O Espírito Santo enfrenta uma crise hídrica sem precedentes
na história. As tendências para os próximos meses indicam que as chuvas devem
ser abaixo da média em todo o Estado. A seca vem causando muitos prejuízos à
produção capixaba, notadamente ao café conilon, principal produto agrícola do
Espírito Santo. Diante destas circunstâncias, o Instituto Capixaba de Pesquisa,
Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) orienta os cafeicultores
capixabas com relação às práticas mais adequadas que podem ser adotadas na
plantação. A proteção do solo continua sendo uma das práticas mais necessárias.
O Incaper sugere que o cafeicultor mantenha o solo coberto o máximo possível,
fazendo a roçada para manter o mato baixo. O controle do mato é uma técnica
extremamente sustentável, que ajuda a manter a umidade do solo e o fornecimento
de matéria orgânica à planta. Produtores que possuem lavouras irrigadas devem
aproveitar o momento para fazer o melhor manejo possível da irrigação. Além de
definir adequadamente a quantidade de água que será disponibilizada às plantas,
é necessário ajustar o intervalo entre uma irrigação e outra. Ao estabelecer quando
e em quanto tempo será acionado o sistema de irrigação, o cafeicultor propicia
o melhor crescimento de planta, frutos e grãos. Além disso, economiza-se água e
energia elétrica. Isso porque os cálculos levam em consideração expectativa de
chuva, temperatura, tipo de solo, estágio de desenvolvimento e potencial de
produção da planta. Dessa forma o cafeicultor só aciona o sistema de irrigação quando necessário e durante o período exigido pela lavoura, sem desperdícios, contribuindo assim, para a sustentabilidade da atividade. Para as lavouras que receberam a poda, deve ser dada atenção especial ao momento e à forma de
desbrota. Com a seca extrema, o desenvolvimento dos brotos também está sendo
prejudicado. Mas é preciso vigilância constante, para não passar da hora: a
desbrota deve ser feita quando o broto tiver entre 10cm e 20cm, cuidadosamente.
O Incaper orienta deixar de 3 a 4 brotos na planta, dependendo do espaçamento.
Os brotos que permanecerem no pé de café devem estar bem distribuídos,
localizados na parte inferior e externa do caule. O produtor pode aproveitar o
momento para planejar a adubação do cafezal, após a análise de solo e folha.
Para isso, é imprescindível que o solo esteja com boa umidade. O ideal é
aplicar adubo, químico ou orgânico, após chuva de boa intensidade ou irrigação.
O solo molhado permite o deslocamento dos nutrientes até as raízes e sua
adequada absorção. Aplicar adubo com o solo seco é desperdício: os nutrientes
não são aproveitados pela planta e o produtor acaba tendo prejuízo. Recomenda-se
também o monitoramento constante de pragas e doenças: ferrugem, broca do fruto,
cochonilha da roseta e broca da haste são problemas potenciais que podem
manifestar com maior ou menor intensidade nestas condições. Dependendo do
resultado do monitoramento, o produtor avalia, junto com um técnico do Incaper,
se há necessidade de controle. Isso porque, com a seca, a incidência de algumas
pragas e doenças pode diminuir, e não há necessidade de aplicação de
defensivos. A adoção das técnicas desenvolvidas e recomendadas pelo Incaper é
fundamental para uma melhor convivência com a seca, garantindo bons resultados
na lavoura. Para obter mais orientações a respeito das técnicas de manejo do
cafezal, o produtor deve procurar o Escritório Local de Desenvolvimento Rural
do Incaper do seu município. Fonte e informações Adicionais: Site da Secretaria
Estadual da Agricultura. Assessoria de Comunicação – Incaper. Juliana Esteves -
juliana.esteves@incaper.es.gov.br;
Luciana Silvestre Girelli- luciana.silvestre@incaper.es.gov.br;
Vanessa Covosque vanessa.covosque@incaper.es.gov.br;
Tatiana Caus – tatiana.souza@incaper.es.gov.br.
Texto: Juliana Esteves. Foto: Divulgação. Tel.: (27) 3636-9868 e (27) 3636-9865.
Twitter: @incaper Facebook: Incaper. (12-01-2017)
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