Explicação sobre textos bíblicos Lc 1, 39-45; Mq 5, 1-4a e Hb 10, 5-10
- PESQ. por repórter Paulo Maciel, de Colatina-ES, PARA: Paulo Roberto Maciel Maciel - @paulorobertomaciel6/ - @paulorobertomacielmaciel7919 - reporterpaulomaciel.blogspot.com - Paulo Roberto Maciel Maciel
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| CATEDRAL. POR repórter Paulo Maciel. Colatina, 22-12-24 |
- Eis uma explicação para o Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39-45), uma espécie de interpretação de texto ou reflexão. A passagem trata da visita de Nossa Senhora a Santa Isabel. Maria foi apressadamente à região montanhosa de uma cidade da Judeia. O anjo Gabriel havia falado a Nossa Senhora que para Deus nada é impossível e por isso sua prima Isabel, idosa, estéril, está grávida de seis meses, esperando São João Batista. Ela não tem filhos, mora somente com o marido, o também idoso Zacarias, em Ain Karin. Ele é sacerdote no Templo de Jerusalém, a dez quilômetros de sua casa, e tem seus compromissos religiosos, podendo deixá-la sozinha em alguns momentos. Maria não pensou duas vezes e, tendo Jesus como um embriãozinho em seu ventre, andou 150 quilômetros até à casa de Isabel. Ao chegar e saudar a prima, esta ficou cheia do Espírito Santo, ou seja, foi batizada no Espírito de Deus, e o menino João Batista estremeceu no seu ventre, isto é, ficou liberto do pecado original diante da presença de Jesus no seio de Maria. Isabel, pela revelação do Espírito Santo, soube da gravidez divina de Maria, e gritou que ela era bendita entre todas as mulheres... O Espírito Santo fez Isabel entender que no seio de Maria estava o seu Deus humanado sendo gerado, e por isso declara: "Bendito é o fruto do seu ventre" e "Como posso merecer que a mãe do meu Senhor (Deus) me venha visitar?"... Maria é mãe do Verbo humanado, do Verbo feito homem. No Concílio de Éfeso, em 431 d.C., para debelar a heresia do patriarca Nestório, de Constantinopla, que negava que Maria fosse mãe de Deus, a Igreja colocou claramente que Maria é "Theotókos", termo grego que significa "mãe de Deus". Jesus é uma pessoa divina num corpo humano... O profeta Miqueias (700 a.C.), no capítulo 5, versículos de 1-4a, anuncia que o Salvador Jesus Cristo nascerá na pequenina Belém de Efrata, especificando o local, pois havia outra Belém. José, esposo de Maria, era da tribo de Judá e de Belém e foi para esta cidade se alistar no recenseamento determinado pelo imperador romano. Foi aí que a profecia se cumpriu, e Jesus ali nasceu... O próprio rei Herodes, ao chamar os escribas para saber onde o Messias deveria nascer, soube que era em Belém de Efrata e, assim, mandou matar todos os meninos na faixa etária de menos de dois anos daquela cidade... A Carta aos Hebreus (Hb 10, 5-10) mostra pontos fundamentais, dizendo que no Livro (Salmos) está escrito a respeito de Jesus. Depois do pecado original, a humanidade perdeu o paraíso, onde estava nas pessoas de Adão e Eva. O primeiro pecado feriu a majestade infinita de Deus. E como Deus é misericordioso, mas é justo, exige uma reparação, pois o pai que não corrige o filho não é um bom pai... E esta reparação teria que ser de valor infinito pois foi ferida a majestade infinita de Deus. Não foi uma ofensa a uma pessoa, a uma autoridade humana, e por isso se torna uma culpa infinita. E para poder reparar essa culpa, foi preciso oferecer à Justiça Divina um sacrifício de valor infinito. Por isso Cristo afirma diante do Pai: "Tu não quiseste vítima nem oferenda (de ovelhas ou bois), mas formaste um corpo (humano)...". Ou seja, o Verbo, o Filho de Deus, aceitou a missão: "Eis que Eu venho, para fazer a Tua vontade!" E veio como homem, mas também como Deus, a fim de pagar o preço do pecado da humanidade. Quem tinha que pagar era um homem, pois o pecado foi humano, por isso Ele veio como homem, nascendo da Virgem Maria. E, sendo também Deus, Ele pôde oferecer na cruz o valor da sua vida humana e divina para satisfazer a Justiça de Deus. Deus não pode morrer, e na pessoa de Jesus estava também o Verbo (Pessoa Divina)... Na cruz, Jesus morre, então, enquanto homem, mas não morre enquanto Deus... Mas o valor da vida dele, passando pela morte, é infinito, pois trata-se de alguém que é Deus (encarnado)... Com isso, o Demônio foi desbancado e teve que libertar a humanidade de suas garras. O ser humano voltou a ser liberto, então, pelo batismo, que aplica a redenção (morte e ressurreição de Cristo). Cada um morre (como na morte de Cristo) para o Demônio e renasce (como na ressurreição de Cristo) para Deus, como seu filho, membro da Igreja de Cristo, templo do Espírito Santo e herdeiro de novo do Céu... O Filho, por amor infinito ao Pai, para salvar a obra do Pai - a humanidade que estava perdida -, disse: "Eu desço lá, dá-me um corpo para Eu fazer a vossa vontade!". Esse é o amor de Deus por todos. Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único par a salvação da humanidade. A eternidade inteira é pequena para agradar a Deus, para louvar, bendizer e agradecer a Deus... Tudo foi gratuito, sem nenhum mérito do ser humano. - (Redig. por PRM, após pesq. no Canal do YouTube 'Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino' - 22/12/24)
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