Fonte: http://novosalic.cultura.gov.br - Salic (Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura)
Em homenagem aos 50 anos do movimento musical Jovem Guarda,
será realizado, durante uma semana no mês de setembro de 2015, no Centro
Cultural Banco do Brasil de Brasília (CCBB), um projeto que inclui cinco shows
musicais em teatro e cinco dias de atividades de encontro e debates entre
artistas, estudiosos do movimento e o público. O projeto foi aprovado no Edital
do CCBB. A programação foi planejada por uma curadoria especializada sendo os
shows no teatro fechado, de quarta a
domingo e os cinco encontros com artistas no horário de meio dia e meia. Os
artistas convidados são Jerry Adriani, Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys,
Wanderlea, Getúlio Cortes, Michael Sullivan, dentre outros.Os detalhes sobre a aprovação do projeto estão na página do Ministério da Cultura, como demostrado a seguir.
OBJETIVOS
O projeto tem como objetivo, além da homenagem os 50 anos do
movimento musical que marcou época na história da música popular brasileira, oferecer ao público a
oportunidade de reviver sucessos musicais que ficaram na memória coletiva de uma
geração. É também objetivo do projeto mostrar ao público mais jovem o
significado deste movimento artístico na cultura do país. Estes shows no teatro
terão, além das condições técnicas profissionais de som e luz, roteiros
especialmente elaborados. Os artistas convidados são Jerry Adriani, Wanderlea,
Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys, Getúlio Cortes, Michael Sullivan, dentre
outros nomes emblemáticos que participaram da Jovem Guarda. Para execução do
projeto será criada uma estrutura técnica e artística para os shows com a
finalidade de alcance do objetivo conceitual do projeto, dentro de condições
apropriadas de palco, equipamento de luz, equipamento de som, dentre outras
necessidades específicas. Os shows nos teatros terão valor de ingresso bem
acessível a todas as camadas sociais. As cinco palestras/encontro dos artistas
com o público serão com entrada franqueada ao público. O teatro do CCBB, de
Brasília, dispõe de uma capacidade de 300 lugares e o lugar da realização das
palestras é de 70 lugares. Estas palestras/encontros terão como objetivo
conversar e refletir com o público aspetos importantes do tempo da Jovem Guarda
e o que significou este período musical na história da música popular
brasileira .
JUSTIFICATIVA
Consta da “justificativa” do projeto que a Jovem Guarda foi
um movimento cultural que marcou época no Brasil mesclando música,
comportamento social e a moda de toda uma geração. Surgiu em agosto/1965 a
partir de um programa exibido pela TV Record, em São Paulo, apresentado pelo
cantor e compositor Roberto Carlos junto com Erasmo Carlos e Wanderléa. O
movimento artístico deu origem a uma nova linguagem musical e comportamental,
pois a alegria e descontração que lhe eram típicas transformaram-na em um dos
maiores fenômenos nacionais do século XX. Sua principal influência era o “rock
and roll” do final da década de 1950 e início
dos anos 60. Grande parte de suas letras tinham temáticas amorosas,
adolescentes e açucaradas - algumas das quais, versões de rock britânico e
norte-americanos da época. A atitude insubmissa da Jovem Guarda era mais
alegre, mais lúdica, mais relax e, por tudo isso, mais livre. Isso, sem dúvida,
explica bastante a sua popularidade. Era anárquica, mas delicada. Era
debochada, mas simpática. “Tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda” –
cantava um de seus ídolos. Qual era, então, o valor supremo visado pela
subversão moral da Jovem Guarda? Sem dúvida nenhuma, um valor romântico: o
amor, o prazer, a felicidade afetiva e sexual. A rejeição dos preconceitos era
feita em nome da realização amorosa. Nesse sentido, a Jovem Guarda evoluiu
fatalmente para a música romântica como exemplifica a própria carreira dos seus
mais reconhecidos expoentes. O projeto “Jovem Guarda 50 Anos - Em Ritmo de
Festa” pretende, além da homenagem,
lembrar para os que viveram a época e mostrar para um público mais jovem a importância
deste movimento musical na cultura brasileira. O movimento da Jovem Guarda foi responsável também pelo
desenvolvimento da indústria fonográfica brasileira. A partir do sucesso
estrondoso deste movimento as gravadoras foram instaladas e modernizadas para
atender a imensa demanda provocada pela explosão de sucessos musicais.
Segundo o dicionário Cravo Albim, o culto aos artistas e ao
estilo Jovem Guarda se manteve através das décadas posteriores, criando,
inclusive, novos simpatizantes, admiradores e estudiosos dedicados ao assunto.
Em 1999, Ricardo Pugialli lançou, pela Editora Ampersand, o livro "No
embalo da Jovem Guarda", no qual remonta a partir de reflexões diversas o
panorama do movimento, sua influências e decorrências. No ano 2000, o escritor Marcelo
Fróes, estudioso do movimento, lançou o livro "Jovem Guarda - Em ritmo de
aventura", em que encaminha, além de dados sobre o movimento, reflexões
sobre seu significado no quadro da cultura nacional. São numerosos os
depoimentos de artistas que surgiram posteriormente ao período final da Jovem
Guarda, atestando sua importância.Para o público que viveu esta época, o projeto tem o
objetivo de oferecer momentos de emoção e de alegria. Para o público mais jovem
o projeto objetiva mostrar a importância deste movimento musical como propulsor
dos movimentos seguintes da história da nossa música.
ACESSIBILIDADE
O teatro fechado do CCBB atende todas as exigências de
acessibilidade dos portadores de necessidades especiais como acesso, poltronas
e banheiros adaptados, além de pessoas para a orientação dos portadores de
deficiência.
DEMOCRATIZAÇÃO DE ACESSO
Todos os shows realizados no teatro fechado do CCBB
Brasilia, como é de praxe dessa instituição, terão ingresso a preço popular,
possibilitando o acesso do público de diferentes camadas sociais ao projeto. Os
valores cobrados serão de R$10,00 e R$5,00. Em atendimento ao disposto no Art. 30, da Instrução
Normativa n° 1, de 24 de junho de 2013, adotaremos como uma das medidas de
democratização de acesso o item VII – serão realizadas cinco palestras com
entrada gratuita conforme descrito nos objetivos do projeto e cujos conteúdos
estão especificados em especificações técnicas do produto. O público estimado
nas palestras/encontros, de aproximadamente 70 pessoas em cada, no total de
350, será do público em geral, interessados no tema, estudantes de música e
estudantes em geral.
CURRÍCULOS
Jerry Adriani - cujo nome verdadeiro é Jair Alves de Souza,
nasceu em 29 de janeiro de 1947, no Brás, na cidade de São Paulo. Começa sua
vida profissional em 1964, com a gravação do LP, "Italianíssimo", e
no mesmo ano gravou seu 2º LP , "Credi a Me". Apresentador do
programa Excelsior a Go Go, na antiga TV Excelsior (Canal 9), atual RedeTV!, em
São Paulo. Entre 1967 e 1968, já na antiga TV Tupi, (Canal 4), atual SBT em São
Paulo, passou a apresentar A Grande Parada, ao lado de grandes artistas, como
Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marília Pera. Em 1969 Foi
responsável pela ida de Raul Seixas para o Rio de Janeiro. Na década de 90,
gravou um disco que trazia de volta as origens do Rock in Roll, com o tema
"Elvis Vive", um tributo a Elvis, sendo este o 24º disco da sua
carreira. Em 1994, a convite de Cecil Thiré, participou da novela 74.5 uma onda
no ar, produzida pela TV PLUS e exibida pela Rede Manchete, exibida também em
Portugal com grande sucesso.
Renato e Seus Blue Caps - Grupo formado no início dos anos
de 1961 pelos irmãos Renato Barros, Ed Wilson e Paulo César Barros, Euclides de
Paula e Gelson, jovens moradores do bairro da Piedade, no Rio de Janeiro.
Tocaram no rádio e em programas de televisão, como Os Brotos Comandam, da TV
Rio, apresentado por Carlos Imperial. Gravaram o primeiro compacto em 1962 e se
notabilizaram principalmente pelas versões que faziam de músicas de língua
inglesa. Em 1963 Ed Wilson saiu do grupo e iniciou carreira solo, sendo
substituído por Erasmo Carlos, que teve uma participação breve no grupo.
Tornaram-se um sucesso se apresentando no programa Jovem Guarda, em shows,
festas e bailes. Em 1966 apareceram em dois filmes: Na onda do iê-iê-iê e Rio,
Verão & Amor.
Wanderléa - Tornou-se famosa durante a Jovem Guarda, fazendo
sucesso juntamente com seus amigos Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Trabalhou
como atriz principal no filme brasileiro "Juventude e Ternura"
(1968), direção de Aurélio Teixeira, bem como contracenou com Roberto e Erasmo
em "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" (1968) de Roberto Farias
entre outros filmes. Um grande sucesso de Wanderléa, "Te Amo", esteve
na trilha sonora nacional da novela Caras & Bocas, da Rede Globo. A mesma
música já havia entrado para a trilha de uma novela dos anos 90, Pedra Sobre
Pedra. Graças a essa canção, Wanderléa voltou a ter destaque na mídia
Marcelo Froes - Produtor musical, pesquisador, um dos
maiores estudiosos da Beatlemania e autor do livro “Jovem Guarda Em Ritmo De
Aventura”. Repleto de histórias sobre as origens do rock nacional, o livro
mostra como a Jovem Guarda aconteceu em ritmo de aventura: desde as trajetórias
de Wanderléa, Erasmo e Roberto, até as fofocas dos bastidores. Uma surpresa é
constatar que vários artistas que hoje tomaram novos caminhos na MPB começaram
na Jovem Guarda. Marcelo Fróes criou o selo “Discobertas” com inúmeras edições
de CDBs da música popular brasileira
A MPB Marketing tem uma larga experiência em criação,
produção, captação de recursos e inscrição em leis de incentivo de projetos
musicais e agenciamento de artistas. Hoje a empresa tem uma filial em São
Paulo, com um escritório comandado pela sócia Giselle Kfuri que reside na
cidade. Suas sócias, Solange Kafuri e Giselle Kfuri, atuam no mercado de
produção e criação de projetos desde 1988. Além da criação e produção de
diversos shows e eventos, a empresa agencia alguns artistas da MPB entre eles:
Roberto Menescal, Marcos Valle, João Donato, e outros, com quem realiza
diferentes espetáculos no Brasil e no exterior.
Humberto Braga - Profissional de Artes Cênicas - Diretor de
Produção capacitado no Sindicato de Artistas e Técnicos do Rio de Janeiro, atua
no campo cultural e artístico há mais de trinta anos Exerceu a função em
diversos projetos no CCBB, do Rio, de Belo Horizonte - Bom de se Ouvir bom de
Aldira, em 2014, em Brasília - Dois prá lá Dois prá cá, no CCBB itinerante em
diversas capitais do país. Ministra cursos de Perspectivas do Ator e Empreendedorismo
na Casa de Artes de Laranjeiras - CAL.
Denise Grimming - Produtora cultural desde 76. Até 81 atuou
em mais de 20 filmes de curta e longa-metragem, como roteirista, na direção ou
na produção. De 79 a 86 coordena, administra e faz assistência de direção de
mais de 50 duplas de artistas para o Projeto Pixinguinha - FUNARTE. Fez a
produção e direção artística das casas Jazzmania (92/95) e do Rio Jazz Club
(93/94). Foi produtora executiva das exposições Picasso-Anos de Guerra (99),
Esculturas Monumentais Européias (99), Viver-François Marie Banier (99) e
Mostra Surrealismo (CCBB-RJ, 2001), Por Ti América (CCBBs RJ, SP e Brasília
2005-2006), da obra Nuvem - IluminaRIo (outubro 2008). Fez a Produção técnica
do show Sempre Bossa Nova-50 Anos Depois. Atualmente presta serviços de gestão
cultural ao Festival Anima Mundi desde 2002, Aprazível Edições, entre outros.
Irlan Rocha Lima - mediador das palestras - Um dos mais
importantes jornalistas de Cultura do DF. Trabalha no Correio Braziliense desde
os anos 1970, dedicando-se, sobretudo, às coberturas musicais. Há mais de 35
anos escrevendo em jornais acompanha de perto o que acontece na música
brasileira. E também viu nascer e fazer sucesso em todo o país artistas e
bandas brasilienses. O jornalista já entrevistou grandes nomes do samba, como
Cartola, Nelson Cavaquinho, Clementina de Jesus, Chico Buarque e Paulinho da
Viola.
Pedro Sobrinho (Pedro Só) - mediador das palestras - Como jornalista conta no seu currículo atividades como repórter do JB, editor da Bizz e da revista Billboard. Participa de diversos eventos sobre música, dentre eles o Seminário Integração pela Musica. Acompanhou os Paralamas do Sucessos em viagem feita pela América do Sul, especialmente no Uruguai e Argentina resultando numa entrevista sobre o trabalho deste grupo artístico.
Pedro Sobrinho (Pedro Só) - mediador das palestras - Como jornalista conta no seu currículo atividades como repórter do JB, editor da Bizz e da revista Billboard. Participa de diversos eventos sobre música, dentre eles o Seminário Integração pela Musica. Acompanhou os Paralamas do Sucessos em viagem feita pela América do Sul, especialmente no Uruguai e Argentina resultando numa entrevista sobre o trabalho deste grupo artístico.
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