domingo, 15 de março de 2015

São Paulo, o maior apóstolo de Cristo Jesus


Texto e foto reproduzida de uma imagem impressa: Paulo R. Maciel

Ao assistir pela segunda vez ao filme “Paulo de Tarso” (Coleção Bíblia Sagrada, Edição Especial), resolvi escrever uma pequena biografia do apóstolo São Paulo, para apreciação dos leitores. Ele era chamado Saulo de Tarso, antes da conversão. Convertido pessoalmente por Jesus redivivo, passou a se chamar Paulo de Tarso, e recebeu a missão de espalhar a mensagem cristã por toda a terra. Os católicos o tratam como São Paulo, e há quem se refira a ele como Apóstolo Paulo, Apóstolo dos Gentios, entre outros títulos. Estudou na Escola de Gamaliel, em Jerusalém, concluindo o curso de rabino ou sacerdote judeu, sendo da ala farisaica, ou seja, um zeloso e fiel cumpridor das leis religiosas nas quais acreditava. Opôs-se aos seguidores de Jesus porque os estudos que recebeu não comprovavam que o Nazareno era o tão esperado Messias citado pelo Antigo Testamento. Com isso acreditava que seguia fielmente suas convicções ao “caçar” os que supostamente blasfemavam. Paulo era judeu, nascido na cidade de Tarso, cuja família lhe deu também o título de cidadania romana. Sua profissão era tecelão ou fabricante de tendas, que tinha uma importância significativa para as comunidades de sua época. Seus familiares eram comerciantes. Não conviveu com Jesus, como fizeram os outros apóstolos. Só se manifestou na perseguição aos partidários de Jesus Cristo, após a morte e ressurreição deste, ressurreição esta em que não acreditava. Na época, havia um exímio pregador cristão em Jerusalém chamado Estêvão, que andava com os apóstolos, chamando todos à conversão. A convicção deles era de que o Deus de seus pais havia ressuscitado Jesus, tornando-o chefe salvador para dar a Israel a graça da conversão e o perdão dos pecados e destes fatos eram testemunhas. Estêvão, que tinha Jesus como Salvador, Messias e Deus, foi morto a pedradas por “blasfêmia”, tendo o sacerdote Saulo presenciado a aplicação da pena. No limiar do cristianismo, com alguma efervescência das pregações e conversões em cidades importantes, o sacerdote Saulo de Tarso recebeu ordem escrita dos principais sacerdotes de Jerusalém para ir em comitiva a Damasco prender os cristãos daquela região. Foi justamente na estrada de acesso ao seu destino, que Jesus Cristo redivivo o fez cair do cavalo literalmente, convertendo-o. Naquele momento histórico para o cristianismo, uma luz intensa ofuscou a vista de Saulo e a voz de Jesus ressoou no céu: “Saulo, Saulo, por que me persegue?” E Saulo perguntou: “Quem és tu, senhor?” E a voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você persegue.” Em seguida, Jesus lhe disse que fosse até Damasco, para encontrar-se com Ananias, que curaria a sua cegueira e daria novas instruções. Saulo ficou cego e em jejum durante três dias, até a visita de Ananias, que levou-lhe a cura em nome de Jesus. Nesse caso, Ananias também recebeu mensagem de Jesus para ir ter com Saulo na casa da rua Direita, onde informou-lhe que ele foi escolhido como instrumento para levar a Palavra do Mestre a todos os povos. Jesus disse: “Eu mesmo lhe mostrarei o quanto deverá sofrer por amor do meu nome.” E Paulo, embevecido por tamanha honra exclamou: “O próprio Senhor me chamou!” Foi em nome de Jesus que Paulo viria, tempos depois, a pregar com muito sucesso a Palavra de Deus em todo o mundo e sofrer por isso também. Ananias e Barnabé foram os primeiros companheiros de fé após a conversão de Paulo de Tarso, mas depois somaram-se muitos outros, entre homens e mulheres, pobres e ricos, escravos e senhores, do mesmo modo como acontecia com o ministério de Jesus Cristo. Entre esses seguidores, colaboradores ou cooperadores que ajudaram a divulgar a mensagem de Cristo Jesus podem ser citados Lucas, Marcos, Timóteo, Silas, Tito, Filêmon, Áquila, Priscila e outros. No princípio Paulo sentiu um certo “medo” natural diante da tamanha e magnânima missão que lhe incumbira e confiara o próprio Filho de Deus, mas em seguida deslanchou após fazer o seu “deserto” e se acercar de bons conselheiros e informantes a respeito da vida de Jesus de Nazaré. Ananias o batizou no Espírito Santo. Foi em Damasco  que o Apóstolo dos Gentios começou suas pregações. No princípio a missão se apresentou bastante penosa pois os seguidores de Jesus Cristo tinham medo e não acreditavam na conversão, tendo em vista sua fama bastante difundia de perseguidor dos cristãos. Já os antigos aliados judeus passaram a considerá-lo traidor e colocaram sua cabeça a prêmio. Para Paulo deixar Damasco, os cristãos o colocaram num cesto e o desceram às escondidas pelos muros da cidade, a fim de despistar os soldados. Só assim conseguiu sair ileso de um embate que poderia se transformar numa enorme tragédia. Tempos depois, já cumprindo seu ministério público, Paulo fez milagres em nome do Messias, foi preso e solto, foi perseguido, discutiu seus pontos de vista com os outros apóstolos, com judeus espalhados pelo mundo, convenceu muitos, escreveu importantíssimas epístolas aos seus seguidores, divulgando a mensagem cristã, e morreu muitos anos depois na expectativa da glória na eternidade. Os apóstolos Pedro e Tiago tiveram sérias discordâncias com Paulo, pois os dois queriam que os gentios/pagãos convertidos seguissem as leis e costumes judaicos, como, por exemplo, a circuncisão, a alimentação e vestimenta. Paulo foi totalmente contra a ideia, argumentando que o fundamental era apenas aderir ao Evangelho de Jesus Cristo, à fé no Filho de Deus ressuscitado. Argumentava que a Lei de Moisés, na qual se inspiravam os judeus, não era conhecida pelos gentios, e o importante era que conhecessem e acreditassem em Jesus, seguindo seus ensinamentos, como a máxima “Não faça aos outros o que você não quer que façam a si mesmo”.  E acabou convencendo a todos no Colégio de Apóstolos, sendo selado, então, o compromisso que liberava os gregos e demais povos convertidos ao cristianismo de seguir a prática judaica, ainda que Jesus fosse judeu. Bastava ser salvos pela “Graça do Senhor Jesus”. Disse Paulo: “Se alguém está em Cristo é uma criatura nova; as coisas velhas passaram, tudo se faz novo. Amém”. Para ele, nada poderá nos separar do amor de Deus em Jesus Cristo, Nosso Senhor.  E ainda: Deus quer que todos se arrependam e estabeleceu um dia no qual deverá julgar o mundo por meio de um Homem que enviou (Jesus) e deu a todos uma prova segura ressuscitando-o da morte. Ele subiu ao Céu e nos julgará um dia por termos acreditado Nele, Jesus de Nazaré... Sendo assim, o apóstolo empreendeu uma campanha missionária jamais vista na face da terra, levando o nome de Jesus a todos os povos, cujo ápice seria Roma, a capital do Império. Em suas viagens divulgou com brilhantismo a Santíssima Trindade, formada por Deus-Pai, Deus-Filho Jesus e Deus-Espírito Santo, esmiuçando conceitos, dirimindo dúvidas, normatizando posturas, ou seja, organizando o nascente cristianismo universal. Após a sua conversão na Estrada de Damasco, Paulo continuou a receber mensagens de Jesus Cristo, ora dando-lhe incentivos, ora esclarecendo dúvidas, ora determinando posições. Ele entendia a grandiosidade de sua missão e afirmava que o Espírito Santo o advertia sempre sobre o que o aguardava, como cadeias e tribulações. “Mas não considero minha vida preciosa para mim, contanto que conduza a bom termo o serviço confiado por Jesus de testemunhar o Evangelho da Graça de Deus”.  Sobre o amor, o maior mandamento de Jesus, Paulo o classificava como um sentimento que não é invejoso, não guarda rancor, que tudo desculpa, que tudo suporta, que é paciente, benigno... E dizia também que o que conta é a fé que se manifesta mediante o amor.  São Paulo Apóstolo deu uma grande tacada de mestre quando pediu, durante um julgamento crucial na região do Oriente Médio, que, como portador de cidadania romana, lhe fosse conferido o direito de ser conduzido ao imperador em Roma. Assim, cumpriria a missão que lhe foi dada por Jesus de chegar ao centro do poder no mundo para divulgar o Evangelho. Em Roma, o apóstolo teve mais um firme papel na divulgação do cristianismo e passou da vida terrena para a eternidade, com o seu martírio por amor a Jesus Cristo.  Em 2 Tm 4, 6-8 (Bíblia da Editora Ave Maria), ele praticamente relata a chegada do martírio: “Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima.  Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.”

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