- PESQUISADO POR repórter Paulo Maciel - de Colatina/ES
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| Carro fino seria solução?. Reprod.por rep.Paulo Maciel, de imgtvrecord.20-7-25 |
- Comemora-se em 22 de setembro o Dia Mundial Sem Carro. Neste ano de 2025, a data é lembrada no estado do Espírito Santo. Eis alguns dados: O planejamento das cidades por décadas foi pensado para a mobilidade por meio do automóvel. Com o aumento da população urbana e a necessidade de mais deslocamentos diários, os problemas envolvendo esse meio de transporte se tornam mais evidentes. De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves, o crescimento dos acidentes de trânsito, muitos dos quais deixando vítimas fatais, e a poluição do ar, causada pela queima de combustíveis fósseis utilizados no abastecimento dos veículos, são dois dos problemas mais visíveis. A "World Car free Day" – Dia Mundial Sem Carro - é uma data celebrada no dia 22 de setembro em cidades do mundo inteiro. Seu objetivo principal é chamar a atenção para a dependência do meio de transporte automotivo, estimulando a utilização de outros modais de transporte. Iniciado na Europa na década de 1970 e chegando ao Brasil no início dos anos 2000, o movimento busca gerar reflexão em relação aos impactos ambientais da utilização massiva de automóveis na vida diária. De acordo com o Observatório do Trânsito do DETRANES o Espírito Santo possui 2.595.452 veículos, sendo cerca de 1,2 milhão de automóveis, 600 mil motocicletas, 252 mil caminhonetes e outros 560 mil de outras modalidades (motonetas, camionetas, caminhões, reboques, utilitários, tratores, ônibus e etc.). Em 2015 eram 891.521 carros. Até 17 de setembro de 2025 o número já era de 1.178.648.559 veículos, um aumento de 32,2% na frota. Entre 2015 e 2025 a frota de motos também aumentou de forma considerável (42.7%) saltando de 421.249 para 601.282. - Taxa de motorização. A taxa de motorização é calculada a partir quociente entre a quantidade total de veículos e a população. No Espírito Santo, a taxa é de 68%. Entre os 78 municípios do estado, 6 possuem mais veículos registrados do que pessoas: Bom Jesus do Norte, Dores do Rio Preto, Iconha, Santa Maria de Jetibá,
Vila Valério e Rio Bananal. - Consequências. Engarrafamentos constantes são uma das consequências do aumento de veículos motorizados nas cidades. O espaço ocupado pelos carros para transportar o mesmo número de pessoas que transporta um ônibus é muito maior. O aumento do número de vítimas de acidentes é outra consequência da dependência do transporte motorizado. Em 2024, 985 pessoas perderam a vida por acidentes de trânsito no Espírito Santo. Em 2025 o número de vítimas já era de 553 até o fim do mês de agosto. Predominam vítimas de motocicletas, do sexo masculino e entre 15 e 44 anos (Fonte: Painel de Mortes no Trânsito - Observatório da Segurança Pública – SESP). A dependência do transporte motorizado também afeta a poluição atmosférica, causando problemas respiratórios e contribuindo para as mudanças climáticas. No setor de transportes, os
caminhões, automóveis e utilitários são os veículos responsáveis por 80% das emissões de gases de
efeito estufa no estado. - Alternativas para a mobilidade. Frente à todas as questões que envolvem a
mobilidade urbana, planejadores e gestores urbanos tem buscado alternativas para o transporte rodoviário em cidades de todo o mundo de acordo com as necessidades e particularidades de cada lugar. Os projetos visam inverter a prioridade dada aos modais de transporte, restringindo o uso do
automóvel, priorizando o transporte coletivo e os modais ativos (bicicleta e a pé). - Alternativas no planejamento urbano. Muitas cidades têm investido em alternativas para tornar o ambiente urbano mais sustentável. Alternativas como as cidades de 15 minutos, cidades compactas, ruas sem carros e
superquadras, incorporam a ideia da multimodalidade, do incentivo à mobilidade ativa para os deslocamentos¹ cotidianos, aproximando os moradores dos locais de comércio e serviços, e da
renaturalização do ambiente urbano por meio da arborização urbana e da implementação de
parques. Tais iniciativas têm impacto direto na qualidade do ar, na saúde física e mental e na
redução de acidentes de trânsito. - Aquaviário. Na Grande Vitória, o Governo do Estado implementou a volta do modal aquaviário em 2023. Atualmente o modal conta com 3 estações operantes e pelo menos outras 5 previstas. - Ciclovias. A Região Metropolitana da Grande
Vitória possui 262,05 km de ciclovias*. Os municípios têm investido no aumento da infraestrutura cicloviária, visando a eliminar as descontinuidades da malha e melhorar a segurança dos usuários. Vitória e Vila Velha dispõem de serviços de compartilhamento de bicicletas... *Fonte: IJSN (mar/2025). - (Pesq. por rep.Paulo Maciel no "site" do IJSN - 22/09/2025)
