírito Santo”, que utiliza o método de cruzamento de dados entre as diversas fontes disponíveis para cada imigrante. Atualmente são 56.106 nomes catalogados, sendo 38.514 italianos, permitindo aos descendentes conhecerem um pouco mais sobre a história dos seus antepassados. A pesquisa sobre cada família pode ser feita no site www.imigrantes.es.gov.br.
Informações à imprensa: Assessoria de Comunicação do APEES. Jória Motta Scolforo -
comunicacao@ape.es.gov.br - 3636-6117/99633-3558. Facebook: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo. Instagram: ArquivoPublicoES
MANCHETE E POSTADO POR REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE COLATINA/ES, EM SUAS PÁGINAS NA WEB: reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (19/02/2019)
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