Bolsonaro em pronunciamento após saída de Moro. Crédito: Marcello Casal Jr-Agência Brasil |
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Presidente fez pronunciamento no Palácio do Planalto
-O presidente Jair
Bolsonaro fez um pronunciamento na tarde de sexta-feira (24/04/2020), no
Palácio do Planalto, para rebater as acusações feitas pelo ex-ministro
Sergio Moro, que anunciou sua demissão do Ministério da Justiça mais cedo.
Acompanhado de seus ministros, Bolsonaro falou durante 46 minutos e
negou que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações
da Polícia Federal (PF).
-"Não são verdadeiras as insinuações de que
desejaria saber sobre as investigações em andamento. Nos quase 16 meses
em que esteve à frente do Ministério da Justiça, o senhor Sergio Moro
sabe que jamais lhe procurei para interferir nas investigações que
estavam sendo realizadas, a não ser aquelas, não via interferência, mas
quase como uma súplica, sobre o Adélio [Bispo], o porteiro, e meu filho
04 [Jair Renan]", afirmou o presidente, em uma referência às
investigações sobre a tentativa de assassinato contra ele na campanha
eleitoral de 2018 e às investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro
sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, também em 2018.
-Bolsonaro citou a lei n° 13.047 de 2014 para destacar que tem a
prerrogativa de nomear e exonerar o diretor-geral da PF. "Falava-se em interferência minha na Polícia
Federal. Ora bolas, se eu posso trocar o ministro, por que eu não
posso, de acordo com a lei, trocar o diretor da Polícia Federal? Eu não
tenho que pedir autorização para ninguém para trocar o diretor ou
qualquer um outro que esteja na pirâmide hierárquica do Poder Executivo.
Será que é interferir na PF quase que exigir, implorar [a] Sergio Moro
que apure quem mandou matar Jair Bolsonaro? A PF de Sergio Moro mais se
preocupou com Marielle [Franco, vereadora assassinada] do que seu chefe
supremo? Cobrei muito dele isso daí, [mas] não interferi", afirmou. O
diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, nome indicado por Sergio Moro, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira.
-O decreto de exoneração de Moro do cargo de ministro foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União,
no final da tarde de sexta (24/04/2020). Em um pronunciamento pela manhã para
anunciar que deixaria o governo, Sergio Moro afirmou que Bolsonaro
queria colocar alguém de sua própria confiança na direção da PF.
"Me disse, mais de uma vez, expressamente, que queria ter [na
direção-geral da PF] uma pessoa do contato pessoal dele, para quem ele
pudesse ligar, colher informações, que pudesse colher relatórios de
inteligência. Este, realmente, não é o papel da PF”, afirmou Moro.
-Jair Bolsonaro disse, em seu pronunciamento,
que, como presidente, tem o direito de se dirigir diretamente a outros
funcionários do governo federal, inclusive subordinados de seus
ministros. "O dia que eu tiver que me submeter a qualquer funcionário
meu, eu deixarei de ser presidente da República. Falei para que ele que
quero um delegado [...] que eu possa interagir com ele. Por que não? Eu
interajo com os órgãos de inteligência das Forças Armadas, eu interajo
com a Abin [Agência Brasileira de inteligência], interajo com qualquer
um do governo. Sempre procuro o ministro, mas numa necessidade, eu falo
diretamente com o primeiro escalão daquele ministro", afirmou.
-De acordo com Bolsonaro, o delegado Maurício
Valeixo estaria cansado e a troca no comando da PF foi conversada com
Sergio Moro. "Conversando ontem com o Moro, entre muitas coisas, até que
chegou na questão Valeixo, e eu falei que está na hora de botar um
ponto final nisso. Ele está cansado, está fazendo como pode o seu
trabalho. Pessoalmente, não tenho nada contra ele. Conversei poucas
vezes com ele durante um ano e quatro meses, sim, poucas vezes, mas
conversei com ele, e a maioria das vezes estava o Sergio Moro do lado.
Então, falei que no dia de hoje o Diário Oficial publicaria a exoneração do senhor Valeixo. E pelo que tudo indicava, uma exoneração a pedido."
-Em publicação no Twitter, após o
pronunciamento, o agora ex-ministro Sergio Moro voltou a afirmar que o
ex-diretor-geral da PF não pediu demissão do cargo. "De fato, o diretor
da PF Maurício Valeixo estava cansado de ser assediado desde agosto do
ano passado pelo Presidente para ser substituído. Mas, ontem, não houve
qualquer pedido de demissão, nem o decreto de exoneração passou por mim
ou me foi informado", postou.
-No final da tarde, o Diário Oficial da União também trouxe, em edição extra, uma nova publicação da exoneração de Maurício Valeixo da PF, desta vez sem a assinatura eletrônica de Sergio Moro, que constava na primeira versão do decreto.
Vaga no STF
-Bolsonaro disse ainda que Sergio Moro
condicionou a demissão de Maurício Valeixo a uma indicação para a vaga
de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). "Já que ele falou em
algumas particularidades, mais de uma vez o senhor Sergio Moro disse pra
mim: você pode trocar o Valeixo sim, mas em novembro, depois que o
senhor me indicar para o Supremo Tribunal Federal. Me desculpe, mas não é
por aí. Reconheço as suas qualidades, em chegando lá, se um dia chegar,
pode fazer um bom trabalho, mas eu não troco. Outra coisa, é
desmoralizante um presidente ouvir isso".
Sobre esse trecho, no Twitter, o ex-ministro
escreveu: "A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo,
nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF.
Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a
substituição do Diretor Geral da PF".
Matéria ampliada às 19h33
Edição: Juliana Andrade. Publicado em 24/04/2020 - 19:12.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília.
Atualizado em 24/04/2020 - 19:33
Fonte: Agência Brasil
POSTADO (com acréscimos pontuais) POR: REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO
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(25/04/2020)
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