sexta-feira, 1 de setembro de 2017

JUÍZA DEFENDE CATEGORIA DAS ACUSAÇÕES DA POLÍCIA DE SOLTAR PRESOS

Uma representante do Poder Judiciário foi à TV para defender os magistrados, muito criticados por representantes policiais por soltar os criminosos detidos em operações. "A polícia prende, a Justiça solta", é uma acusação muito comum entre os policiais. A crítica é feita também à lei "frouxa", e, neste caso, os culpados são os legisladores - deputados e senadores, que fazem as normas legais. A juíza Gisele de Souza foi ao estúdio do telejornal "Bom Dia Espírito Santo" (TV Gazeta), nesta sexta-feira (1º-9-2017), onde defendeu seus pontos de vista. Informou, por exemplo, que o custo de um preso gira em torno de R$ 2,5 mil mensais, e, sobre o "prende e solta", explicou que o acusado pode ter várias passagens pela polícia e, mesmo assim ser "primário" se ainda não foi condenado pela Justiça.
"O juiz analisa a legalidade e, depois, a necessidade da prisão", disse, ao defender a atuação dos magistrados quando mandam soltar um suspeito. Afirmou que crimes como furtos ligados a dependência química tendem a ser amenizados no julgamento, com a liberação do acusado. Garantiu ainda que o Poder Judiciário não transige com o Poder Executivo, no sentido de soltar criminosos por causa do custo alto da prisão. Sobre o discurso comum da população, em crimes de forte comoção emocional, de penalizar mais duramente o criminoso, a Dra. Gisele entende que esse debate precisa ser mais aprofundado com a sociedade, pois não é a solução. Ela revela que o ordenamento jurídico, ou seja o conjunto de leis existente, está sendo aplicado nos julgamentos da Justiça. Para a magistrada, a onda de criminalidade no estado do Espírito Santo está ligada a crise econômica e, portanto, quando esse problema passar, "o índice de criminalidade será reduzido". TEXTO E FOTOS (reproduzidas de imagens televisivas): Repórter, radialista e blogueiro Paulo Maciel, de Colatina/ES, para os sites facebook.com/paulomacieldaradio e reporterpaulomaciel.blogspot.com (1º-9-2017)

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