quarta-feira, 3 de agosto de 2016

ARTIGO: "Uma máquina que resolve todos os seus problemas imediatamente"

Texto e fotos reproduzidas de imagens da TV: Paulo Maciel p/o blog WWW.REPORTERPAULOMACIEL.BLOGSPOT.COM

Um dia desse eu caminhava pela calçada da Avenida Getúlio Vargas apressadamente, no Centro da cidade de Colatina/ES, após sair de casa. Comecei, então, a internalizar um certo estresse, simplesmente porque as calçadas estavam cheias e passantes andavam vagarosamente diante de mim. Eu estava ansioso para dar um passo à frente e não conseguia. Eu queria andar mais rapidamente, não sei por que! Até que comecei a abrir passagem desviando pelos cantos da rua sobre o meio fio, retornando em seguida à calçada. Fiz isso várias vezes, até que, repentinamente, me deparei, num determinado ponto da calçada, com um cidadão andando de muleta em minha direção. Foi aí que, num clique mental, acordei, me emocionei, e  pensei: 'Meu Deus, por que estou com essa pressa toda? Por que as pessoas tem essa ansiedade toda na rotina do dia a dia?' Passei a caminhar com mais vagar, observando as pessoas, os animais, a vegetação, as edificações... 'Bom dia!', "Olá, como vai?', 'A paz do Senhor!', 'Ei, tudo bem?' ... Aí, nessa mesma linha de pensamento, dias depois, vi uma campanha publicitária da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de São Paulo/SP
, no Jornal do SBT. Uma sugestiva e curiosa máquina, numa tenda armada na rua, propunha: “ENTRE E RESOLVA SEUS PROBLEMAS IMEDIATAMENTE”. Alguns transeuntes olhavam desconfiados, talvez pensando tratar-se de uma pegadinha, outros ficavam parados sem saber o que fazer, muitos passavam adiante sem parar... Alguns arriscaram entrar para ver do que se tratava. E, em sua maioria, saíram lacrimejando de emoção. A tal máquina exibia vídeos com crianças portadoras de necessidades especiais (em cadeiras de rodas, com aparelhos ortopédicos, desprovidas de membros ...) dando depoimentos otimistas sobre a vida e estimulando as pessoas a também terem esse comportamento positivo. Diante daquelas crianças com movimentos comprometidos, limitados, não houve quem não se sentisse egoísta.

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