sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

PARA PENSAR: ARTIGO REFLEXIVO SOBRE A CRÍTICA NECESSÁRIA

Texto: Repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, para a rede social facebook.com/paulomacieldaradio e o blog reporterpaulomaciel.blogspot.com
(13-01-2016)///
Eu costumo conversar com muitas pessoas. E é incrível como encontro gente reclamando de alguns enfoques que certos editores de telejornais dão ao seus informativos!
"Ver jornal pra quê???!!! Só tem coisa ruim!!!", é o que costumam me dizer alguns amigos, parece que querendo espantar mais estresse em suas vidas. Tento explicar, mas não tem jeito. Há pessoas que "detestam" certos noticiários de TV. Eu, que gosto de todos os tipos de jornais (televisivos ou impressos), também percebo que certos âncoras só vêem o lado "ruim" da notícia, ainda que ela seja "boa" (positiva). Passam a idéia de que eles é que sabem de tudo o que é preciso fazer. Entendo que a academia nos faz ter esse caráter crítico e questionador de tudo, mas ninguém (pelo menos uma boa parte da população) aguenta o/a jornalista/repórter/apresentador/blogueiro/analista/comentarista/colunista pessimista e derrotista todo tempo, o tempo todo. Só se for o José Simão (Folha de São Paulo), com aquela veia humorística sem igual. Me perdoem, mas "haja saco" para quem só "destila veneno", só enxerga o lado "b" da notícia, sem ponderar um pouco, sem relaxar, sem dar um tom mais ameno aos fatos do dia a dia, ainda que tenhamos a devida consciência de que esses acontecimentos "poderiam ser melhores".
Entendo que é preciso desarmar um pouco os corações. Tudo passa. Tudo vai passar. Não que sejamos sempre cordeirinhos. Devemos, sim, ficar diuturnamente de antena ligada, de prontidão. E, quando necessário, vamos escancarar o fato, dissecá-lo, e exigir explicações, providências, soluções, "pegar no pé", até esgotar o tema. Há coisas que estão doendo no bolso do consumidor e que passam ao largo das análises diárias dos críticos contumazes...
E, por falar nisso, de quanto foi mesmo o reajuste das tarifas de água/lixo em Colatina/ES em 2016, heim? 1º AUMENTO: Água em 16,78% e resíduos (lixo) em 21,39%, a partir de 1º/02/2016. TOTAL DO 1º AUMENTO NO TALÃO/ FATURA (incluindo água e lixo) = 38,17%; 2º AUMENTO: Água em 8,4% e resíduos (lixo) em ...??? a partir de 28/12/2016. TOTAL DO 2º AUMENTO NA FATURA (incluindo água e lixo) = 16,4%.
Total do reajuste da água no ano = 25,18% (16,78+8,4%); Total do reajuste de resíduos (lixo) no ano = 29,79% (21,39%+8,4%). (Isto, se o segundo aumento da taxa de resíduos (lixo) for o mesmo que o da água, de 8,4%, pois a consulta ao site do Sanear, para verificar esses detalhes, é de uma DIFICULDADE SÓ). TOTAL DO AUMENTO NO TALÃO/FATURA DO SANEAR NO ANO DE 2016 (água + resídios (lixo) = 54,97%). Quem mais lucrou tanto assim em 2016?
E não adianta focar no princípio educativo, vir com a conversa de que é preciso economizar. Tem muita gente (e acho que é a maioria) que está economizando, fazendo a racionalização do uso da água, reduzindo o consumo, pegando água da chuva ou de fontes, comprando água mineral, e isso não se traduz em uma contrapartida, ou seja, na redução do pagamento na conta final da fatura. Além disso, quem paga a conta é pego de surpresa, pois não é informado com antecedência, no talão, que haverá reajuste e nem quais os critérios. E o direito do consumidor? Em suma: O sustentador do sistema pode economizar, racionalizar, comprar mineral, pegar água de nascentes, e o que receberá em troca é o aumento do valor cobrado no talão.
Isso só vem mostrar para nós, simples mortais e leigos no assunto, que de nada adiantou a ação que fez a companhia de saneamento deixar de cobrar uma tal taxa de esgoto/efluentes. Ou seja, o consumidor e mantenedor do sistema mais atento observa que a empresa passou a cobrar de uma outra forma, subliminarmente. É o que se pode derpeender, numa observação mais criteriosa, desse "carregamento na tinta" em 2016 nas contas dos usuários do sistema.
E é bom ficar atento, pois a tarifa de esgoto deverá voltar, após a conclusão dessas prolongadas obras, com financiamento do BID, de construção do sistema de captação e tratamento de esgoto em Colatina. E quando isso ocorrer, para quanto vai a conta do usuário/contribuinte consumidor?
E a lei federal que diz que os orçamentos só devem ser reajustados com a inflação do ano anterior? E a forma de administrar a empresa com cortes e enxugamento de despesas e gastos, com otimização, com enfoque na eficiência e oferecimento de preços mais competitivos e justos para seus clientes/usuários/mantenedores? E os vazamentos que continuaram ocorrendo nas tubulações e reservatórios de água em 2016? Um deles durou praticamente toda a madrugada...
Andei fazendo comparações com tarifas de outras cidades... Vi, por exemplo, a fatura de um talão da Cesan, em Vila Velha/ES, na zona central da cidade. Um imóvel com duas residências e um só hidrômetro: Água: R$ 36,63 (consumo: 17); esgoto residencial: R$ 31,68. TOTAL DA CONTA = R$ 68,31.

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