-- Pesquisa, transcrição, redação, filmagem e narração: repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, de Colatina/ES, para seus endereços na web: reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (Agosto de 2019). Vídeo baseado no programa “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”, DO PROFESSOR FELIPE AQUINO (23/01/2019). Fonte: Canal “CANÇÃO NOVA PLAY”. O professor Felipe tem mais de cem livros esclarecendo os católicos sobre diversas dúvidas.
1 - O fato do anjo Lúcifer se tornar mal, foi por decisão própria. Ele foi criado belo por Deus e se tornou mal por sua própria culpa. Teve o pecado de soberba, vaidade... Quis ser como Deus... Foi tentar Eva no Paraíso... dizendo que ela e Adão poderiam ser como Deus. Há um livro sobre Angelologia na Comunidade Canção Nova (“Os Anjos”, do professor Felipe Aquino). 2 – Se morrermos após a confissão, vamos direto para o Céu? Nem sempre. Para ir direto para o Céu é preciso, em primeiro lugar, morrer sem pecado. Em segundo lugar, é necessário encontrar-se em estado perfeito de santidade. O parágrafo 1.030 do Catecismo da Igreja Católica (CIC) fala sobre o tema, informando que os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, passam, após a morte, por uma purificação para obter a santidade necessária, a fim de entrar na alegria do Céu. Há a culpa e a pena. A culpa é a ofensa a Deus pelo que o pecado gerou, que é perdoada na confissão. Já a pena, é o estrago que o pecado deixou, ferindo alguém, ferindo a igreja, necessitando do purgatório para que se recupere a situação anterior ao mal causado. Há como ajudar as almas no purgatório a cumprir todas as penas. O livro “O que são as indulgências” esclarece sobre o tema. 3 – O que teria acontecido com São José, que aparece pela última vez na Bíblia no episódio em que Jesus (aos 12 anos de idade) é encontrado no Templo de Jerusalém? A Igreja entende que o pai adotivo de Jesus morreu, a partir do último registro dele na Bíblia. A esposa do professor Felipe fumava desde os 15 anos de idade. Ela consumia dois maços diários de cigarro. Tentava deixar o vício e não conseguia de maneira alguma. No dia primeiro de maio, em Lorena/SP, foi programada uma procissão de São José Operário. Ele falou para a esposa que ela deixaria de fumar após a procissão. E foi o que aconteceu: após o evento religioso, ela nunca mais quis saber do tabagismo. O professor, em agradecimento pela graça alcançada pela esposa, publicou um livro sobre o santo: “Meu glorioso São José”. A sua morte aconteceu dez anos depois de câncer, e não por problema pulmonar. 4) Um padre pode ingressar na vida política, se candidatando? Ordinariamente, não. Mas o bispo – excepcionalmente - pode autorizar. Há bispos que não autorizam, como Dom Benedito Beni, que foi bispo de Lorena e não autorizava que o sacerdote se candidatasse. O Código de Direito Canônico diz que o padre não deve exercer cargo público, como vereador, deputado etc. 5) Como surgiu a tradição de não comer carne na quaresma e Semana Santa? É uma penitência que surgiu nos primeiros séculos. A abstinência obrigatória de carne hoje para o católico ocorre somente em dois dias: na quarta-feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. Mas há fiéis que tem um belo costume de não comer carne na sexta-feira, pois a Igreja (Código de Direito Canônico) recomenda que às sextas-feiras façamos um pouco de penitência, pois foi o dia que Jesus Cristo foi crucificado. O documento não especifica qual, ficando à escolha do católico, e muitos escolhem se abster de carne. 6 – Na oração do “Pai Nosso”, a assembleia pode levantar as mãos ou apenas o presidente da celebração tem essa autorização? O Concílio Vaticano II autorizou os fiéis a levantar as mãos, mas não é obrigatório, e sim facultativo aos fiéis. 7 – Como medir a gravidade do pecado, se é leve ou grave? Há o pecado venial (leve) e o mortal (grave), segundo a Igreja. É muito subjetivo distingui-lo. A própria pessoa sente quanto à gravidade do pecado cometido. Uma coisa é roubar uma caneta, a outra é roubar mil reais. Os dois são roubos, mas um pode ser um pecado leve e o outro pode ser pesado, mortal. No campo sexual, da luxúria, a pessoa pode ter um mau pensamento, que passa rápido. Pode ser um pecado leve. Outra coisa é ver um filme pornográfico, se deleitando com as cenas, o que é pecado grave, mortal. A Igreja ensina que o pecado grave é, principalmente, contra os Dez Mandamentos: não roubar, não matar, honrar pai e mãe... É um bom critério para se fazer o exame de consciência. A Igreja também orienta sobre os sete pecados capitais, que são os piores. Capital vem de caput (latim), que significa cabeça. São pecados-cabeça, que geram outros pecados. Os sete são: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça. O professor diz que os sabe de cor, porquanto sempre, após a comunhão, pede ao Senhor para livrá-lo deles: “Jesus, arranca essas ervas daninhas do jardim da minha alma”. Dois santos da Igreja elaboraram essa síntese: São Gregório Magno e um outro lá pelos anos seiscentos. Ele escreveu um livro sobre o tema: “Os pecados e virtudes capitais”. Eu coloquei as virtudes, pois em oposição a um pecado capital sempre há uma virtude capital: de um lado a soberba, do outro a humildade; de um lado a ganância, do outro o desprendimento; de um lado a luxúria (a impureza), do outro a castidade; de um lado gula, do outro a temperança; de um lado a inveja, do outro a bondade, a mansidão; de um lado a preguiça, do outro a diligência. Tudo isso ajuda a entender a gravidade do pecado, a ir se purificando, a fazer o exame de consciência. O CIC diz que não existe nada pior para o cristão, para a Igreja e para o mundo do que o pecado. É a pior realidade que existe. Por que Jesus veio ao mundo? Para tirar o pecado do mundo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Por que Jesus instituiu a Igreja? Para tirar o pecado do mundo. O que a Igreja faz? Ela tira o seu pecado original no Batismo; tira o seu pecado pessoal na Confissão; o fortalece contra o pecado na Eucaristia; o fortalece na vida conjugal para não ser um mau pai, uma má mãe. Tem o sacramento da Ordem, para que o sacerdote possa ministrar a Confissão. A Igreja existe para tirar o pecado do mundo, continuando a missão de Cristo, pois Ele veio para tirar o pecado do mundo, morrendo na cruz por isso. 8 – O que é a Tradição da Igreja? Há a Sagrada Escritura, o Sagrado Magistério e a Sagrada Tradição. Há livros do professor Felipe, escritos décadas atrás, que versam sobre essas temáticas. São as três colunas sobre as quais a Igreja se apoia. A Tradição é o que não está na Bíblia, mas o Magistério da Igreja, o Papa e os bispos, entenderam que chegou até nós por revelação do Espírito Santo. O “Credo”, por exemplo, não está na Bíblia. Vem da Tradição. Foram os Apóstolos que escreveram o “Credo”, tanto que é chamado o “Símbolo dos Apóstolos”. E é a base da Teologia Dogmática. Os doze dogmas da nossa fé estão no “Credo”. Ou seja, não está escrito na Bíblia, veio da Tradição. São Pedro, São João... foram passando para os outros bispos... São Policarpo de Esmirna, por exemplo, foi discípulo de São João Evangelista, e Santo Irineu foi discípulo de São Policarpo. Então, eles foram passando e chegou até nós. Não foi escrito na Bíblia. Não está escrito na Bíblia que os sacramentos são sete. Eles vêm da Tradição. Jesus não ensinou como celebrar a missa... O Ato Penitencial, a Liturgia da Palavra, a Liturgia Eucarística... O primeiro Evangelho foi escrito por volta do ano 50. Depois de vinte anos de pregação oral, quando a Igreja começou a se espalhar pelo mundo, a partir de Jerusalém, chegando a Roma, é que começou-se a escrever. São João fala, no finalzinho do Evangelho dele, que se fosse escrever tudo o que Jesus disse e fez, o mundo seria pequeno para conter todos os livros que precisariam ser escritos... Não há tudo na Bíblia. A Tradição é a Bíblia que não foi escrita, mas que o Magistério da Igreja interpreta junto com a Bíblia e sabe dizer o que é verdade e o que não é. 9 – Por que se paga pelo sacramento do matrimônio? Há paróquias que não cobram pelos sacramentos do batismo, da Crisma e nem pelo matrimônio, pois têm um bom dízimo. Há outras, no entanto, que necessitam, e o Código de Direito Canônico autoriza. Isso porque as paróquias têm despesas... O padre come, bebe, veste... Há despesas com energia gigantescas. A catedral de Lorena/SP, por exemplo, tem mais de cem lâmpadas e são celebradas quatro missas diárias... Quem paga tudo isso são as espórtulas. No entanto, se uma pessoa precisa se casar e considera a taxa muito alta para ela, deve se dirigir ao padre para expor o problema, a fim de que haja uma solução por parte da Igreja. 10 – Como orar pedindo a intercessão de Nossa Senhora? É preciso orar em voz alta? Pode-se orar só de pensamento, sem abrir a boca. Nossa Senhora sabe que a pessoa está orando, através de Deus. Deus é onisciente e comunica à Virgem Maria, aos santos e anjos o que nós estamos rezando. Isso vem dos primeiros séculos da Igreja. A oração mental, a oração oral, qualquer tipo de oração vai a Deus, sejam quantas orações forem em qualquer parte do mundo. Na eternidade não existe mais o tempo. Deus atende a todos, no mesmo instante. Quando o professor Felipe fez doutorado em Física no Ita, em Ciências Aeroespaciais, entendeu melhor essa questão do tempo. Na época estudou a disciplina de Teoria Geral da Relatividade,de Albert Einstein, que provou que o tempo e o espaço podem desaparecer. Na eternidade não existe mais tempo e nem espaço. Assim, Nossa Senhora atende os pedidos de todos no mundo inteiro, e ao mesmo tempo. O fiel pode estar na China ou no Brasil e nos Estados Unidos, e para ela todos estão no mesmo lugar. No Céu não há tempo e nem espaço. 11- A Igreja não erra. A Igreja é infalível. A Igreja é Santa. Está no Credo: “Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica...” É dogma de fé. A Igreja não erra em termos de doutrina... Quem erra são os homens, os filhos da Igreja. O padre, sim, pode errar, o bispo pode errar... O Papa pode errar, mas não em matéria de fé... Se ele proclamar um dogma, ele não erra, pois aí entra o dogma da infalibilidade papal. Ele pode errar ao falar de economia ou outro assunto que não seja da fé ou da moral. 12 – Um leigo pode fundar uma escola católica? Sim. Quem tem condições, recursos, capacitação intelectual, pode fundar uma escola confessional católica. Nada melhor para a infância e juventude, ser educado numa escola católica. Tudo deve ser feito seguindo as normas do Ministério da Educação e Cultura (MEC). 13 – O que são os antipapas? O professor Felipe tem três livros sobre “História da Igreja” (até o ano 500; até 1500; e até a idade moderna, de 1500 até o ano 2000), que falam sobre o tema. A história da Igreja foi muito tumultuada, pois Deus é santo mas os homens são pecadores. Muitas vezes, os cardeais elegiam um Papa, mas famílias importantes e poderosas, ou imperadores que tinham interesse em eleger outro papa, elegiam um segundo papa. Só que já existia um Papa legítimo. Isso aconteceu na Igreja por 37 vezes, na Idade Média. O segundo papa era o antipapa. Há muitos anos que isso não acontece mais na Igreja, fato que foi comum na Idade Média, provocado por famílias importantes, imperadores e reis poderosos que forçavam grupos de cardeais dissidentes a elegerem outro papa. Essa eleição, no entanto, não tinha validade. 14 – Confessar sempre ou não? A confissão é para todo tipo de pecado, leve ou mortal. Mesmo sem ter pecado mortal, pode-se confessar. A confissão serve também para aumentar a graça do fiel, a fim de não voltar a pecar. Os santos confessavam semanalmente. Havia santo que queria até confessar diariamente. Quanto mais santo, mais se enxerga o pecado. Quanto mais pecador, menos se enxerga o pecado. O pecador acha que não tem pecado, enquanto o santo acha que está cheio de pecado. O santo tem a luz de Deus dentro dele, e isso o faz enxergar os pecados. 15 – Santa Brígida é uma santa mística da Suécia. Viveu por volta do ano 1400. Foi muito importante na vida da Igreja. Quando os papas estiveram exilados, em cativeiro babilônico, ela e Santa Catarina de Sena foram a Avignon, na França, e conseguiram que o Papa voltasse para a Itália. A Igreja não obriga e também não proíbe as orações de Santa Brígida. Mas é recomendável que não seja imposto aos outros. Santo Agostinho, uma dos doutores da Igreja, dizia : “Na essência, a unidade; na dúvida, a liberdade; em tudo, a caridade”. 16 – O fiel católico pode frequentar culto da família, uma vez por semana, na Igreja Batista? Na opinião do professor Felipe, o católico não deve frequentar outras igrejas. Católico deve rezar na igreja Católica. Deve procurar um grupo de oração, fora da missa. A pregação das outras igrejas pode ser diferente do que o católico acredita, e isso pode influenciar os menos preparados. 17 – Tocar ou não no ostensório durante a exposição do Santíssimo? Quando o padre vai dar a bênção, ele coloca o chamado “véu umeral”, que fica no ombro, para segurar o Santíssimo. Ele envolve o Santíssimo com o véu, com o pano. É um sinal de profundo respeito ao Cristo que está ali. Se o padre faz isso, então é recomendável ao fiel não tocar o Santíssimo. Há bispos que não permitem tocar. O fiel pode estar perto, rezar... e ficar em situação de respeito. 18 – O que pedir a Deus quando orar pelas almas no purgatório? Há setenta orações para as almas no purgatório no livro escrito pelo professor Felipe, que fala das indulgências: “O que são as indulgências”. A mais importante é a indulgência plenária para a alma no purgatório, quando ela deixa esse estado e vai para o Céu. Deve-se fazer uma boa confissão; participar da missa e comungar; rezar em intenção do Papa um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória. Pode-se também escolher uma dessas opções: rezar um Terço em família ou Via Sacra; meia hora de leitura orante da Bíblia (ler meditando) ou meia hora de Adoração ao Santíssimo. Está no Manual das Indulgências, do Papa Paulo VI (hoje, São Paulo VI). 19 – No “Magnificat”, Maria fala sobre a sua alma e espírito. Como definir a alma e o espírito? O CIC (parágrafo 367) explica muito bem. Nós somos formados de corpo e alma, unidos: “Corpore et anima unus”. A morte é quando a alma se separa do corpo. Não somos formados de corpo, alma e espírito. A alma é espiritual. A substância do corpo é matéria e a substância da alma é espiritual. Espírito significa que o homem está ordenado, desde a sua criação, para o seu fim sobrenatural. É a vocação divina do homem. E sua alma é capaz de ser elevada gratuitamente à comunhão com Deus. Espírito, então, não é componente da alma, mas uma vocação da alma. ... -Pergunte e Responderemos de 10/05/2013. Professor Felipe Aquino. Sobre a comunhão espiritual... R – As pessoas que não podem comungar sacramentalmente, não podem receber o Corpo de Cristo (na Hóstia Sagrada), como casais de segunda união, pessoas que estão em pecado mortal, podem fazer a comunhão espiritual. Trata-se do desejo de receber Cristo na sua alma. O fiel recebe Cristo, não só fisicamente pela comunhão sacramental mas também espiritualmente pela comunhão espiritual. Mesmo quem faz a comunhão sacramental, como, por exemplo, comunga pela manhã, pode fazer a comunhão espiritual várias vezes durante o dia, se quiser. A pessoa pode parar um instante, durante o dia, como na hora do almoço ou à tarde, e fazer uma comunhão com Jesus, acolhê-lo na sua alma, clamando: “Vem, Senhor Jesus, mora na minha alma, toma conta da minha alma”. Comunhão significa “comum união”. Com as palavras, pensamentos, desejos, vontade, o fiel pode fazer a comunhão espiritual. Sobre a diferença de números dos salmos nas Bíblias... R - Há a Bíblia grega e a Bíblia hebraica. Os salmos da Bíblia hebraica diferenciam-se da grega a partir do salmo 9. A partir do 9, o salmo da hebraica é um número à frente da grega. Por exemplo, o Salmo 40 da Bíblia da Ave Maria (de tradução grega) corresponde ao Salmo 41 na Bíblia hebraica. Depois, já nos salmos finais, eles se juntam novamente num só número. Grande parte dos salmos na Bíblia de Jerusalém (tradução do hebraico) ficam um número à frente da tradução grega. (Live do Prof. Felipe Aquino, 18/03/2020)) Fundamento bíblico para o domingo ser o “Dia do Senhor”... R - Nos Atos dos Apóstolos encontra-se o Apóstolo Paulo celebrando a missa no domingo (Fração do Pão). Está escrito: “No primeiro dia da semana se reuniam para a Fração do Pão...”, que corresponde à missa. Todos os “Santos Doutores” do primeiro e segundo séculos (Santo Inácio de Antioquia, São Justino...) falavam da missa no domingo. Certamente que aprenderam com os apóstolos, que aprenderam com Cristo... O domingo é o primeiro dia da “Nova Criação”... A “Criação” foi renovada a partir da Ressurreição de Cristo... Jesus Cristo ressuscitou no domingo, então este é o primeiro dia da “Nova Criação”... Este é o fundamento teológico do domingo como “O Dia do Senhor”. (Live do Prof. Felipe Aquino, 18/03/2020) Deus nos castiga quando erramos? R – Deus corrige. A Carta aos Hebreus (Hb 12, 5) fala sobre a correção paterna de Deus para nós: “Deus Educador Paterno: Estais esquecido da palavra de animação que vos é dirigida como a filhos: ‘Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por Ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho.’ É uma citação do Livro de Provérbios 3, 11. Estais sendo provado para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho que seu pai não corrige? Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos. ... “Deus nos corrige para nos transmitir a sua santidade”. ((Live do Prof. Felipe Aquino, 18/03/2020)) PERGUNTA DE Heloísa C.V.: Professor, o que devemos fazer com as atitudes da CNBB, pois estou indignada com a carta de repúdio que eles escreveram hoje? Esses bispos comunistas não me representam e nem representam a Igreja. Eu sei que são os cabeças que são comunistas, pois existem bispos bons, mas os bispos comunistas estão fazendo um grande estrago na Igreja. Isso é vergonhoso... R – Heloísa, a CNBB é muito grande. São quase quatrocentos bispos. Tem bispo da esquerda, da direita, do centro... Agora, eu não sou obrigado a comungar com um parecer político, econômico, financeiro da CNBB. Eu sou obrigado a comungar com um parecer religioso. Quando a CNBB recebe do Vaticano alguma incumbência de interpretar alguma coisa para nós, aí somos obrigados a aceitar no aspecto religioso. Você vê um bispo contradizendo outro bispo. Eu conheço bispo que fala “A” e outro que fala “B”. ... Fique tranquila, não julgue os bispos, não fale mal dos bispos, deixe-os por conta de Deus. Eles são apóstolos de Deus, e deixem eles prestar contas diante de Cristo. Não cabe a nós julgá-los. PERGUNTA DE ALEX ...: Professor, tenho o Catecismo de 1993, de capa preta. Há diferença do Catecismo atual de 2020 de capa amarela? R – O Catecismo de 93 foi o primeiro que saiu, sendo que ele foi aprovado em 92. Em 1997, o Papa pediu e os bispos enviaram sugestões sobre o Catecismo. Aí, pequenas modificações foram feitas... Então, eu aconselho o uso do Catecismo atualizado que é a “Edição Típica Vaticana”, de 1997. Esta é a edição atualizada. PERGUNTA DE Alexandre...: Quando confessamos vários pecados e omitimos apenas um, essa omissão invalida a Confissão inteira? R – Olha, se é um pecado grave e você omitiu, você anulou a sua confissão. Inclusive a pessoa comete um pecado grave, que é o sacrilégio, que deve ser confessado numa outra Confissão ao padre. Você deve dizer: ‘Olha, eu confessei anteriormente e escondi um pecado grave, e quero confessá-lo aqui, agora!’ Não tenha medo. O ouvido do sacerdote já escutou de tudo. Você pode dizer de tudo, que você roubou, matou, adulterou, prostituiu... Conta para o padre tudo... (Transmissão feita no dia 11/05/2020 por Canal do Youtube “Prof. Felipe Aquino”, 123 mil inscritos, com 4.580 visualizações). PERGUNTA DE José.... Considerando a Igreja Católica no Brasil fortemente contaminada pela Teologia da Libertação, ocasionando a perda de um grande número de fiéis para outras denominações religiosas nas últimas décadas, poderíamos dizer que o protestantismo salvou o Cristianismo no Brasil? R – Não chega a tanto. Graças a Deus, tivemos a Renovação Carismática Católica (RCC) mais ou menos cinquenta anos atrás, e ela conseguiu segurar muita gente na Igreja Católica. ... Para mim, a grande salvação nos tempos modernos foram a Renovação Carismática Católica, os movimentos que surgiram na Igreja depois do Concílio Vaticano II, como o Focolares, Encontro de Casais com Cristo, Cursinhos de Cristandade, Encontro de Jovens... Foi a Renovação que trouxe as comunidades de vida e de aliança. Ela trouxe um despertar e o reavivamento do Cristianismo. Agora, eu concordo que infelizmente a Teologia da Libertação fez um estrago muito grande na Igreja porque esqueceu do Sagrado, esqueceu o espiritual, esqueceu a oração, esqueceu os sacramentos, esqueceu a Adoração do Santíssimo... Então, muitos foram procurar Deus no protestantismo. É aquilo que o padre Raniero Cantalamessa (frei capuchinho italiano que foi pregador do Papa) disse: “Fizeram a opção preferencial pelos pobres, e os pobres fizeram uma opção preferencial pelo protestantismo” Por que? Porque deram o pão para os pobres mas não deram Deus. E o Papa João Paulo II falou um dia para os bispos do Brasil: “O povo tem mais fome de Deus do que de pão!”. Ou seja, puxou a orelha dos bispos. (DÚVIDAS DE FÉ, 02/06/2020. Prof. Felipe Aquino. 123 mil inscritos)
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