Uma
operação do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc) resultou na prisão de um homem que se
passava por estudante de direito para traficar drogas. P.H.M.G., de 25
anos, foi preso depois que uma denúncia anônima chegou ao Departamento.
“A denúncia informava que haveria uma
entrega de comprimidos de ecstasy em um supermercado no município de
Vila Velha. Diante desta informação, os policiais civis se deslocaram
até o local e abordaram um adolescente de 17 anos. Ele portava 200
comprimidos e informou aos policiais civis que estava ali a mando de
outra pessoa”, explicou o titular da Denarc, delegado Diego Bermond.
A partir da nova informação, a equipe do
Denarc foi até o bairro Parque das Gaivotas, também em Vila Velha, onde
localizou o homem citado pelo adolescente. Com P.H.M.G., foram
encontradas quatro gramas de maconha e mais 50 comprimidos, totalizando
250 unidades do entorpecente sintético., A operação foi deflagrada na terça-feira (27/08/2019).
O detido já teve uma condenação pelo
crime de tráfico de drogas pela justiça paulista. Ele afirmou, em
depoimento, que veio de Mato Grosso do Sul para cursar direito e
confirmou que realizava a venda dos entorpecentes. No entanto, a equipe
do Denarc constatou que o suspeito não é matriculado na instituição de
ensino que ele citou.
"Nós acreditamos que ele se valia desse
status de universitário para realizar a venda do entorpecente. Agora
estamos investigando de onde vem essa droga e quem enviou os comprimidos
para o nosso Estado", completou Bermond.
O suspeito foi autuado em flagrante
pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de
menores. P.H.M.G. foi encaminhado ao Centro de triagem de Viana (CTV). O
adolescente foi autuado por atos infracionais análogos aos crimes de
tráfico de drogas e associação ao tráfico e reintegrado à família.
Droga desconhecida
Ainda em depoimento, o conduzido afirmou
que comercializava os comprimidos convencendo os compradores de que se
tratava de ecstasy. No entanto, a Perícia da Polícia Civil (PC) já
constatou que se trata de outro material.
"O laboratório de química já começou as
análises e o que concluímos até agora é que este entorpecente não possui
o princípio ativo MDMA, que geralmente é encontrado no comprimido de
ecstasy. A equipe continua trabalhando para identificar qual é,
exatamente, o princípio ativo", explicou a perita oficial criminal
CalineDestefani.
A análise indicou, até o momento, que se
trata de uma droga estimulante e alucinógena, que pode provocar desde
irritabilidade e agitação até convulsões e taquicardia, que podem levar o
usuário à morte. Os testes para identificar a composição química são
realizados em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo
(Ufes). Se for constatada uma nova substância em circulação no Brasil a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será notificada.
"Isso nos preocupa em razão de não
sabermos ainda quais são as consequências dessa droga. Esses novos
princípios ativos não são desenvolvidos da noite para o dia. Isso vem de
fora, possivelmente da Europa, e o que estamos fazendo, por meio do
Denarc, é prender os responsáveis e identificar as rotas para evitar que
essas drogas entrem no estado", afirmou o Delegado Geral, José Darcy
Arruda.
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