segunda-feira, 15 de outubro de 2018

PAPA PAULO VI ELEVADO À SANTIDADE: SÃO PAULO VI

Papa Francisco celebra missa de canonização do papa Paulo VI e Óscar Romero

Papa Francisco celebra missa de canonização do papa Paulo VI e Óscar Romero
O papa Francisco canonizou no domingo (14-10-2018) o papa Paulo VI e o arcebispo salvadorenho dom Óscar Romero. A missa, na Praça São Pedro foi acompanhada por milhares de peregrinos e bispos de todo o mundo. Além deles, outros cinco religiosos também foram canonizados: Francisco Spinelli, Vicente Romano, Núncio Sulprizio, Maria Catarina Kasper e Nazária Inácia de Santa Teresa de Jesus.
Fachada da Basílica de São Pedro. Crédito: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)
“Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente refletido, invocado várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer dos nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como santo os beatos Paulo VI, Óscar Romero, Francesco Spinelli, Vincenzo Romano, Maria Catarina Kasper, Nazária Inácia de Santa Teresa de Jesus e Nunzio Sulprizio; inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos”, disse o papa.
Falecido em Castelgandolfo, aos 80 anos, em 6 de agosto de 1978, após 15 anos de pontificado, Paulo VI foi beatificado pelo papa Francisco, com a presença do papa emérito Bento XVI, em 19 de outubro de 2014. Em 1950, quando ainda era integrante da secretaria de Estado do Vaticano, monsenhor Giovanni Battista Montini (seu nome de batismo) teve importante influência na criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Helder Câmara, bispo brasileiro e idealizador do projeto foi o responsável por apresentar a ideia ao monsenhor, que em menos de três meses, após ser eleito papa deu aval à formação da Conferência brasileira.
Seu pontificado (1963-1978) foi marcado por várias contribuições, entre elas a conclusão e condução do Concílio Vaticano II, o maior marco na modernização litúrgica e doutrinal da Igreja. Foi ele também o responsável pela publicação da encíclica Humane Vitae, documento que defendeu a postura tradicional da Igreja sobre aborto e o uso de anticoncepcionais. Defendeu pobres, trabalhadores e foi o primeiro papa a viajar para os cinco continentes. Em 1968, abriu a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, na Colômbia.
Papa Paulo VI
Na missa de canonização, o papa Francisco afirmou que seguindo o exemplo do apóstolo cujo nome assumira, Paulo VI consumiu a vida pelo Evangelho de Cristo, cruzando novas fronteiras e fazendo-se testemunha no anúncio e no diálogo, profeta segundo ele, duma Igreja extroversa que olha para os distantes e cuida dos pobres. “Mesmo nas fadigas e no meio das incompreensões, Paulo VI testemunhou de forma apaixonada a beleza e a alegria de seguir totalmente Jesus. Hoje continua a exortar-nos, juntamente com o Concílio de que foi sábio timoneiro, a que vivamos a nossa vocação comum: a vocação universal à santidade; não às meias medidas, mas à santidade”, disse o papa.
Já dom Óscar Romero foi beatificado pelo papa Francisco em maio de 2015. Como mártir, ele não precisaria do reconhecimento de um milagre para ser declarado santo, mas foi apresentado um: a cura de uma mulher que sofria grave risco de morrer no parto.
Óscar Romero
“São Óscar Romero soube encarnar, com perfeição, a imagem do Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Por isso, agora e, sobretudo, desde a sua canonização, vocês podem encontrar nele ‘exemplo e estímulo’ no ministério que lhes foi confiado: exemplo de predileção, para os mais necessitados da misericórdia de Deus; estímulo para testemunhar o amor de Cristo e a solicitude pela Igreja. Que o santo Bispo Romero os ajude a ser, para todos, sinais da unidade na pluralidade, que caracteriza o santo povo de Deus”, exortou o papa Francisco.
Óscar Romero nasceu em Ciudad Barrios, em El Salvador. Foi nomeado bispo de San Salvador, em 1977, pelo próprio papa Paulo VI. Seu ministério episcopal foi marcado por luta e defesa dos direitos humanos em meio a uma guerra civil no país. O arcebispo denunciava a injustiça e a miséria na região. Durante os conflitos entre grupos revolucionários e militares, ele criticava a atuação do governo, as injustiças e as interferências estrangeiras. Denunciou crimes contra a humanidade, adquirindo uma série de inimigos na época. Em março de 1980 foi assassinado por um franco-atirador em frente ao altar onde celebrava uma missa na capela do Hospital da Divina Providência.
Na missa de canonização, o papa Francisco disse que dom Óscar Romero deixou as seguranças do mundo, incluindo a própria incolumidade, para consumir a vida como pede o Evangelho, junto dos pobres e do seu povo, com o coração fascinado por Jesus e pelos irmãos. O mesmo, ainda de acordo com o papa, pode-se dizer dos outros que foram canonizados: Francisco Spinelli, Vincente Romano, Maria Catarina Kasper, Nazária Inácia de Santa Teresa de Jesus e também do Núncio Sulprizio. “Todos estes Santos, em diferentes contextos, traduziram na vida a Palavra de hoje: sem tibieza, nem cálculos, com o ardor de arriscar e deixar tudo. Irmãos e irmãs, que o Senhor nos ajude a imitar os seus exemplos!”, finalizou o papa Francisco. (15-10-2018). Fonte: Site da CNBB - cnbb.org.br.  15/10/2018  InternacionalCom informações do Vatican News. POSTADO POR REPÓRTER, RADIALISTA E BLOGUEIRO PAULO MACIEL, DE COLATINA/ES, para suas páginas na web: reporterpaulomaciel.blogspot.com e facebook.com/paulomacieldaradio (15-10-2018)

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