quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Rio Doce ganhará Centro de Desenvolvimento de Águas e Florestas

A Bacia Hidrográfica do Rio Doce localizada no Espírito Santo necessita de estratégias de conservação e restauração florestais aliadas à proteção dos mananciais, principalmente nas sub-bacias dos rios Guandu, São José e Santa Maria. Para aumentar o número de ações e ampliar o potencial dos projetos desenvolvidos na região, foi firmada uma parceria entre o Instituto Biotlântica (Ibio) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).
O protocolo de compromisso entre as instituições foi assinado no dia 13 de novembro, com a presença da secretária de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Diane Rangel, e do diretor-presidente do Ibio, Eduardo Figueiredo, e representantes dos comitês de bacia dos rios Doce, Guandu, São José e Santa Maria.
Desde 2011, o Ibio atua como Agência de Águas da Bacia do Rio Doce e como braço executivo dos comitês de bacias hidrográficas do Rio Doce. A cobrança pelo uso da água já funciona na calha federal, porém ainda não foi instituída nas bacias afluentes capixabas, o que compromete a aplicação de recursos do Estado e a estruturação de programas regionais.
A criação do Centro de Desenvolvimento das Águas e Florestas do Rio Doce tem, entre seus objetivos, facilitar a aplicação dos recursos oriundos da cobrança pelo uso da água na porção do Espírito Santo.
Esta ação se dará através da integração de políticas públicas de recursos hídricos e florestais por meio do fortalecimento das metas do Programa de Recomposição de Nascentes e Áreas de Preservação Permanentes (P52) do Plano de Ação de Recursos Hídricos da Bacia do Doce (PARHs) e do Programa Reflorestar, coordenado pela Seama.
“É desafio é integrar políticas públicas em qualquer das diversas territorialidades do Brasil. Por isso, é importante valorizar as parcerias institucionais que nos permitem aliar políticas de infraestrutura, uso do solo, recursos hídricos e florestais”, comentou a secretária Diane Rangel.
Os recursos da P52 serão aplicados no mapeamento das melhores áreas para recuperação do ponto de vista de incremento de água, na aplicação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em áreas escolhidas, e na elaboração dos Projetos de Recuperação Ambiental (PRA), totalizando 500 ha de áreas a serem recuperados.
“Sempre buscamos integrar as agendas das duas instituições. Unir recursos técnicos, financeiros e humanos. Estava faltando segurança para os comitês de bacia e os recursos não são do Ibio, que representa a Agência de Águas, porém agora podemos contar com apoio do Estado”, comentou Eduardo Figueiredo.

O Programa Reflorestar entrará com os recursos necessários para a aquisição dos insumos previstos nos projetos de recuperação ambiental. Entre eles, mudas, hidrogel, grampos, mourões, estacas e arames.

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