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Pressão alta é fator de risco para pacientes com covid-19
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São
Paulo (SOCESP) faz um alerta no Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão, lembrado neste domingo, 26 de abril de 2020, e ressalta os cuidados essenciais, principalmente agora, por conta da pandemia do novo coronavírus.
“Durante a pandemia de coronavírus, os hipertensos merecem uma atenção especial. Eles devem tanto evitar o contágio pelo vírus, medida baseada principalmente no isolamento social, como manter os cuidados habituais para o controle da pressão arterial. E aqui me refiro ao uso regular de medicamentos, dieta equilibrada e prática de exercícios”, ressalta o assessor Científico da SOCESP, Flávio Borelli.
O cardiologista orienta que uma alimentação
balanceada, com baixo consumo de sal, também é crucial. A SOCESP
recomenda até 5 gramas de sal por dia, ou uma colher de chá. “É o limite
de consumo, sem esquecer que o sal está presente em boa parte dos
alimentos processados, como massas e temperos industrializados,
facilmente encontrados na mesa dos brasileiros, mas que deveriam ser
evitados”, alerta o cardiologista. Além do sal, os fatores de risco para
hipertensão arterial são a idade, excesso de peso e obesidade, ingestão
de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos e genéticos.
A hipertensão é um dos principais fatores de
risco para as doenças do coração. Segundo a entidade, 36 milhões de
adultos brasileiros têm pressão alta. Entre os idosos, a hipertensão
atinge 60%. A doença é responsável, direta ou indiretamente, por metade
das mortes por doenças cardiovasculares, cerca de 200 mil óbitos todos
os anos, informa a SOCESP.
A hipertensão não tratada está associada a
eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral (derrame), infarto
agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e
doença renal crônica. “Nos casos de covid-19, o hipertenso não
controlado tem mais complicações e maior mortalidade, conforme relatos e
estudos internacionais”, explica o presidente da SOCESP, o
cardiologista João Fernando Monteiro Ferreira.
Nas últimas três décadas, houve uma
diminuição da incidência da hipertensão no Brasil de 36,1% para 31% da
população adulta, conforme uma meta-análise contemplando 40 estudos
científicos nacionais e publicados na 7ª Diretriz Brasileira de
Hipertensão Arterial. Para o presidente da SOCESP, se houvesse uma
adesão em massa, onde todos os brasileiros controlassem a sua pressão
arterial, teríamos
um salto significativo na redução de mortes por doenças
cardiovasculares. “Provavelmente atingiríamos a meta da Organização
Mundial da Saúde em reduzir em 25% os óbitos até 2.025”, destaca
Ferreira.
Edição: Liliane Farias. Publicado em 26/04/2020 - 09:37.
Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Fonte: Agência Brasil
POSTADO (com acréscimos pontuais) POR: REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO
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(26/04/2020)
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