Texto: Paulo R. Maciel p/o
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O noticiário dos jornais impressos e da TV – da mídia em
geral - está muito “carregado” nesse momento. Parece que esse processo caminha num crescendo que não acaba mais. Já há até quem diga: “Chega de ver
noticiário, é só notícia ruim!” Acho que não é a solução, pois seria “tapar o
sol com a peneira”. Mas, ao observar os focos principais da imprensa nos últimos tempos,
dá até medo do que pode acontecer no futuro se não houver equilíbrio,
temperança, sobriedade...Os aspectos negativos da sociedade brasileira (em
todos os setores) estão muito presentes e muito expostos. Não é só na política, não. Parece que
há um tecido social corrompido como um todo: setores da economia, da juventude,
da educação, da cultura... É taxista
atacando violentamente carro de Uber em São Paulo, é um estupro coletivo não
muito bem explicado no Rio de Janeiro, é gente ocupando escola politicamente em
várias partes do país, são dezenas de banheiros públicos inativos por terem
sido alvo de vandalismo em Vitória, é motorista praticando recorde de
velocidade nas estradas paulistas no feriadão de Corpus Christi, é denuncismo
político atingindo de A a Z....
Parece que a mídia vem nos passando uma
ideia de que, a se confirmarem os prognósticos, o “jeitinho brasileiro” está
sendo aplicado cada vez com mais frequência e grande parte, ou uma parte
significativa da sociedade, está corrompida. Será que vamos ter que dizer: “O
último que sair, apague a luz”, “Aquele que não é corrupto que atire a primeira
pedra”, “Não há luz no fim do túnel”...
?
Coincidentemente, neste domingo (29/05/2016), eu estava
vendo o programa “Encrenca” (Rede TV) e foi mostrada uma pesquisa interessante: Num
logradouro público, foi colocada uma mesa com relógios à venda, com preço
estipulado e uma caixinha para depositar o dinheiro. Não havia nenhum vendedor
do local, só a indicação do preço e do cofrinho para colocar o valor
correspondente. Resultado: nos EUA os transeuntes agiam corretamente, ou seja,
adquiriam o produto e depositavam o dinheiro na caixinha; no Brasil, ao
contrário, foi mostrado um final melancólico em que os relógios acabaram sendo
roubados e o pouco dinheiro do cofrinho (depositado pelos honestos) também.Segundo pesquisa Índice de Confiança Social (ICS) 2015, do Ibope, as instituições mais pontuadas em credibilidade foram: Corpo de Bombeiros (81%), Igrejas (71%), Forças Armadas (63%), Meios de Comunicação (59%), Escolas Públicas (57%), Empresas (53%), Organizações da Sociedade Civil (53%), Polícia (50%).
PS: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."(Obras Completas de Rui Barbosa. V. 41, t. 3, 1914. p. 86) Fonte: www.casaruibarbosa.gov.br | |
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