Jogador de videogame em Brasília Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Setor acredita que medida pode impulsionar acesso ao eletrônico
Para
os aficionados em jogos eletrônicos no país a medida do governo foi uma
“WIN”, vitória em inglês. Isso porque decreto assinado pelo presidente
da República, Jair Bolsonaro, e publicado na quinta-feira (15/08/2019) no
Diário Oficial da União reduziu a carga tributária no setor de games.
A redução do
Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) foi sobre consoles e
máquinas de jogos de vídeo, incluindo aqueles com tela incorporada, além
de partes e acessórios. As alíquotas que variavam de 20% a 50% sobre os
produtos, reduziram-se para um patamar de 16% a 40%.
Na sexta-feira
(16/08/2019), o presidente Jair Bolsonaro comentou a redução pelas redes
sociais. “Sei que é pouco, mas temos que seguir critérios. Acredito que o
volume arrecadado não deva se alterar, tendo em vista o aumento da
demanda”.
O Ministério da
Economia fez as contas da redução e apresentou os números em nota à
imprensa. “A Receita Federal estima que o impacto anual na arrecadação
com a medida será de R$ 1,94 milhões por mês de redução das alíquotas,
para o ano de 2019; R$ 23,80 milhões, para o ano de 2020; e R$ 23,94
milhões, para o ano de 2021”.
A nota do
ministério ainda destacou que por ser um imposto regulatório, no caso, o
IPI, a mudança promovida não fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, que
exige medidas fiscais compensatórias, ou seja, aumento de outro tributo
ou previsão de nova receita quando se abre mão de arrecadação.
O desenvolvedor de
games, Anthony Viana, tem uma empresa que funciona há sete anos em
Brasília. Além de criar jogos eletrônicos para o mercado, a empresa de
Anthony também atende à administração pública. No ano passado, por
exemplo, criou para o governo federal um game sobre os 30 anos da
Constituição de 1988. O empresário acredita que a medida possa ter
impacto em toda a cadeia produtiva do setor.
“É uma redução e
qualquer redução é bem vinda. Espero que continue tendo reduções, porque
o mercado de jogos hoje cresce muito e quanto mais barato for o
console, mais gente comprando, e consequentemente os jogos que estão
sendo desenvolvidos vão ser consumidos por essas pessoas”.
O funcionário
público de Brasília, Fábio Querino, é um consumidor convicto de jogos
eletrônicos. Ele joga à noite e nos finais de semana, e gasta até R$ 300
em games por mês. Para ela, a redução vai chegar na ponta, no público
final.
“Tudo o que for bom
para a indústria de games, acaba sendo bom para o jogador. É mais
variedade de jogos. Isso, no futuro, vai acabar se traduzindo em jogos
mais baratos e jogos com mais qualidade. É isso que a gente quer”.
Setor de games no Brasil
A Associação
Brasileira de Desenvolvedores de Games classificou a medida como
positiva. Em nota a Abragames defendeu que ao reduzir os custos,
especialmente para consoles e computadores, a medida deve promover
aumento no acesso à mídia, podendo impulsionar o consumo de jogos
eletrônicos no Brasil.
Ainda segundo a
Abragames, o Brasil teve um faturamento de cerca de US$ 1,5 bilhão com
jogos virtuais em 2018, o que coloca o país na 13ª posição no ranking
mundial de nações com maior faturamento nesse setor.
.(21/08/2019).
Fonte: www.gov.br. POSTADO POR: Repórter, radialista e blogueiro
Paulo Maciel, de Colatina/ES, nas páginas da web: reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (21-08-2019)
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